MITOS SOBRE A PÍLULA
© Dr. Alessandro Loiola
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A Pílula é o método de contracepção mais comum no mundo, sendo utilizada atualmente por mais de 90 milhões de mulheres. Ela atua evitando a liberação do óvulo pelos ovários, um evento que normalmente ocorre por volta do 14º dia do ciclo menstrual e que pode resultar em graves crises de ansiedade em namorados adolescentes. Com a pílula não ocorre ovulação. E sem ovulação, nada de gravidez.
Apesar das extensas pesquisas realizadas desde a década de 1960, alguns mitos sobre a popular Pílula ainda persistem. Para facilitar, selecionei os mais comuns. Quantos você é capaz de responder corretamente?
PÍLULA ENGORDA?
Não engorda. Ainda que o ganho de peso esteja entre as queixas mais comuns das mulheres que tomam a pílula, mais de 70% das usuárias não sofrem qualquer alteração neste sentido durante todo o tempo de uso do anticoncepcional.
PÍLULA CAUSA ESPINHAS?
Não necessariamente. Os androgênios têm sido implicados na etiologia da acne vulgar, possivelmente por intensificar a hiperceratose folicular. A pílula reduz os níveis sangüíneos de androgênios, diminuindo a gravidade da acne. Contudo, provando mais uma vez que não existem verdades absolutas na medicina, existem alguns relatos de mulheres onde a acne ocorreu como um efeito colateral da pílula.
MULHERES QUE TOMAM PÍLULA DEMORAM MAIS PARA ENGRAVIDAR QUANDO PARAM?
Verdade. O retorno à fertilidade em mulheres que interromperam recentemente o uso da pílula leva mais tempo quando comparado às mulheres que interromperam outros métodos contraceptivos. Felizmente, não parece haver prejuízo da fertilidade como um todo.
ANTIBIÓTICOS PODEM CORTAR O EFEITO DO ANTICONCEPCIONAL?
Algumas vezes sim. Sabe-se que a ampicilina, um antibiótico bastante utilizado no tratamento de infecções urinárias, faringites, amigdalites e pneumonias, pode reduzir a eficácia da pílula. Outros remédios, como os anticonvulsivantes, por exemplo, também podem interferir com a ação da pílula. Nesses casos, a mulheres devem se certificar de que o contraceptivo oral escolhido contenha pelo menos 50 microgramas de etinil-estradiol ou mestranol.
A PÍLULA CAUSA VARIZES?
Parece que sim, mas as pesquisas ainda não produziram conclusivos até o momento.
A PÍLULA PODE ALTERAR O HUMOR?
Sim, pode, inclusive com náuseas, dor de cabeça, dor nos seios e depressão. Estes sintomas, mais comuns nos primeiros meses de uso da Pílula, freqüentemente desaparecem após alguns ciclos.
A PÍLULA ALIVIA AS CÓLICAS MENSTRUAIS?
Nem sempre. A menstruação dolorosa (chamada de dismenorréia pelos médicos) é menos freqüente nas mulheres que não ovulam, tornando a pílula um recurso útil em 70-80% dos casos de dismenorréia. Quando a pílula é suspensa, as mulheres podem voltar a sentir as mesmas cólicas de antes.
Todavia, algumas formulações da pílula podem resultar em menstruações muito volumosas e intensas. Além disso, sangramentos irregulares e menstruações dolorosas podem ocorrer em até 1/3 das mulheres após o início do uso da pílula.
A PÍLULA AUMENTA O RISCO DE CÂNCER?
Mulheres jovens que tomam pílula possuem um risco maior para tumores benignos do útero (chamados Miomas) durante a pré-menopausa, mas a pílula não parece influenciar o risco de tumores malignos no útero ou na mama.
Autor: Alessandro Loiola
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