A IMPOSIÇÃO DO SORRISO AMARELO



Uma das características mais abomináveis no "Ethos" brasileiro é o "sorriso amarelo", por ser atitude idiota e ,mais ainda, por ser quase que uma imposição a quem quer "se dar bem" no Brasil. O "sorriso amarelo" é aquele utilizado para cumprimentos, para justificativas, para diversas ocasiões em que há um vácuo mental , frequente, no indíviduo tupiniquim. Ele significa diversas coisas: hipocrisia, imbecilidade, covardia, burrice, idiotia. Eu, particularmente,tenho mais ódio desse "sorriso amarelo" quando empregado em circustâncias em que substitui a "indignação", a coragem e uma postura definida diante de um fato ou uma idéia. Freqëntemente utilizado por entrevistados na tv quando inquiridos sobre alguma situação em que há claro prejuízo para o sujeito, imposto pelo governo, pelo mercado, pela natureza, etc. Repórteres perguntam: - O que você acha do aumento abusivo do leite, por exemplo. Resposta: (sorriso amarelo) "Agora vou ter que colocar mais café do que leite na minha xícara"...(seguido de risos amarelados). Simplesmente é covardia, burrice, estupidez e imbecilidade.
O sorriso amarelo é obrigatório também no dia a dia para os cumprimentos habituais , como "bom dia", "boa tarde", "tudo bem ". Se você estiver concentrado em algum problema, ensimesmado, distante, e não expressar, mesmo que inconscientemente, esse "sorriso"ao porteiro, ao amigo do trabalho, ao chefe, estará perdido ! Logo é considerado arrogante, insuportável, nojento e muito mais. Parece haver uma necessidade diária em que batamos o nosso cartão para pessoas (todos parecem ser nossos chefes...) com esse ridículo "sorriso amarelo ".
O povo tem o que merece ! Ri como hiena do que não tem graça nenhuma. Não tem a decência da indignação. Povo molenga e intrometido que não sabe o que é cuidar da sua própria vida. Povo que não sabe se defender e só quer acusar. A turba ignara merece o presidente que tem , que vive rindo das crises do seu próprio governo! "Relaxa e goza", como disse a sexóloga e filósofa tupiniquim Marta Suplicy...
Autor: Ulisses Fonseca da Silva


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