Quem Matou Deus?



Quem Matou Deus?


Aquele que acredita em Deus ao ler artigo de um ateu fica propicio a sentir alguma repulsa, pois o ateísmo vem de encontro as sua opiniões e credo.
Porém se o leitor não tiver um espírito rotineiro onde acomoda uma mente medíocre aquela que só consegue entender aquilo que vai de encontro as suas opiniões, poderá tirar valiosos apontamentos de tal leitura.
Os ateus Sam Harris, Richard Dawkins, Christopher Hitchens e Michel Onfray demonstram toda sua ojeriza por religiões em seus livros, porém vem corroborar para que se faça uma analise profunda das religiões ou dos religiosos.
Michel em seu livro Tratado de Ateologia afirma “Que os três monoteísmos, (Monoteísmo-Adoração de um só Deus) partilham de desprezos idênticos: ódio à razão e à inteligência, ódio à liberdade; ódio à todos os livros em nome de um único; ódio ao prazer, às mulheres, aos desejos”.
Até aqui eles não inventam nada apenas fazem uma constatação da realidade religiosa, pois cultuar um dogma não é desprezar a razão e a inteligência? Viver segundo a cartilha da doutrina onde a mulher não pode cortar cabelo, não pode usar calça, o crente não pode doar sangue nem mesmo para seu filho como os adventistas, não revela ódio a liberdade? Menosprezar os pensamentos dos grandes filósofos as descobertas da ciência, pois estes contrariam a Bíblia, não uma declaração de ódio a todos os livros?
O Jornalista professor e escritor inglês Christopher Hitchens vendeu nos Estados Unidos 300 mil exemplares de seu livro Deus não é Grande. Agora no Brasil, em Porto Alegre onde vai participar do seminário, Fronteiras do Pensamento, os ingressos estão esgotados. Neste livro ele questiona; por que os milagres, as aparições, as anunciações se dão sempre em lugares ermos, e normalmente envolve gente iletrada, atrasada,
desconectada com a realidade? Por que os livros sagrados têm tantas versões? Por que no manto das religiões sempre pingam gotas de sangue de inocentes em distintas épocas?
Discordo do ateísmo no que diz respeito à não acreditar em Deus, mas concordo com eles em não acreditar em alguns princípios religiosos.
Nos dias atuais as denominações mais recentes, os bispos só pensam no dizimo e no lucro, o clero forçado ao celibato silencia sobre a pedofilia, quantas vezes não se escuta na televisão no rádio as pregações dos pastores afirmando que se a pessoa não esta naquela igreja ela não esta com Deus difundindo a discórdia e denegrindo os ensinos do Cristo.
Quantas vezes ouvimos crentes invocarem o nome de Jesus para deflagrar embates de opinião, acendendo fogueiras de ódio em desprezo total pela solidariedade.
Jesus nunca foi pregador da desarmonia, jamais endossou a vaidade petulante dos que pelos lábios se declaram puros, mantendo o coração no lodo em decomposição de orgulho e de egoísmo fatal!
Quem Matou Deus? Foi Nietzsche no século 19 do ateísmo e da Aufkarung (Iuminismo), ou foram os religiosos com seus apegos aos formalismos, com os enxertos que transfigura as religiões de paz e de solidariedade em grupos de fanáticos que vivem em total eclipse da razão?
Onde que discorda ou não vive sob sua cartilha tem parte com o demônio.
Na minha opinião pessoal Deus criou o mundo e as pessoas, e os religiosos criaram os ateus.
O ponto nevrálgico do problema religioso chama-se hipocrisia.
E a hipocrisia resulta das atitudes egoístas, da falta de compreensão do verdadeiro sentido da religião, que é o caminho e não o ponto de chegada da espiritualização do homem.
A religião deu lugar a milhares de seitas forjadas por videntes de um olho só, só no dinheiro dos incautos, com profetas da última hora, na maioria leigos que se apresentam como missionários do bem, mas dos bens terrenos.
A religião está em agonia asfixiada por suas estruturas antiquadas, do irracional baseada em conceitos sobrenaturais e revelações divinas.
Dito tudo isso, temos que refletir sobre as massas, pois a religião é feita de pessoas que optam por segui-las, portanto as pessoas também se deixam envolver por explicações irracionais, toscas e que muitas vezes beiram a imbecilidade.
Qual é a responsabilidade destas pessoas se o dogma que é uma palavra grega e seu sentido original é opinião, opiniões estas que deveriam ser colocadas sob o crivo da razão, e não ser aceita cegamente, livre de discussão que não pode ser contraditadas.
A verdade é que as pessoas se deixam levar por fantasias místicas que vem de alguma forma retirar de seus ombros sua responsabilidade.
Portanto temos que rever nossa posição sobre os dogmas religiosos e perguntar para nos mesmos, porque eu não posso colocar esta questão em duvida?
A sociedade esta se deteriorando sob nossos olhos religiosos, crentes de todos os ramos que acreditam estar sob o manto imaginário da salvação da sua denominação religiosa, esquecem que Deus não fundou religião.
A verdade é que a humanidade esta enfastiada de dogmas e das especulações sem provas é este o estopim para o fortalecimento de teorias materialistas, onde Deus não existe, disto resulta combates recíprocos, que perturbam e confundem o meio social.
O que vemos é a crise moral e a decadência da nossa época, pois o espírito humano se imobilizou durante muito tempo e a sociedade vem mergulhando no materialismo, ou na indiferença.
Até a Física Quântica já veio trazer sua contribuição confirmando que a vida não acaba com a morte e está mais do que na hora das religiões acatarem as descobertas cientificas. As religiões e os crentes que ignorarem esse fato acabarão asfixiados, por falta do oxigênio da verdade, em seus círculos estreitos do fanatismo e exclusivismo.
A cada instante, estouram escândalos, despertando curiosidade, causando espanto, remexendo o lodo onde fermentam as corrupções onde o pensamento rasteja.
Somos espíritos imortais obra de Deus que não nos destinou a perdição, mas para a evolução degrau após degrau, vida após vida, vamos entendendo e compreendendo a finalidade de nossa existência que aponta que é por seus próprios méritos e esforços, e que temos que nos libertar do egoísmo, da preguiça, da ignorância e ajudar nossos semelhantes a se resgatarem por sua vez.
Não vai ser através de ritos e palavras que podemos livrar-nos de nossos erros.
A religião deveria servir para libertar o homem dos roteiros asfixiantes do materialismo e não para materializar o que é divino.
Deveria servir para elevar o pensamento e não torna-lo mesquinho e antiquando.
Este texto não tem fim agora é tua vez de leva-lo para ampla discussão entre teus confrades.
Autor: Francisco Amado


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