GESTÃO DESPORTIVA: UMA ALTERNATIVA NECESSÁRIA PARA OS CLUBES DE FUTEBOL



O desporto no Brasil está crescendo de maneira impressionante, a ponto de, inclusive, alguns clubes terem se transformado em empresas, tamanha importância com que o mesmo deve ser tratado.

Especificamente no futebol, o crescimento é notório, sendo que a importância de se fazer um planejamento estratégico voltado a ele é assaz premente.

Mas o que seria planejar, no caso do futebol?

É antecipar questões e fatos, é pensar antecipadamente, para meses e anos à frente, a fim de tomar as decisões e realizar definições de forma correta, sem atropelos, e executá-las, avaliando todo o contexto.

Deve-se alertar que a gestão desportiva/planejamento estratégico contém algumas diferenças, quando comparadas com as entidades privadas, inclusive quanto à resistência em sua aplicação, a qual, nas entidades desportivas, é bastante acentuada.

Neste sentido, os clubes de futebol no Brasil estão constantemente sujeitos a mudanças freqüentes, tanto relativas ao seu objetivo, quanto a disponibilidade de recursos. Como exemplo, imagine-se um clube que entra para ser campeão de uma competição, e acaba tendo que lutar para não ser rebaixado, e, o que é pior, se acaba rebaixado, o planejamento financeiro ficará comprometido, ante as receitas que perceberá daí em diante, as quais terão uma significativa redução. Também pode-se tomar como exemplo o caso do clube que, em uma competição eliminatória, com valores a serem recebidos a cada fase ultrapassada, esperava ser campeão, e é eliminado logo na primeira fase.

Com base nisso, os clubes de futebol devem antever a possibilidade da ocorrência destas situações (planejar), para lançarem mão de estratégias de atuação, caso as mesmas aconteçam.

Todavia, não é o que se vê na prática em nosso país, pelo menos na maioria dos clubes de futebol.


Isso se deve, em grande parte, ao fato de que, a grosso modo, toda a estrutura relativa ao futebol é realizada pensando no seu público alvo, qual seja, o torcedor, a quem se deve apontar as estratégias de marketing para o retorno que este esporte espera, e atinge, caso sejam aliadas a força e presteza do marketing, com uma gestão planejada e bem coordenada.

Deve ficar claro que o planejamento estratégico/gestão no futebol, assim como em qualquer outro negócio, deve ser contínuo e freqüente, sendo que o que for definido, deve ser seguido, com vistas a atingirem-se os objetivos traçados.

Para isso, além do planejamento propriamente dito, também é necessária a execução do mesmo, na qual será definida a forma e os passos a serem dados, rumo ao objetivo traçado, devendo haver o seu acompanhamento pontual.

Em razão disso, o futebol, se bem organizado e bem planejado, é um dos maiores e melhores negócios a serem explorados, tanto no Brasil quanto no mundo, pois conta com um público fiel, que não troca a opção do time, e apaixonado, paixão esta que não termina, mesmo com derrotas.

E é aí que surge o calcanhar de aquiles do referido esporte: o planejamento, quando existente, não é bem executado, e tampouco avaliado, o que faz com que seja pouco explorado o potencial que o “negócio futebol” inegavelmente possui.

É por este motivo que, muitas vezes, existem esforços mal direcionados, o que faz com que se perca o foco, além de tempo e oportunidades, fatores que apenas prejudicam o alcance dos objetivos almejados.

Sendo assim, e a título de conclusão, é grande a importância da gestão desportiva no futebol, a fim de que os objetivos traçados sejam atingidos, pois, do contrário, corre-se o risco de, mesmo que se tente de forma incansável, chegar-se a lugar nenhum.
Autor: Tedeschi & Padilha Advogados Associados


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