O CONGRESSO NACIONAL É AQUI



Talvez, como é ano de eleições em que os políticos vão ter propagandas e comícios reduzidos, nosso papel de pesquisar e escolher um candidato seja mais árdua, mas muito mais autêntico e os políticos terão que se “virar do avesso” para conquistar o eleitorado.
Historicamente, as eleições diretas para eleger presidentes no Brasil, desde Deodoro da Fonseca, até os dias atuais, interesses populares e interesse dos candidatos se assemelham, na maioria das vezes, apenas nos comícios.
A delegação do poder às mãos de pessoas para a representação popular no Congresso Nacional marca uma característica construída socialmente desde que os homens perceberam que delegar as decisões a uma pessoa determinada e não se envolver com assuntos políticos, econômicos e sociais era demasiado cômodo.
Essa concepção impera atualmente no ideário popular, o que faz com que boa parte dos eleitores se sintam satisfeitos e, no limite, um cidadão exemplar, ao comparecer às urnas, apertar um botão ou outro e aguardar os resultados.
O resultado final, independente de um vencedor ou outro, desagrada muito a maioria da população. A corrupção e o desrespeito com o interesse popular, que ronda a moral de certos políticos, têm por conseqüência lógica, altos índices de descrença popular.
Muitas pessoas vão às urnas por obrigação e fazem questão de anular seu voto. Anulam sua responsabilidade por um futuro melhor, mas anulam também o total direito de cobrar justificativas para a absoluta bancarrota em que se encontram os sistemas educacionais, de saúde, previdenciário e outros de igual importância.
Não podemos eximir nossa culpa. A apatia e total desconhecimento do sistema nos tornam alvos fáceis de políticos que vivem da política e não para ela, como analisou o sociólogo alemão Max Weber, que dão prioridade às necessidades individuais e ignoram as carências populares, que, com o dom da oratória, prometem grandes melhorias e enganam inescrupulosamente as pessoas.
Nesse panorama, a política nacional é alvo de piadas e chacotas, e muitos o fazem com grande entusiasmo. Mas o que não percebem é que essas piadas devem dizer respeito a nós, eleitores, ou não que possuímos total responsabilidade sobre os eleitos, que com toda certeza se divertem com essa população que não passa de um povo individualista, desarticulado e que, no limite, não percebem que toda decisão que sai do Congresso Nacional, afeta direta e indiretamente indivíduos e coletividade.
Autor: Rafael Lucas Santos Valin


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