Cultura Política: Um paradoxo...



O Brasil possui uma nação surpreendente, constituintes de uma cultura estampada no vácuo existencial, que modifica ao compasso de cada região. Cultura esta, que é tão variada quanto às “raças” por ela permitida. Uma miscigenação sem controle desde os tempos primevos desse Estado Nação, que resultou num filho colorido de uma pátria mãe deflagrada na UTI da sociedade.
Sociedade essa, a qual deslumbra na passarela das mazelas, e consegue sufocar as tantas querelas do bom senso. Este que não compreende a vulgarização e falecimento da razão, coerência, bens comuns necessários a todos no quesito progresso.
É íngreme crer nesse meio humano, que brada aos brasileiros que a Política está imprestável, “já não há mais luz no fim do túnel!”, pelo fato de não existir mais políticos adequados aos padrões da verídica e pura política. No entanto, me surpreende o ato insano cometido pela população brasileira, quando a mesma dá oportunidade por sufrágio da eleição à indevidos como Maluf, Clodovil e outros que o sentido pejorativo faria questão de aludir.
Logo, como pode a parte crítica conceber a idéia de consciência? Ainda mais coletiva. Como pode o ente que aponta para a cruz, ser o mesmo que incumbe a responsabilidade de tais conseqüências? O fato é que há um paradoxo vigente, permitido pela própria sociedade ré e autora. Chega a ser cômico o procedimento de uns indivíduos que abrem as comportas da cloaca, e não esperam sentir odores do próprio corolário, alegando assim como defeituoso.
É lamentável lhe dar com situações em que a omissão das pessoas emerge de tão indignas que se torna, o vilão solto na realidade oprime os que se escusam dos direitos de todos, fazendo-se de máquinas programadas para ser e fazer aquilo que lhes é ordenado, deixando assim de lado a elaboração do senso comum, para discernir o lícito do ilícito. As fábricas sociais perderam a fôrma do homem crítico, inovador, audacioso por avanços, e produzem agora, tomara que efemeramente, cidadãos alienados pela aconchegante ignorância, formando uma imensa massa que se esconde dela mesma, vivendo dentro de padrões delimitados, e tremem todos os trêmulos mesmo andando em passos corretos.
Os pilares da verdadeira evolução de um país são educação em primeiro lugar, saúde e valores morais, este num processo de conseqüência no desenvolver da epistemologia. A educação quando exercida de forma correta, com todo seu teor incomparável aos outros elementos necessários, tende obviamente ao aprimoramento e qualificação das demais necessidades sociais, estendendo assim saúde, economia e até mesmo os valores humanos. Porém, estamos na era da dissonância cognitiva.
Portanto, nos resta a esperança ao menos que a política com seus representantes consigam se apresentar no show das maravilhas, compondo a banda Impunidade Regressiva, com Frank Aguiar como locutor, Maluf como empresário, Clodovil como estilista do grupo, e participação especial de Renan Calheiros na Música: “Eu não sou Ladrão não!” que começa com as palavras: “Sempre fui boiadero!”.
Autor: Smadson Lima


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