Eu gosto de política! E você?



Já dizia Bertold Brecht, “o pior analfabeto é o analfabeto político”.
Em dias como os que o nosso país vem enfrentando, de muita pizza, revolta e impunidade, o povo brasileiro acaba ficando descrente da política. Mas a decepção é um bom sinal, isso porque demonstra que muita gente ainda se importa, e que, alguns de nós ainda tem a capacidade de se indignar.
Entretanto, existe um fenômeno acontecendo em nossa população cada vez maior e mais abrangente, como uma epidemia avassaladora, e porque não dizer, uma peste. Uma doença chamada de “falta de consciência política”.
É simplesmente mais cômodo para o indivíduo ignorar e dizer “eu não gosto de política”.
Pobre homem!
Isso porque como dissemos antes “o pior analfabeto é o analfabeto político”, já que sua apatia, descrença, falta de vontade e ignorância são os principais responsáveis por nossa catastrófica situação política.
Esse “não gostar” de política, é responsável por eleger e, pior, reeleger bandidos para nos governar, é conivente com obras monstruosas para desvio de dinheiro público, são aqueles que se deixam iludir pela política do “pão e circo”, que calam para não ouvir, fecham os olhos para se calar, não ouvem para não ver, que tapam as narinas para não sentir a podridão fétida da política, são aqueles que simplesmente “lavam as mãos” e ignoram a fome, o desemprego, a falta de moradia, a prostituição, o tráfico e etc., sem saber que são diretamente, repito, diretamente, responsáveis, apenas pelo simples gesto de se acovardar.
O mais triste é observar que essa epidemia vem crescendo principalmente entre os nossos jovens, seres que poderiam fazer a diferença maciça nas eleições, os “ex-futuro-do-país”. Talvez porque com pais descrentes, os filhos também fiquem apáticos, ou talvez com professores omissos os jovens fiquem “analfabetos politicamente”.
Votar, se interessar por política, ler e entender o que nosso país está atravessando é dever social, é gesto de cidadania e de amor a bandeira brasileira, é dizer “eu também sou responsável”. O povo precisa entender que gostar de política não significa politicagem e nem partidarismo, significa cidadania.
É preciso sim uma reação do povo, mas antes de reagirmos contra o governo, parlamentares, corruptos ou contra a “falsa política”, é necessário reagirmos contra a falta de conhecimento político, a falta de interesse do nosso povo, cidadãos votantes, pois esses sim podem fazer a diferença.
É preciso engajamento, conhecimento e consciência.
Só quando o país pensar diferente, teremos uma política diferente. Já que cada um tem aquilo que merece, a mudança tem que partir do povo!
Autor: Aline de Freitas Queiroz Louzich


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