A Máquina do Tempo
O primeiro livro que eu comecei a ler foi o livro de química da minha irmã. Ela odiava química e física e pra contrariar eu comecei a ler, acho que eu quis me mostrar no começo, mas o fato é que eu fiquei fascinado, pois ali eu encontrei coisas fascinantes.
Outro livro que me marcou demais se chamava Cosmos, escrito pelo astrônomo e cientista Carl Sagan, era um livro de mais de mil paginas e eu li inteiro com dez anos de idade. Este livro me abriu os horizontes e quanto mais eu lia mais eu queria ler, parecia que lá estavam as respostas para todas as minhas dúvidas.
O fato é que neste livro eu encontrei inúmeras teorias dentre as quais uma me chamou mais a atenção, pois desde pequeno eu sempre fui fascinado pelo mistério do tempo e neste livro havia um capitulo especifico sobre este tema.
O que mais me chamou a atenção foi a narrativa de uma máquina do tempo, que, segundo o autor, funcionava elevando a velocidade de uma nave imaginária à velocidade da luz, e fazendo assim com que a nave viajasse no tempo.
A principio, apesar da explicação do autor do funcionamento da máquina, que se baseava na teoria da relatividade de Einstein, pela pouca idade que eu tinha na época, eu acabei por não entender muito bem.
Porém, esta parte da ciência ficou guardada na minha mente e eu nunca consegui parar de pensar nela e o pior e que por muito tempo eu não consegui uma explicação que me deixasse satisfeito, até que recentemente eu li um artigo na Internet, que tirou minhas dúvidas. Eu não guardei o artigo, mas vou tentar reproduzir aqui, da melhor maneira possível o funcionamento desta teoria.
Muito bem, meu objetivo é mostrar de maneira clara e simples, para um publico leigo no assunto, como a viajem no tempo pode ser (hipoteticamente) realizada. Para iniciar minha explicação, primeiro devemos ter uma noção de como funcionam algumas leis elementares.
Primeiramente devo mostrar como funciona a visão das pessoas.
Você sabe como funciona o mecanismo de visão do ser humano?
Na realidade é muito simples, ele é baseado na luz, ou seja a luz (do sol ou de uma fonte artificial) chega até os objetos (entenda por objetos tudo que está a nossa volta) e é refletida para dentro de nossos olhos, chegando até a retina que transforma estas diferenças de pontos luminosos em imagem diretamente no nosso cérebro (depois publicarei outro artigo sobre um outro fato interessante a esse respeito).
Muito bem, a luz é constituída de ondas eletromagnéticas, como as ondas de rádio, TV, micro ondas etc.
A luz viajar a uma velocidade de aproximadamente 300 mil por segundo. Então vamos imaginar que uma a luz fosse uma pequena partícula que se formou e viajou a velocidade da luz até encontrar um objeto e ser refletida, também a 300 mil quilometro por segundo, rumo à nossas retinas.
Vamos imaginar agora que o cada pequeno espaço de tempo é formado novas partículas e o processo se repete eternamente, uma após a outra as partículas vão se chocando com o objeto e retornando para nossas retinas.
Agora vamos trocar a flor da imagem acima pela imagem de um relógio e vamos fazer de conta que cada partícula é refletida em um espaço de tempo de um segundo.
Recapitulando, as partículas de luz viajam até o relógio a 300 mil quilômetros por segundo, uma a cada segundo, e são refletidas (na verdade ela não é refletida, o que ocorre é um outro processo, mas não vem ao caso no momento) para nossas retinas.
Então no segundo um, será refletida a primeira partícula, no segundo dois a segunda e assim sucessivamente.
Agora imagine que você está em uma máquina que pode viajar a velocidade da luz e que quando a primeira partícula chega à sua retina você inicia um movimento para traz à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, ou seja, na mesma velocidade da partícula só que na direção contrária, o que aconteceria?
Simples, você veria a imagem do primeiro “segundo” até que a máquina parasse e a partícula do segundo “segundo” chegasse até sua retina.
Agora vamos supor que a primeira partícula chegou a seu objetivo, a segunda também e também a quarta, porém, na quinta partícula você iniciou seu movimento para traz.
Você veria sempre a quinta partícula até que resolvesse parar, porém, você enfia o pé no acelerador e viaja agora a duas vezes a velocidade da luz, oque aconteceria então?
Também é simples, você varia passar por você a quarta depois a terceira, depois a segunda, retrocedendo o tempo até chegar na primeira.
Você percebeu o que aconteceu?
Nossa, você viajou no tempo para o passado, é isso mesmo, para o passado, não é fantástico.
É claro que a teoria descrita acima não pode ser realizada na atualidade, talvez um dia, mas vale o conhecimento da mecânica envolvida. Também não conheço ou talvez não cheguei tão longe para conhecer alguma teoria onde a viajem se propagasse para o futuro e não para o passado, mas estou procurando e se eu encontrar publicarei para que quiser ver.
Muito bem espero que eu tenha sido o mais claro possível, um abraço e até a próxima.
Não deixo de comentar.
www.blogaodomaurao.blogspot.com
Autor: Mauro Gloria Junior
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