Marketing para ganhar competitividade



Artesãos do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, triplicaram sua renda e dobraram a quantidade de peças vendidas. Em três anos, eles foram capacitados pelo Projeto de desenvolvimento do setor de artesanato de Minas Novas e conseguiram melhorar a qualidade e a comercialização dos produtos, segundo a Agência Sebrae de Notícias.

De acordo com pesquisa realizada entre 2004 e 2006, a renda média mensal dos artesãos participantes cresceu mais de 150%, desde o início do projeto. No mesmo período, aumentou o número de peças produzidas. Outro saldo positivo foram os mais de 15 mil produtos vendidos, que corresponde a um aumento de 76% no número de peças comercializadas em 2006. “O projeto nos orientou a adequar nossos produtos às necessidades dos clientes, e conseqüentemente, aumentar as nossas vendas”, explica a artesã Maria do Carmo Barbosa Souza, que há sete anos trabalha com o artesanato.

A iniciativa beneficiou 89 integrantes das associações de artesãos de Minas Novas e Coqueiro Campos, que produzem bonecos, animais e objetos decorativos feitos de cerâmica. Os participantes receberam informações sobre atendimento ao cliente, gestão, design, tecnologia e marketing. Também foram incentivados a criar coleções que valorizassem a identidade cultural dos produtos. “O artesanato resgata nossos costumes, crenças e a nossa realidade”, conta a artesã Rita Gomes Ferreira, de 46 anos.

Segundo a técnica do Sebrae Minas Vera Veloso, a experiência dos artesãos em Minas Novas foi tão significativa que em 2008 será iniciado o projeto de artesanato em Turmalina.

Resultados

A qualidade do artesanato da região é reconhecida em feiras e eventos do setor, como na Rodada de Negócios realizada na Gif Fair 2007, em São Paulo, que contou com a presença de mais de 80 artesãos de todo o País. “Durante o evento recebi a encomenda de aproximadamente 80 peças, o que corresponde a quase R$ 6 mil. Participar dessas feiras é uma oportunidade de divulgar nossos produtos”, confirma Rita, que já revende peças para lojistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Em 2006, as associações de artesãos de Minas Novas e de Coqueiro Campos ganharam o prêmio Top 100 de artesanato - promovido pelo Sebrae -, ficando entre as 10 melhores unidades produtivas do setor no Estado e entre as 100 no Brasil. “O projeto ajudou os artesãos a se fortalecerem. Com uma visão empreendedora eles criaram, produziram e passaram a ver o mercado de forma diferente. Os grandes resultados foram a melhoria da qualidade de vida, ampliação da renda e da ocupação”, relata Sabrina Campos, técnica responsável pelo projeto do Sebrae Minas.
Autor: Alfredo Passos


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