A salvação está no curto prazo?



O brasileiro é imediatista. Ele consome desenfreadamente e não se guarda para um amanhã desconhecido. Os dados oficiais do governo nos mostram que a Poupança Interna brasileira não chegou a 22% do PIB em 2005. Podemos comprovar isso também pelo crescimento das indústrias de entretenimento, afinal, o brasileiro prefere, por exemplo, levar o filho para passear todo final de semana à poupar dinheiro por um tempo a fim de custear um curso universitário do mesmo quando ficar mais velho. O problema está se agravando porque até o governo está entrando nessa dança.
As evidências dessas miopia temporal do governo podem ser vistas em dois importantes programas políticos atuais: o PAC e a Reforma Universitária. Apesar de perseguirem objetivos nobres, esses programas não se preocupam em responder a uma simples pergunta: e depois de tudo isso, o que acontecerá? No caso do PAC, depois de 2010, cessará o crescimento acelerado e o Brasil voltará a ser um eterno país “em desenvolvimento”? Ou no caso da Reforma Universitária, será que iremos passar o resto de nossas vidas distribuindo vagas nas universidades para negros e índios pelo fato de não terem tido uma educação básica digna?
Devemos reconhecer que nenhuma política pública é perfeita, mas isso não deve ser justificativa para concordarmos com atitudes do governo que “tapem buraco” de um problema a fim de perpetuarem outros.
Portanto, essa visão de salvação imediatista que enlaça a cultura de nosso país deve ser trabalhada a fim de ser posta de lado, para que tenhamos esperanças de um futuro melhor, afinal, quem fará esse futuro será o nosso presente.
Autor: Thiago Holanda


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