A IMPRENSA SE PREOCUPA COM OS APOSENTADOS E ESQUECE OS JUROS ELEVADOS



Como é impressionante a omissão da imprensa em relação aos juros pagos ou a pagar anualmente pelo tesouro nacional e que consomem mais de 7% do nosso PIB E QUE CORRESPONDE AO MONTANTE DE TODAS AS RECEITAS DAS EXPORTAÇÕES FEITAS PELO BRASIL, EM 2007.

Até nos comentários , em linguagem bem tecnocratica, tentam confundir os brasileiros, mostrando que juros altos é uma decorrência do aumento nos gastos do governo com Aposentadorias e com o funcionalismo públco. O que não é verdade. A verdade, quem ninguem quer mostrar,são os juros pagos pelo governo e que estão em patamares da irracionalidade ou de qualquer justificativa honesta. E o que mais preocupa é o Vice Presidente da república, Dr José Alencar, em entrevista, considerar o governo impotente para tomar a decisão de redução na taxa selic. O país não elegeu banqueiro para priorizar a utilização das receitas do Tesouro,em pagamento de abusivos juros. A falta dessa providencia que estimula a especulação financeira, está custando ao país (ao povo)um custo de mais de 60 bilhões de reais anuais e com uma série de privilégios. Se o governo não pode determinar as reduções nas taxas de juros, quem afinal tem poderes para materializar essa providencia ?. Não tem outra resposta, só mesmo o Chefe Supremo da Nação. O Estado, cujo poder emana do Povo, é maior do que qualquer cartel financeiro nacional e internacional.

Sobre os gastos com pessoal e com os benefícios do INSS, não existe anormalidade, levando-se em consideração que durante décadas o Governo se dedicou a avalizar a concentração de riquesas, ampliando a pobreza e a indigência em nosso país.

Os gastos da previdencia, praticamente empatam com os gastos na rubrica de juros, em relação ao PIB ( 7%). Só q os juros estão beneficiando uma minoria de especuladores, que só concentra riquesas, enquanto as despesas c/ a previdencia atendem direta e indiretamente às necessidades mínimas de mais de 30 milhões de brasileiros que alavancam a produção, o emprego, a renda e o consumo. E as receitas da previdencia estão praticamente empatando com as despesas, além da sua indiscutível e imensurável dimensão social.

E quanto aos gastos com pessoal , indispensável para o funcionamento da máquina burocrática do Estado e que consume 4,5% do PIB, esses recursos que recebem, tem ainda a vantagem de ser colocado em circulação na economia, gerando mais produção, empregos, renda e consumo. Antes não havia transparencia maior para esses gastos que eram camuflados através das Ongs e das terceirizações irresponsáveis que acarretavam clientelismo e corrupção.

Tentam, sempre, nos comparar com outros países e economias da america latina , sempre nos nivelando propositalmente por baixo, com relação às despesas públicas , esquecendo as peculiaridades de cada país e que devem ter uma infinidade de camuflagem em suas contas e nas execuções orçamentárias. É bem melhor encararmops as nossas verdades do que ficarmos sempre mirando na realidade e nos exemplos dos outros, para acobertar ou justificar os erros que cometemos.

Ainda sobre a comparação do Brasil com outras nações de primeiro mundo e da america latina, porque não identificar, nas matérias jornalisticas, os ágios que esses países pagam acima da inflação para a rolagem de suas dívidas.

E os recursos que aquí estão faltando para a melhoria na educação, na saúde, no saneamento básico, nos transportes urbanos de qualidade, na construção de ferroviais de norte a sul, leste e oeste, para atender um desenvolvimento nacional sustentável, não é culpa que querem transferir para os gastos com Pessoal ou com os benefícios pagos pelo INSS, MAS DOS PAGAMENTOS DOS JUROS ANUAIS para a rolegem de nossa dívida.

Não precisa ser matemático para mostrar essa verdade. Com um Superávit Primário que pode chegar a 4,2% do PIB, algo em torno de 100 bilhões de reais, esse montante não será suficiente para pagar os juros devidos pelo Tesouro Nacional em 2007. Faltarão ainda mais de 60 bilhões de reais para o pagamento desses encargos financeiros . E esses recursos, por falta de disponibilidade do Tesouro serão automaticamente acrescentados à nossa divida interna e externa e o país continuará pagando juros sobre juros. E ainda não sabemos em quanto monta a dívida do Banco Central que será assumida pelo povo, através do Tesouro Nacional.

Portanto, faltam informações completas e sinceras sobre os prejuízos que os juros estão causando ao Brasil.

E hoje, primeiro de janeiro, a imprensa já começa a dar vasão às sugestões dos palpiteiros sobre a Bovespa e sobre o aumento da inflação, sem nenhuma fundamentação científica, racional e real. Compete, nesse momento, como medida preventiva, a CVM agilizar uma varredura nas contas ativas e passivas de todas as empresas ( não são muitas) que tem os seus papéis negociados em Bolsa, para dar transparencia absoluta aos investidores. As Contas Ativas e Passivas desses empresas de capital aberto poderiam ser compulsoriamente disponibilizadas na Internet, sem as maquiagens,mas com informações contábeis reais e o histórico de suas vidas nos ultimos cinco anos.

No entanto, devemos reconhecer que a sensibilidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para viabilizar e concretizar os programas sociais de Governo, teve o mérito do crescimento do PIB, da estabilidade inflacionária e da melhor distribuição das riquesas produzidas pelo País, reduzindo sensivelmente a indigência e a pobreza e ampliando a classe C. O Ano de 2008 será bem melhor do que foi 2007, se o presidente da república fizer uma refleção bem profunda sobre os males que a selic está causando ao Povo Brasileiro e para a materialização de projetos prioritários.E sabemos que o presidente está ao lado do POVO e basta agir na sua defesa, como sempre o fez.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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