Economia Solidária Como Forma de Sobreviver à Exclusão do Mercado Capitalista



O Brasil é conhecido no âmbito internacional como um dos países com maior desigualdade social, em que a diferença entre ricos e pobres é grande e a concentração de riquezas está nas mãos da minoria.

De acordo com o índice de desenvolvimento humano, medida comparativa de pobreza e outros fatores para os países membros da ONU, o Brasil está na 65ª colocação no ranking do IDH de 2005 tendo um médio desenvolvimento humano.

Pesquisas recentes do IBGE apontam para um acentuado crescimento econômico no país, mas ainda não foi suficiente, pois parte dos rendimentos das famílias brasileiras provem do trabalho assalariado havendo necessidade de crescimento do mercado de trabalho.

De que forma um país pode crescer se a população continua em situação de pobreza, desempregada e sem meios de sobressair ante um sistema que beneficia a minoria? Foi pensando em meios para gerar renda e superar o problema do desemprego que brasileiros começaram a praticar a economia solidária.

De acordo com Paul Singer, “economia solidária surge como um modo de produção e distribuição alternativo ao capitalismo, criado e recriado periodicamente pelos que se encontram (ou temem ficar)
marginalizados do mercado de trabalho”. Seu surgimento data da primeira revolução industrial, em que artesãos foram substituídos por máquinas; já no Brasil, o fenômeno é mais recente surgindo por volta da década de 80.

A palavra-chave desse movimento é colaborar. Todos trabalham para o benefício do grupo e toda a produção é dividida em partes iguais. Ninguém sai ganhando sozinho e, além de tudo, cultiva-se ideais de preservação do meio ambiente e justiça social.

Parece utópico que tal projeto esteja se desenvolvendo dentro de uma sociedade capitalista, mas de fato a economia solidária é realidade em muitos lugares do mundo e, em especial no Brasil, tem colaborado para o crescimento econômico de muitas famílias pobres.

O brasileiro está certo! É preciso inovar, encontrar novas maneiras de sustentar a família e sobreviver. Porque se for esperar pelas políticas publicas responsáveis em solucionar tais problemas, o máximo que se vai conseguir é um dinheirinho no final do mês. Será que eles não ouviram a expressão “o trabalho dignifica o homem”?

A distribuição de renda ajuda, mas não resolve o problema. Pelo contrario, acaba prejudicando ao deixar o brasileiro mal acostumado e dependente de uma renda que, cedo ou tarde, pode deixar de existir.
Autor: Natália Souza


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