GRAU DE INVESTIMENTO



A partir do momento em que se vislumbra a entrada do Brasil para o roll dos países com classificação de risco equivalente à de grau de investimento ocorrem movimentações nas carteiras de investimentos no sentido de realocar as aplicações dos investidores internacionais, antes que o fato ocorra.
Atingir o grau de investimento é uma condição essencial para acessar maiores quantidades de poupança externa a taxas baixas. Certos fundos de investimentos que detêm volume considerável de recursos para investir são limitados em suas aplicações em países não detentores de avaliações de risco pelas agências internacionais como grau de investimento.
A obtenção do Grau de Investimento consolida o processo de internacionalização da economia brasileira, possibilitando acesso à poupança externa a juros baratos para complementar as necessidades de poupança do Brasil para fazer frente aos investimentos e aumentar a capacidade produtiva do país.
O investidor pode optar pelo tipo de investimento em que a relação risco versus retorno lhe seja adequado na montagem de sua carteira de investimentos. Para que isso seja possível, é necessário conhecer o grau de risco de investimentos em determinadas empresas, que, além do risco próprio da empresa, medido a partir da volatilidade do preço das suas ações e do valor dos dividendos distribuídos anualmente, dependem do país onde essas empresas estão instaladas.
Os investidores profissionais, gestores dos fundos de investimentos obtém essas informações através das agências de riscos, especializadas nesse tipo de medição.
De acordo com as agências internacionais de classificação de risco, as escalas de avaliação variam. Três são as principais agências de classificação de risco mundiais. A Moody’s, a Fitch e a Standard & Poor´s. Para exemplificar, apresenta-se a tabela utilizada pela Moody’s.
Atingir o Grau de Investimento é apenas entrar como último lugar no roll dos países sérios. Mas é um bom começo.
Acredito que obteremos o Grau de Investimento ainda em 2007. Não faz muita diferença, pois só a perspectiva disso acontecer leva os investidores a anteciparem suas decisões. Os fluxos de recursos para o Brasil têm aumentado semanalmente.
Enfim, boas notícias.

Tabela 01 - Ratings de Longo Prazo
(vencimentos de um ano ou mais)

Grau de Investimento
Aaa –"gilt edged" - O mais alto grau
Aa1, Aa2, Aa3 – grau alto
A1, A2, A3 – grau médio-alto
Baa1, Baa2, Baa3 – grau médio

Grau Especulativo
Ba1, Ba2, Ba2 – elementos especulativos
B1, B2, B3 – carece de características de um investimento desejável
Caa1, Caa2, Caa3 – papéis de fraca condição
Ca – altamente especulativo
C – o mais baixo rating, perspectivas extremamente fracas de atingir qualquer condição real de investimento.

Fonte: http://moodys.com.br 2007.
Autor: Edison Luiz Leismann


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