Suba no seu palco
que sugerem requalificação das pessoas e suas formas de comportamento e desempenho, me faz pensar com sutileza no que permeia ensinos atuais do - Como Fazer.
Alguns deles baseados em hábitos e conduta natural do dia-a-dia das pessoas que viveram nos tempos de nossos avós, adicionados de uma pitada de requinte e atualidade.
Evoluídos em tantos planos materiais por nós mesmos, somos hoje a causa e o efeito de desencontros do próprio homem. E por isso, treinamos esse mesmo homem para rever e reorientar a si próprio.
Somos a forma paradoxal que vivemos de “saber e não saber”, sentimos, existimos e tentamos evoluir.
Fazendo referência às artes comportamentais citadas acima, o que nos falta?
O conhecimento básico?
Ou seria apenas reforços da nossa infância e juventude, de conceitos aprendidos, vividos e que talvez precisem apenas ser lembrados e fortalecidos?
Tempo esse que havia tempo, havia cordialidade natural e desinteressada, existia tempo suficiente para cuidar de si e de outros, tempo de ouvir, tempo de proporcionar sem muito gastar, tempo onde as famílias sentavam a mesa, almoçavam e jantavam, os amigos batiam sempre a porta sem formalidades anteriores, tempo de conversa na calçada. Não era tempo perfeito, apenas mais possível.
Era um tempo de muitas “artes” explícitas e naturalizadas ao longo dos dias. Penso se essa citada “Arte”, que causa alto impacto aos ouvidos dos que procuram se aperfeiçoar, é a arte da tradição, dos bons costumes, da continuidade, da família bem constituída, da honra, da força e validade da palavra. A arte de si mesmo, do auto respeito, da auto escuta.
Arte é um dom, o dom de cada um de nós. Se ainda não encontrou seu dom, faça mesmo os cursos que tem a proposta de ensinar algumas artes, mas não tente aprender das várias artes, foque como objetivo maior a possibilidade do seu encontro com a “sua arte”.
A sua arte é aquela atividade que desenvolvida por você , deixa seu coração cheio e recarregado de energias e realização. Não precisamos aprender as artes do mundo, mas se utilizar desses ensinamentos propostos para encontrar a arte de cada um de nós e identificar os palcos adequados a ela. Aqui eu falo da “Arte do Encaixe”, você e seu dom caminhando ao encontro desse lugar só de vocês. Esse lugar pode ser uma empresa, um estado ou país, uma profissão, um modo de vida, uma perspectiva ou entrega.
A arte é você e seu dom descoberto e em pleno uso. A arte é o que sua intuição tenta lhe dizer, dê ouvido a ela. A arte é o que àquelas pessoas que muito viveram tem a nos dizer,a arte é colocar-se no lugar do outro, é viver tranquilamente e dar o melhor de si, é respeitar sua limitação e usar suas competências e dons. Viver tudo que tem direito com aceitação e alegria.
Não tente vender peixe num hospital ou empinar pipa no escritório ou ser um executivo vestido de sunga na empresa. Aprenda a arte, mas seja artista pra valer. Encontre o melhor palco para o seu dom e a vida agradecerá com presentes para você!
Autor: Martha Villela
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