FATALIDADE



FATALIDADE

Muitos acreditam que tudo está previamente determinado e que muitas das vezes o azar ou a sorte perseguem determinadas pessoas, todavia esta é uma maneira errônea de encarar a vida, pois temos escolhas e a responsabilidade de tudo que acontece conosco é exclusivamente nossa.
Sobre esta questão a doutrina espírita se debruçou no livro dos espíritos da questão 851 até 867 as quais resumidamente vou ventilar alguns tópicos a fim de lhe estimular a curiosidade e alargar seus horizontes.
Os espíritos dizem que não existe fatalidade senão pela escolha que fizemos antes de reencarnar, como optar por nascer em família de parcas condições financeiras, ou lesado de algum órgão físico.
Dizem que muitas vezes quando escapamos de um perigo e caímos em outro fatal que nos leva a morte é por que aquele era o momento da morte e desse momento ninguém escapa. Mas a questão 861 é uma das quais devemos nos ater minuciosamente a pergunta é

__O homem que comete um homicídio sabe, ao escolher sua existência que se tornara um assassino?
___Não. Ele sabe que, escolhendo uma vida de luta, há a chance, para ele, de matar seus semelhantes, mas ignora se o fará porque há, quase sempre nele, uma deliberação antes de cometer o crime. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa, está sempre livre para faze-la, ou não. Se o espírito sabia, de antemão, que, como homem, deveria cometer um homicídio é que isso estava predestinado. Sabei, pois, que não há ninguém predestinado ao crime e que todo crime, ou todo ato qualquer, é sempre o resultado da vontade e do livre arbítrio.

Para o espiritismo não existe acaso, sorte ou fatalidade temos o livre arbítrio e responderemos pelas más ou boas escolhas que fizemos. Sem o livre arbítrio o homem não tem nem demérito no mal, nem mérito no bem, e isso é igualmente reconhecido no mundo, onde se proporciona sempre a censura ou o elogio á intenção, quer dizer á vontade.
Ora, que diz vontade, diz liberdade. A fatalidade existe na posição que o homem ocupa sobre a terra e nas funções que ele aí cumpre por conseqüência do gênero de existência que seu espírito escolheu, como prova ou missão. A isso se reduz a fatalidade, porque depende de sua vontade ceder, ou não, as tendências.
A doutrina espírita, evidentemente, é mais moral. Ela admite, no homem, o livre arbítrio em toda a sua plenitude, e dizendo-lhe que se ele faz o mal, cede a uma sugestão má exterior, deixa-lhe toda a responsabilidade visto que lhe reconhece o poder de resistir, coisa evidentemente, mais fácil que se tivesse que lutar contra sua própria natureza.
Assim, segundo a doutrina espírita, não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre fechar o ouvido a voz oculta que o solicita ao mal em seu foro intimo, como pode fechá-lo á voz material de quem lhe fala. Ele o pode por sua vontade, pedindo a Deus a força necessária, e reconhecendo para isso a assistência dos bons espíritos.
Sem dúvida que aqueles que não tendo um conhecimento mais abrangente do porque da vida, são levados a questionar mais detalhes sobre esta questão do livre arbítrio, entretanto o espiritismo esta ai a dispor dos que realmente sentem aquela curiosidade, aquela vontade de ter as respostas que de alguma forma agradem ao mesmo tempo o coração e a razão e é na doutrina espírita que esta união se faz naturalmente colocando um ponto final nas mistificações e explicando o sobrenatural que para a doutrina espírita não existe.
Tudo tem explicação e para espiritismo não existe assunto que não possa, e não deva ser colocado ao crivo da razão.
Pois somos seres racionais, ou melhor, deveríamos ser e muitas das vezes nos deixamos levar mais pelas emoções do que pela razão, entretanto nem um nem outro é melhor o equilíbrio entre os dois que é o certo.
E é em uma doutrina que se ergue sobre a filosofia à ciência e a moral que encontramos este equilíbrio, e que nos leva, a saber, qual é o sentido da vida? Porque estamos aqui? E quem somos nós?
Não tenha medo de descobrir o espiritismo, pois você não precisa ser espírita para ler os livros e muito menos se converter em espírita, você pode ser ateu, católico, evangélico, budista, ou seja, lá o que quiser a única coisa que você vai ser depois de tomar contato com a doutrina espírita é um livre pensador nem apegado a isto e muito menos aquilo, pois na verdade no mundo espiritual nos todos não somos reconhecidos pelos nossos títulos, nem pelas nossas posses, nem pela nossa crença, muito menos pelo nosso nome ou o espaço que ocupamos.
No plano espiritual somos reconhecidos apenas pelo auxilio que prestamos em favor de nossos semelhantes isto sim dá credito em nossa ficha o resto é conversa fiada.
Autor: Francisco Amado


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