PESQUISA APONTA QUE 85 DIAS ÚTEIS SÃO IMPRODUTIVOS NO BRASIL
A pesquisa mostrou que a falta de profissionais qualificados - 23% - e a falta de gerência pró-ativa - 21% - são os principais fatores de não haver um constante crescimento da produtividade em empresas brasileiras.
Já quando o estudo engloba todos os países entrevistados pela Proudfoot, 13% consideraram os problemas de comunicação externa (fornecedores e clientes) como um dos entraves à produtividade e apenas 12% (metade do índice brasileiro) citaram a qualificação imprópria da força de trabalho (mão-de-obra) e 11%, problemas de comunicação interna.
Porém, quando a pergunta foca quais os fatores que podem aumentar a eficiência e produtividade nas empresas, mais uma vez, a maioria, 33%, optou por investimentos no desenvolvimento e treinamento da força de trabalho e gerência, e 13%, por leis trabalhistas mais flexíveis (autonomia para contratar e despedir).
No Brasil, quando se trata de competitividade nos próximos 12 meses, a redução de custos e a melhoria da receita aparecem com 23% da escolha dos entrevistados, seguida pela elevação da produtividade, com 22%, e investimento em tecnologia, com 18%.
Segundo o estudo, 74% dos entrevistados brasileiros classificaram a produtividade em suas companhias como muito boa ou boa, enquanto nos países desenvolvidos esta taxa não alcança números tão altos. Na Alemanha, por exemplo, esse percentual chega a 53% e, no Reino Unido, a 58%.
"O resultado deste levantamento demonstra que a auto-reflexão nos países desenvolvidos, onde as taxas de produtividade já são altas, é maior, pois eles têm ainda mais perspectivas de crescimento.
Já no Brasil, onde a produtividade pode ser considerada baixa, os números refletem um certo comodismo em ampliar a eficiência nas empresas", afirma Manfred Stanek, presidente da Proudfoot Consulting no Brasil.
A pesquisa também contemplou diversos setores da economia. Na mineração, 71% dos executivos consideram a produtividade de suas empresas muito boa ou boa. Isso se deve ao caráter operacional desta atividade, com foco principal na execução das ações.
Cerca de 52% dos entrevistados afirmaram esperar um aumento de 5% a 15%, enquanto 31% acreditam em uma elevação da produção de 15% a 50% e apenas 2% disseram ter expectativa de um crescimento acima de 50%.
O estudo também questionou a capacidade de crescimento da eficiência dos países. Em países como a Áustria, 73% dos entrevistados disseram esperar um aumento da produção de 5% a 15%. No Canadá, estes patamares se elevam a 76%.
No Brasil, estes números não passam de 46%, o que demonstra mais uma vez uma expectativa de subutilização da capacidade brasileira.
Ainda de acordo com a pesquisa, 65% classificaram como muito boa ou boa a capacidade de suas empresas de enfrentar desafios pelos próximos dois anos. Outros 28% responderam como regular à mesma pergunta.
Aproximadamente 26% dos executivos ouvidos pelo levantamento apontaram a competição dos mercados emergentes como fator de maior impacto em suas empresas nos próximos dois anos.
Logo abaixo surgem a educação e treinamento de funcionários e falta de equipe qualificada, respectivamente, com 16% e 13%.
"Mais do que nunca, as empresas que não desejam enfraquecer diante da concorrência devem apostar em qualificação e treinamento da mão-de-obra em todos os níveis.
Torna-se vital, portanto, aproveitar todo o potencial de seus colaboradores, o que só é conquistado por meio de um constante aprimoramento profissional", conclui Stanek.
Autor: Alfredo Passos
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