A PSICANÁLISE A MEDICINA PSICOSSOMÁTICA E O CORAÇÃO



A PSICANÁLISE A MEDICINA PSICOSSOMÁTICA E O CORAÇÃO
Dr.Wagner Paulon
1992 - 2008

Toda moléstia é um problema de perturbação da psique e do soma; assim, toda medicina é medicina psicossomática. De fato, quando isso estiver perfeitamente compreendido não haverá mais a necessidade do termo medicina psicossomática; ambas as partes do termo estarão implícitas na palavra medicina.

Entretanto, a doença foi considerada por algumas décadas como devida somente à patologia dos tecidos e somente há poucos anos que a psicanálise psiquiatria e a neurologia, adquirindo maiores conhecimentos sobre as neuroses, mostraram que a causa primária de certos quadros mórbidos é antes psicopatologia que patologia dos tecidos.

Portanto, a psicanálise e a medicina psicossomática no presente momento abrangem, além das neuroses, uma extensão dos nossos conhecimentos sobre neuroses à psicopatologia de outros estados antes considerados como pertencentes ao domínio da medicina puramente física.

A seguir serão feitas tentativas para demonstrar não tanto que o problema médico é puramente funcional ou apenas físico, mas que os fatores psicológicos e físicos estão ambos presentes e que a questão se torna: quanto de um e de outro e qual a relação entre ambos.

A despeito da enorme incidência de doença cardiovascular, a maioria dos pacientes que têm sintomas atribuídos à região do coração não apresenta evidências de doença cardíaca orgânica. É fácil encontrar o motivo.

Desde tempos imemoriais que o coração tem sido a tradicional sede das emoções e atua, assim, como ponto focal para a angústia. Nenhum outro órgão do corpo é usado tão freqüentemente de modo simbólico para se referir ao amor e ao ódio, que, como assinalou W. C. Menninger, nos levam a pensar na significação emocional das perturbações que envolvem o coração. Como um símbolo do amor estamos familiarizados com o uso do coração como um "representante do amor" e a expressão coloquial de "coração quente", "amando com todo o meu coração", "sentir de todo o coração". Falamos de "com alegria no coração" e do coração "pulando de satisfação". Mas, falamos também de estarmos com "coração triste" e "com peso no coração". Por conseguinte, também falamos de "coração tímido" e de "coração medroso"; ou pensamos no coração "disparando de medo", de "agitação ou tremulação no coração". Ódio e hostilidade são expressos em termos tais como "coração duro", "sem coração", de "sangue-frio" em vez de "coração quente". À pessoa injuriada diz-se que sofre de "dor no coração" ou que está com o "coração doente". Todas estas expressões têm significação do ponto de vista da "linguagem dos órgãos”.
Autor: Wagner Paulon


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