Após O Capitalismo: A Visão De Prout Para Um Novo Mundo



 Vale ressaltar esta publicação importante e interessante. Inicialmente em português, agora na versão para o inglês, o livro destaca no Sistema Capitalista o seu ponto mais nevrálgico: a inexistência de utopias contemporâneas que restabeleçam a esperança num mundo melhor, mais justo, solidário e que tenha a força necessária para a real emancipação da humanidade. Este é o fio da meada proposto pelo pensador e filósofo indiano Prabhat Ranjan Sarkar (1921-1990), criador da PROUT (Teoria da Utilização Progressiva), uma alternativa ao caótico labirinto do sistema econômico centralizador em que vivemos. A partir das idéias de Sarkar, Após o Capitalismo: a Visão de Prout para um Novo Mundo (Proutista Universal, 2004, Belo Horizonte, MG, Edição Atualizada para o Inglês), de Dada Maheshvarananda, com prefácio de Marcos Arruda, contribuições de Leonardo Boff, Noam Chomsky, Johan Galtung, Mark Friedman e Ravi Batra, oferece uma reflexão crítica, autônoma e profunda sobre as mazelas e excessos cometidos em nome da globalização.

O monge, tradutor e cientista político (Earlham College, Indiana, EUA) Dada Maheshvaranada, que morou em vários países da Ásia, quatro anos em Belo Horizonte, MG, três em Berlim, Alemanha, coordenou vários cursos na fazenda Ananda Kirtana, em Belmiro Braga, MG, e hoje está em Caracas, Venezuela, lança um olhar realista e faz a pergunta fundamental: qual é o mundo necessário e alternativo ao Capitalismo consumista, individualista e global? Uma opção está no planejamento socioeconômico democrático e descentralizador baseado nos três princípios da PROUT: as cooperativas, a ética e os valores neo-humanistas.

De acordo com a PROUT, a economia deve assegurar a harmonia entre o desenvolvimento material e o equilíbrio ambiental. Propõe a utilização máxima e a distribuição racional dos recursos físicos, psíquicos e espirituais existentes para a garantia do bem-estar pessoal e social. O Estado estaria presente nas indústrias estratégicas e de larga escala. As atividades de médio porte seriam geridas pelo sistema de cooperativas; e a iniciativa privada, para os pequenos negócios. É competência também do Estado o papel do desenvolvimento social; às cooperativas gerar emprego e renda a partir de uma economia planejada, cujos desejos individuais coincidam com os interesses coletivos, e cumpra o objetivo essencial de criar autonomia para cada região do país.

Dada Maheshvaranda destaca que a sustentabilidade econômica se baseia num desenvolvimento equilibrado da agricultura e indústria. Para evitar a superconcentração urbana e seus altos índices de criminalidade, drogas, estresse, epidemias, e impedir o desequilíbrio ambiental, a alternativa é transformar cada região do país, de acordo com suas peculiaridades culturais e potencialidades econômicas, em áreas com planejamento autônomo, entretanto interligadas ao princípio Federativo de Estado e nação.

Após o Capitalismo: a Visão de PROUT para um Novo Mundo, nesta nova edição atualizada e traduzida para o inglês, é uma análise frutífera e indispensável sobre as crises do Sistema Capitalista Mundial. Uma possibilidade ética e ecológica para recolocar o homem no seu devido lugar na História Universal: oferecer a esperança de que um outro mundo é possível, sem pobreza, guerras e injustiças – uma visão prática e sustentável para as gerações futuras.

Mais informações: www.prout.org/por


Autor: José Aloise Bahia


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