DIRETORA DO BANCO CENTRAL NÃO TEM RESTRIÇÕES AO CAPITAL ESPECULATIVO



DECLARAÇÕES DA NOVA DIRETORA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS DO BANCO CENTRAL, DRA MARIA CELINA AIRES :

1-Disse a dra Maria Celina Aires que é contra medidas de controle para a entrada de capital estrangeiro, porque esse tipo de medida não deu certo em outros países.
-Será que as palavras da diretora não serão traduzidas em uma sinalização favorável ao capital especulativo internacional, sem nenhum restrição ?
-Será que esse capital improdutivo que não tem dia é hora para entrar e sair do país,remunerado com ágio mínimo de 7,25% ao ano acima da inflação, não seja o principal responsável pela super valorização artificial do dólar, perdendo a sua importancia de flutuante ?
-Será que a falta de uma tributação gradual para esse capital, possa transformar o brasil no maior paraíso fiscal, tendo em vista que nenhum país do BRIC, do primeiro mundo e em desenvolvimento oferece ganhos reais mais atrativos ? - Quais os benefícios reais que esse capital proporciona ao país ou simplesmente estgão causando mais prejuízos ?
-A nova diretora do banco central declarou que o controle do capital improdutivo não deu certo em outros países e porque ? - Será que por omissões dos bancos centrais ou da área economica de governos ? -Será que os exemplos desses erros não seriam suficientes para a adoção de um controle mais efetivo, através de uma rigorosa regulamentação e efetiva fiscalização ?
2 - Disse, também, a diretora, que aumentaria as reservas internacionais.
- As nossas reservas, que já passam de US$ 170 bilhões,estão gerando encargos acima de 7% ( diferença entre o que recebemos e pagamos) ao ano e despesas anuais para o tesouro nacional de uns US$ 10 bilhões ao ano ou R$ 18 bilhões, recursos que estão fazendo muita falta para a realização de investimentos na infra estrutura, na educação, na saúde, no saneamento básico, na habitação e nos meios de transportes urbanos, de qualidade. Na verdade, o banco central deveria detalhar melhor como e aonde estão sendo aplicados os recursos das reservas internacionais brasileiras, os seus rendimentos e despesas financeiras,outros encargos, prazos de resgates, enfim, individualizar tudo, dando transparfencia a todos os atos do BC, poís é o garantidor e guardião de nossa moeda.
-Comentam ainda que as reservas internacionais são importantes para que empresários brasileiros viabilizem empréstimos externos a juros mais baixos. Se essa for uma das explicações, os subsídios indiretos do Tesouro Nacional estão sendo muito elevados para uma dívida externa privada em torno de uns US$ 70 bilhões. Se o mundo está com abundância de recursos circulando na ciranda financeira, com certeza os empréstimos que estão sendo liberados às empresas e bancos brasileiros, decorrem da boa saúde patrimonial desses tomadores e da garantia de uma rentabilidade anual positiva.
- Os custos financeiros de nossas reservas e que estão imbutidos no montante de nossa dívida mobiliária, em torno de R$ 1,3 trilhões e rolada diariamente no curto, não está sendo bom para as finanças do tesouro nacional, poís estamos transferindo recursos para a improdutividade e não para a geração de mais empregos e renda.
- Com tanto dinheiro no giro internacional,como reconhece o banco central e a área economica do governo. Com a nossa economia crescendo e a inflação estável,o governo poderia aproveitar esse grande momento, para mudar o perfil de nosso endividamento de curto para o longo prazo. Administrar uma dívida de curto prazo, como a nossa, não é fácil e os especuladores sabem disso e já estão cobrando remuneração acima da selic para a sua rolagem diária. Para um planejamento nacional de longo prazo, das prioridades nacionais e que são muitas, é indiscutível e importantissímo o alongamento nos prazos para o pagamento de nossa dívida, senão ficaremos sempre nas mãos do especuladores nacionais e internacionais e escravos de uma taxa selic sempre elevada, como a de hoje.Afinal, um país,em crescimento como o nosso, pagar quase um terço do montante de sua receita administrada, somente em juros anuais superiores a R$ 150 bilhões ou mais de R$ 400 milhões ao dia, é uma sangria que tem que ser estancada rapidamente ou se levar o paciente para a UTI.
- Como tambem poderemos pensar em Fundo Soberano, se o nosso superavit primário só é suficiente para pagar R$ 90 bilhões de juros anualmente e nos obrigar a transferir mais R$ 60 bilhões da conta de juros não pagos, para o principal da dívida ?
-Realmente são interrogações que merecem respostas do banco central ou da área economica do governo.Precisamos de um Estado realmente TRANSPARENTE, PRESTANDO CONTAS AO POVO - ON LINE -
enviada por João Rocha
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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