O PROFISSIONALISMO PARA O SETOR PÚBLICO



Em época de campanha eleitoral, os candidatos apresentam várias propostas de desenvolvimento econômico e social ao país. Mas acredito que há uma que norteia todas as demais e que deveria merecer um maior destaque: a busca pelo profissionalismo na Administração Pública. Atualmente existem diversos cargos públicos em comissão ocupados por pessoas com pouco conhecimento sobre a sua área de atuação ou até mesmo nenhum. Nesse caso, o preenchimento dos cargos torna-se subjetivo e irresponsável, pois não considera fatores relevantes como mérito de competência, imparcialidade e de habilitação legal para o exercício das funções, com a possibilidade de haver, por parte do ocupante, uma atuação distorcida, que contemple mais favores pessoais do que o interesse público.
No Brasil, existem diversas profissões e, a título de exemplo, algumas delas são regulamentadas por lei e com a representatividade de seus respectivos conselhos de classe como CRM, CRA, OAB, etc., que orientam e disciplinam, quando necessário, os profissionais registrados para que desempenhem suas funções privativas de maneira proba e objetiva. Nesse contexto, as instituições privadas que investem no profissionalismo conseguem obter empenho, ética e responsabilidade de seus colaboradores. É necessário que isso também se aplique na esfera pública, para que se resgate a estrutura de seu funcionalismo de carreira e promova a capacitação técnica de seus servidores.
Alguns dos países mais desenvolvidos do mundo, como Estados Unidos, França e Japão, já investiram nessa idéia e seus governos conseguem elaborar mecanismos de controle sobre as suas atividades com solidez e transparência. Essa é uma tendência mundial e está na hora do Brasil incorporar essa cultura no desenvolvimento de suas políticas.
Assim, é importante que venhamos a exigir o profissionalismo de nossos governantes no âmbito da Gestão Pública, a fim de que se evite o “amadorismo” profissional no exercício dos cargos, erros e corrupções que geram um alto custo social ao país.
Autor: RODRIGO RORATTO*


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