Estudo do IBGE revela aumento da violência no país e outras mezelas sociais...



Um estudo publicado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra indicadores do desenvolvimento sustentável no país, com informações sobre violência, qualidade da água, meio ambiente e outros índices que influenciam a qualidade de vida do brasileiro.

Os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2008 (IDS 2008) mostram avanços no setor econômico do país nos últimos anos.

Comentário:
Não há dúvidas de que houve avanços no setor econômico no governo do Lula, porém ainda há poucas empresas ganhando muito e muitas empresas nadando contra a maré, resistindo como podem para sobreviver, o desemprego ainda não chegou nem perto de ser debelado, há ainda muita gente desempregada. O consumo tem aumentado, porque o brasileiro não fica parado, trabalhadores sem “carteira assinada”, operam na informalidade, na clandestinidade, vendendo isso e aquilo pra sobreviver, acham um meio de ganhar dinheiro, isso ocasiona o aumento do consumo.


Nas questões sociais, no entanto, apesar das melhorias verificadas, ainda é possível constatar problemas.

Comentário:
...“ainda é possível constatar problemas”. Esta é uma opinião muito otimista, “ainda é possível” é uma afirmação um tanto quanto demagógica, se isso representasse 1% do problema, poderia ser “ainda é possível”.

A declaração deveria ser outra: Apesar do estrupício que é o problema social, no Brasil, “ainda é possível” se encontrar alguns avanços e umas poucas melhorias.



Em relação aos problemas ambientais, podem ser notados avanços em algumas áreas e retrocessos em outras.

Segundo o IBGE, o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem também às suas necessidades. “Os indicadores são instrumentos importantes para guiar ações e subsidiar o acompanhamento e a avaliação de progresso que objetiva o desenvolvimento sustentável”, diz o relatório do instituto.


Violência

Entre 1992 e 2004, houve um aumento em termos absolutos de 7,7 mortes por homicídio por 100 mil habitantes no país. A situação da Região Sudeste chama a atenção. Em 2004, a região apresentou a maior taxa de mortes por homicídios, 32,3 por 100 mil habitantes, acima da média do país, 26,9 por 100 mil.

Os acidentes de transporte também têm crescido. No Brasil, em 2004, os homens foram as principais vítimas, com 32,6 mortes por 100 mil habitantes, contra 7,2 por 100 mil de mulheres.

Meu comentário:
O IBGE nem precisava fazer uma pesquisa pra gente saber que a violência é ascendente neste país, todos os dias vemos isso pelas ruas em crimes e acidentes. O aumento da violência tem como causa principal a ausência de Leis duras, que intimidem as pessoas a cometer crimes, nossas Leis são frouxas e cheias de furos. Advogados inescrupulosos e bem informados fazem verdadeiro estrago nos tribunais. Neste país, não são criadas Leis mais duras, porque quem Legisla e poderia fazê-lo, são os que mais têm medo de ficar debaixo dessas Leis.



Meio ambiente

Na dimensão ambiental, o IDS mostra um maior número de indicativos ainda negativos ou em evolução lenta. Ainda assim, segundo o estudo, o consumo de substâncias nocivas à camada de ozônio caiu 86% de 1992 a 2006.
Entre 2004 e 2006, o número de focos de calor, que indicam queimadas, teve uma redução de 50%. Os dados são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Ainda de acordo com o IDS, o país tem 8,3% de seu território protegido por unidades de conservação, o que corresponde a uma área de mais de 712.660 quilômetros quadrados.



Moradia

A moradia adequada, com abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e até dois moradores por dormitório, melhorou nos últimos anos, alcançando 54% dos domicílios particulares permanentes em 2006.

Meu comentário:
Que dado louco é esse? O que seria uma “moradia adequada”?

Vejamos: seria uma casa com no mínimo 36 m2 (6X6) pode ser de madeira no caso de “pobre/pobre” ou alvenaria no caso de “pobre/rico”, com divisórias e forro, banheiro com esgotamento sanitário, água encanada, luz elétrica (oficial, que não seja gato), num terreno de pelo menos 250m2 (10X25), com pelo menos uma cerca.

Numa casa destas, poderão viver no máximo 4 seres humanos (na realidade, nas periferias, encontra-se até 10 pessoas vivendo nesta “casa”), um casal e dois filhos, que dormirão em um beliche, as refeições serão feitas na própria cozinha. Obviamente, não é uma “residência adequada”, no máximo poderemos chamar de “abrigo”.

Desde quando 54% dos brasileiros moram em casas com água potável, banheiro sanitário, coleta de lixo, luz elétrica, terreno individual, que seja própria? Nosso déficit habitacional é imenso, quem não quer morar em barracos nas favelas, mora alugado e tem alguns que moram em barracos alugados ou quarteirões onde se alugam quartos com 20m2. Vale salientar que quem mora de aluguel, não pode ser incluído nestes 54% que segundo o IBGE estão “morando adequadamente”.

O que mais se encontra nos bairros periféricos são “residências" , sem forro, sem beiral, sem quintal, sem água potável instalada, com energia elétrica de gato, sem esgotamento sanitário adequado, com privadas despejando esgoto a céu aberto, casas essas colocadas em lugares insalubres, fruto de invasões por falta de condições dos proprietários de comprar um terreno em lugar adequado, como acontece nos morros no Rio de Janeiro e nas barrancas dos rios, nas cidades da Amazônia.



As diferenças regionais quanto a esse índice, no entanto, ainda são acentuadas. Enquanto no Sudeste 70% dos domicílios são adequados, no Norte, esse número cai para 23,7%.

Informações ligadas a internações causadas por falta de saneamento também apontam desigualdades regionais. Apesar da redução no número total de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, que caiu de 732 pessoas por 100 mil habitantes, em 1993, para 327 pessoas em 2005, no Norte do país esse número foi muito maior do que no Sudeste (694 internações por 100 mil habitantes contra 127).

Meu comentário:
A maior causa de internação de adultos e crianças principalmente na Região Norte é a falta de saneamento básico e de moradias adequadas. O esgoto a céu aberto e a poeira das ruas são as principais causas de doenças respiratórias principalmente nas crianças. Na Região Norte, pelo clima quente a maior parte do ano, as “residências”, nos bairros periféricos, não têm as mesmas exigências das casas das outras regiões do país, que tem obrigatoriamente que ter forro e beiral por causa do frio, o que evita a contaminação por doenças transmitidas por mosquitos, daí ter a maior incidência dessas doenças na Região Norte, onde as casas são feitas mais à vontade.

Mas o que falta mesmo é a informação e a cobrança por parte das autoridades sanitárias.

A inadmissível epidemia de Dengue que aconteceu no Rio de Janeiro é fruto do descaso das autoridades sanitárias do município, outros municípios próximos ao Rio, não tiveram essa epidemia, porque vigiaram.

Quando dizemos, e eu disse outro dia, que as pesquisas são “dirigidas”, pra impressionar as pessoas que não tem conhecimento real das circunstâncias, algumas pessoas me censuraram, o que mostra que também não conhecem os problemas e nem o que seja uma pesquisa.

Enquanto no Brasil, se fizerem pesquisas “só pra inglês ver”, os problemas não poderão ser constatados, localizados e resolvidos e muito menos discutidos pela sociedade.
Autor: acreucho (Jorge Nascimento)


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