Di Franco



Angelo Di Franco era o seu nome e êle nasceu na Itália, em 31 de agosto de 1896. 

Veio para o Brasil aos vinte anos de idade e aqui conheceu a Ilha de Paquetá, onde fixou residência e permaneceu até a morte, em 27 de fevereiro de 1988. 

Inicialmente trabalhou como funileiro e conseguiu juntar o dinheiro necessário para comprar uma bicicleta, com a qual deu início a um próspero negócio de aluguel e conserto de bicicletas, o que logo se transformou numa das maiores casas de aluguel de bicicletas da Ilha de Paquetá, não só pela quantidade delas mas, principalmente, pela sua criatividade, pois que êle foi o pioneiro na montagem de bicicletas duplas, triplas, paralelas e daquelas  com cadeirinha lateral, o que logo lhe valeu a liderança do negócio de aluguel de bicicletas em Paquetá.  

Foi êle também que inaugurou o primeiro cinema na Ilha, o Cine Theatro Sport, que ficava na esquina da Rua Furquim Werneck com a Praia José Bonifácio, bem em frente da sua residência e ao lado de um bar e restaurante, também de sua propriedade, que ali funcionou a partir de 1930, depois de haver sido também o único rinque de patinação da Ilha. 

No "Cinema do Di Franco", como era conhecido o Cine Theatro Sport Paquetá, muitos artistas famosos também apresentavam os seus shows, inclusive o próprio Di Franco que, por várias vêzes, apresentou-se ali como "mágico". 

Êra um número em que êle era enterrado vivo e permanecia por cerca de vinte minutos debaixo da terra para, em seguida, então, aparecer de novo, alegre e sorridente ... 

Mas num certo dia esse show do Di Franco não deu certo porque demoraram muito para desenterrá-lo e quando conseguiram abrir o buraco êle já estava quase morto e tiveram então que chamar depressa um médico para salvá-lo ... 

Êle também gostava muito de fotografias e uma das suas mais famosas era uma montagem da antiga estação das barcas, na qual êle aparecia mergulhando no mar de bicicleta ... 

Angelo Di Franco é o patrono da Cadeira Nº  28 da Academia de Artes, Ciências e Letras da Ilha de Paquetá.
Autor: Marcelo Cardoso


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