Nazismo zoocida: querem exterminar os pitbulls de Jaboatão
É evidente esse ranço nazi-zoocida (por pregar extermínio de raças de animais) e especista (por deixar claro que, enquanto bandidos perigosíssimos com total capacidade de raciocínio e noção de certo e errado são tratados com direitos humanos e moderação jurídica, animais sem capacidade de raciocínio e portanto sem culpa válida por seus ataques são sumariamente executados) se faz presente nos vereadores que aprovaram por unanimidade esse absurdo. Opostos a esse grupelho de defensores da segregação assassina entre animais domesticados e humanos, estão as massas de pessoas que adquiriram consciência graças à intensa divulgação dos direitos dos animais por parte do pessoal que defende o lado mais fraco que não pode se defender. É uma dualidade igual em quase todos os sentidos à luta entre escravocratas e abolicionistas no século 19. A única diferença é que os defendidos não são mais humanos oprimidos por causa da cor da pele, e sim animais que são oprimidos e têm os direitos a vida, liberdade, bem-estar e dignidade negados pela sociedade.
Essa lei nefasta também é, no mínimo dos mínimos, escavando-se a grossa camada de especismo e nazismo animal, uma apologia à irresponsabilidade. Quando as pessoas mais conscientes sabem que a culpa é dos tutores dos cães, aqueles que criminosamente atiçam seus cães, muitas vezes com uma vida de maus tratos, e a serem verdadeiras máquinas de ataque e violência - até para usá-los nas criminosas rinhas de cães -, os vereadores da cidade ainda inventam de punir os cães por serem instruídos a serem violentos! Os tutores verão seus cães que já integram a família assassinados pelo CCZ, sofrerão como se tivessem perdido um primo querido que foi morto pela Gestapo nazista. Já os tutores criminosos, que amedrontam a sociedade com toda a sua agressividade e doutrinam seus cães para serem máquinas de agressão e fúria, serão poupados e não terão nenhuma consequência relevante, no máximo não poderão mais ter pitbulls em quem despejar parte de sua índole criminosa.
Imagine que o governo federal, com as devidas emendas prévias à Constituição, aprovasse uma lei ordenando a matança dos índios cinta-larga por causa das mortes dos garimpeiros, supondo que os cinta-larga não tivessem noção antropológica das leis nacionais. Imagine que o governo de Ruanda, diante de estatísticas mostrando que pessoas de etnia tutsi cometeram mais crimes do que pessoas de etnia hutu, sancionasse uma lei ordenando o extermínio dos tutsis. São casos em quase nada diferentes da pretendida matança de pitbulls. A única diferença é que são animais não-humanos as vítimas dos legisladores do mal.
Os movimentos de defesa animal e a opinião pública da parcela consciente da sociedade precisam agir contra essa lei de ranço "nazista" o quanto antes. Vamos mostrar que essa lei é inconstitucional e atenta contra a Declaração Universal dos Direitos dos Animais da Unesco. Vamos mostrar a esses políticos sanguinariamente especistas que somos contra sua atitude de nazi-apartheid canino. Logo em seguida, vamos defender o fim de outros bastiões da criminalidade especista zoogenocida, como a eutanásia (eufemismo de execução sumária) praticada nos CCZs e as atividades de exploração e crueldade contra animais, como vaquejadas e rodeios.
Precisamos agir contra essa lei nojenta e assassina antes que queiram exterminar também os rottweillers, os filas, os pastores alemães, os cães de guarda, e os vira-latas.
*Artigo editado em 18/02/2008 para correção de algumas injustiças que atingiram tutores do bem. Não fui criticado por eles, mas o fiz depois de ter notado o erro.*
Autor: Robson Fernando
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