Todos Podem e Devem Contribuir Com o Planeta



OBSERVAÇÃO: Este artigo foi elaborado em parceria com a acadêmica Carla Borges Taveira Crepaldi – Último Semestre do Curso de Administração do Centro Universitário Toledo de Araçatuba/SP. (UNITOLEDO) durante as aulas de Gestão Ambiental.


Há milhões e milhões de anos, tínhamos um planeta capaz de garantir a sobrevivência de milhares de habitantes por milhões de anos, certo? Depende.

Hoje, sabemos que, se não mudarmos o nosso padrão de produção e consumo, este planeta não mais garantirá a permanência de vida nem dele mesmo. Sabe-se que não bastam mais conferências, encontros envolvendo países, cientistas, políticos, representantes de Ongs que analisam, debatem e chegam sempre ao mesmo ponto: mudanças climáticas; desertificação; crise global de água; desflorestamento; degradação dos oceanos; poluição de ar, solo, água e do mar; crescente redução da biodiversidade entre outros.

O artigo “Pode a humanidade ainda ser salva?”, de autoria de Koichiro Matsuura (Folha de São Paulo, 17/02/2008), cita que: “o custo de nossa guerra ao planeta pode ser comparável ao custo de uma guerra mundial”. Se os estudos realizados até hoje estiverem certos, estamos caminhando mesmo para uma verdadeira guerra mundial. O planeta capaz de gerar sobrevivência está a caminho da escassez de recursos naturais, capazes de garantir a vida na Terra. Portanto, todos esses problemas podem ser vistos como sintomas.

Pode-se afirmar que o problema central é o consumo desenfreado e, principalmente, a falta de conhecimento do consumidor. Infelizmente, a população, em geral, não é educada para consumir e produzir de forma sustentável. Aprende-se e ensina-se nas escolas e na sociedade que o consumo é necessário. Através dele há geração de empregos, impostos e produção. Não há uma preocupação com o meio ambiente, com os impactos ambientais que ocorrem com a produção e com o consumo desses bens e produtos.

Não seremos hipócritas em discursar que, a partir de hoje, teremos que reduzir o consumo e, consequentemente, frear o crescimento da economia e da degradação. Devemos, sim, conciliar o crescimento econômico com desenvolvimento sustentável. O consumidor tem um papel fundamental nesse processo de tentativa de salvar o planeta. Ele pode e deve exigir produtos ambientalmente corretos e sustentáveis, como, por exemplo, adquirir móveis e utensílios elaborados a partir de madeira certificada. Deve evitar a compra de alimentos cuja produção tenha relação com áreas desmatadas. Deve consumir produtos cuja embalagem tenha opção de refil e menor volume de embalagem. Hoje, há no mercado muitas opções, entretanto, ainda a mídia e os canais de marketing tentam e, muitas vezes, conseguem ludibriar o consumidor, colocando o meio ambiente em último grau de importância.

É inegável que é necessário que se invista em educação, já que o mundo precisa de conhecimento, conscientização, contenção, visão de futuro e menos matéria-prima e recursos naturais. É preciso visualizar um futuro promissor, mas, para que isso ocorra, temos que começar a tomar atitudes diferentes. Não basta mais ficarmos sentados culpando os governos e os outros. Temos que construir um novo cenário onde cada cidadão contribua de alguma forma com a Terra.

Além da necessidade de propostas concretas e realistas é preciso buscar a conscientização de toda a nação.

Grande parte dos seres humanos acha que, sozinhos, não farão a menor diferença, mas se enganam. Existem casos que deixam evidente a necessidade de mudança de pequenos atos cotidianos de consumo e de produção que, ao longo da vida, farão uma grande diferença. Até mesmo é importante o esclarecimento ao consumidor e a relação de cada ato de consumo com seus impactos na sociedade e no meio ambiente.

Para encerrar, destacamos as palavras de Gilberto Dupas no artigo “O mundo começou e acabará sem o homem” (Folha de São Paulo, 30/01/2007) : “Há, pois, fortes evidências de que a civilização está em xeque. Urge aos governos e às instituições internacionais tomarem medidas preventivas drásticas imediatas em nome dos óbvios interesses dos nossos descendentes. Mas, como fazê-lo, se o modelo de acumulação que rege o capitalismo global exige contínuo aumento de consumo e sucateamento de produtos, acelerando brutalmente o uso de recursos naturais escassos? O dilema é ao mesmo tempo simples e brutal: ou domamos o modelo ou envenenamos o planeta, sacrificando de vez a vida humana saudável sobre a terra”.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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