Arte X Opressão
Quando a escolha por se trabalhar com o Teatro do Oprimido é feita, ela traz de antemão a proposta de luta, de uma mobilização para enfrentar algum assunto que incomode e precisa ser enfrentado. É na representação da cena que se ensaia uma ação para a vida real. No momento em que o ator-social se lança na ação é que ele se disponibiliza para transformá-la também na vida real, transferindo as soluções apresentadas no teatro para o seu cotidiano.
A partir do contato com as técnicas, o ator-social passa por um processo de movimento interno que unifica os elementos e jogos do arsenal com suas sensações e conflitos. Esse movimento o leva a reproduzir (ver-se em ação) e manifestar suas necessidades e opressões, levando-o a se reconhecer como ser humano. Mostrando possibilidades de soluções, ou pelo menos, de questões que o levem a tomar consciência do conhecimento ou reconhecimento do seu papel (compromisso) como cidadão.
Nessa busca por se reconhecer cidadão, o Grupo F.A.C.T.O. (Fazemos Arte Com Teatro do Oprimido) se juntou na comunidade de São Benedito, em Vitória/ES e vem utilizando as técnicas do Teatro do Oprimido para desenvolver sua criatividade e sua criticidade para trabalhar assuntos relacionados à sua realidade social.
O grupo de jovens atores vem descobrindo uma nova maneira de olhar o mundo. Perceberam que agora podem e tem o direito de falar o que pensam, ao escolherem o teatro, mudaram sua perspectiva e aceitaram se transformar em agentes ativos no processo de formação da sua comunidade. E essa transformação acontece a partir do momento que eles tomaram consciência do seu papel dentro da sociedade. Desenvolvendo sua percepção como ser social.
Autor: Felipe Dall'Orto
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