MUDANÇA DE HÁBITOS – UMA NECESSIDADE



Autores: Marçal Rogério Rizzo(*) e Edenis César de Oliveira (**)

No mundo, joga-se fora 1 milhão de sacos e/ou sacolas plásticas por minuto. Já pararam para analisar esse número? Ambientalmente, isso é péssimo!

Esses sacos e/ou sacolas plásticas, na melhor das hipóteses, vão se acumular nos lixões e aterros. No entanto, podem parar em córregos, em rios e mares. Nas cidades, temos as enchentes que, em partes, ocorrem por terem os bueiros e as redes de drenagem entupidas, que não escoam a água como deveria.

Que tal mudar seus hábitos e sua postura, em relação ao uso de sacolas plásticas? Para que você precisa ir ao supermercado e utilizar-se de tantas sacolas plásticas? Aliás, para que utilizar-se de sacolas plásticas? Leve, de sua casa, uma sacola que não seja descartável, ou então, uma caixa de papelão que pode ser reutilizada por muitas vezes. Já temos ONGs que vendem essas sacolas e fazem campanhas em prol do abandono das sacolinhas.

Ainda, falando de sacos e sacolas plásticas, devemos adotar o hábito de colocar nosso lixo para a coleta em latas ou latões e não em sacos e sacolas, assim, estaremos evitando o uso de plástico.

Com relação às fraldas descartáveis, há uma crescente preocupação ambiental. Imaginem o volume de lixo que uma criança produz ao longo do período de zero a três anos, utilizando cinco fraldas diárias. E o número de anos que esses produtos que compõem as fraldas irão levar para se degradar totalmente? Pensem um pouco e nos responda!
Para que consumir refrigerantes ou cervejas de garrafas descartáveis? Temos uma gama enorme de opções de bebidas embaladas nos chamados “cascos” retornáveis. Então, faça a sua parte! Consuma de forma a garantir o mínimo de impacto possível ao meio ambiente.

E nosso cafezinho de todos os dias, para que ser feito em filtro de papel, que tal voltar a coá-lo no coador de pano? Parece pouco, mas, se todos fizerem sua parte, teremos uma natureza mais equilibrada.

Ainda falando do cafezinho, mas já pensando no consumo do mesmo, sob o olhar no ato de utilizar-se copinhos descartáveis. Claro, se for o uso em local público, ou mesmo em que você ofereça café para seus clientes, o copinho funciona muito bem, agora para que utilizá-lo em um departamento ou empresa onde você possa adotar a “xícara e a caneca individual ecológica” (cada funcionário pode ter a sua) para que utilizar-se do copo descartável de café e de água.

Temos que produzir políticas, ações e mudanças de hábito com relação ao consumo de produtos “descartáveis”. Temos que enfrentar os problemas ambientais causados pelos hábitos de nossa sociedade que se diz moderna.
Este parece ser um dos grandes desafios da tão almejada sustentabilidade. Provocar a mudança de hábito numa sociedade acostumada às facilidades e “vantagens” oferecidas pela crescente tecnologia.

Por outro lado, seria um equívoco de nossa parte, responsabilizar somente os consumidores por seus hábitos degradantes. A questão precisa ser discutida com mais profundidade. O sistema produtivo precisa ser reformulado. De outra forma, como dizer e convencer o consumidor de que aquilo que está disponível para seu consumo imediato não é o melhor para o meio em que ele vive.

É sabido por todos que vivemos numa sociedade altamente consumista e imediatista, onde trocar o prazer de curto prazo pelos resultados de longo prazo soa como uma verdadeira aberração. Então, como convencê-la, sem envolver os meios produtivos nessa discussão, nessa reformulação de idéias e valores.

Com tudo isso, quero enfatizar a necessidade que temos de repensar, urgentemente, o que estamos produzindo, para que estamos produzindo, de que forma estamos produzindo.

As empresas, ainda, na sua grande maioria, têm a preocupação de produzir e acondicionar os produtos em embalagens “atrativas”, que chamem a atenção do consumidor, na disputa pelo alcance visual nas gôndolas dos supermercados, ou ainda, em embalagens chamadas “práticas”, que tragam facilidades para os clientes.

Para tanto, se quisermos alcançar um nível mais apropriado de consumo e menor degradação ambiental, termos que pensar em toda cadeia produtiva. Não só pensar, mas também, envolver nos debates e nas reformulações das atitudes.

Só pra ter uma idéia ilustrativa do que estamos dizendo, nos Estados Unidos, toda mercadoria que você adquire num supermercado é colocada em sacos de papel. Caso você opte por sacolas de plásticos, deve pagar por elas, o que torna uma desvantagem.

Quantos supermercados, lojas de departamento ou similares em nosso país estão preparados nesse sentido? Será que não seria o momento de começar a imediata substituição dessas embalagens?

Acreditamos que, se essas medidas forem tomadas em conjunto, contribuiremos para uma mudança (reeducação) na forma de consumir e todos sairemos ganhando. Pense nisso!!!

* Marçal Rogério Rizzo: Economista, professor universitário, especialista em Economia do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas/SP. (UNICAMP), especialista em Gerenciamento de Micro e Pequenas Empresas pela Universidade Federal de Lavras/MG. (UFLA), mestre em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da UNICAMP e doutorando em Dinâmica e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Campus de Presidente Prudente (SP).

** Edenis César de Oliveira: Administrador de Empresas, professor universitário, Coordenador do Curso de Administração da Fundação Gammon de Ensino (FUNGE) de Paraguaçu Paulista/SP, professor-pesquisador do Grupo Acadêmico de Gestão Ambiental e Dinâmica Sócio-Espacial (GADIS) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Presidente Prudente/SP. e Mestrando em Dinâmica e Gestão Ambiental pela FCT da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP de Presidente Prudente - SP).
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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