FAMILIA E ESCOLA: Juntas para o fortalecimento do seu papel social



Família e Escola: Juntas para o fortalecimento do seu papel social, é uma análise crítica da atual realidade familiar e escolar frente à sua função social, que tem por objetivo possibilitar ao leitor uma reflexão e promover a discussão acerca dos efeitos qualitativos de família e escola num trabalho em conjunto para que se possa proporcionar um convívio social mais adequado visando a felicidade do ser humano, buscando o distanciamento das crianças e dos adolescentes, do atual cenário de violência e descaso. Este contexto pretende ser uma fonte qualitativa de reflexão e posterior ação das famílias e escola, visando uma união mais firme frente ao ato de educar como função social.Conclui-se que a união destas duas instituições, escola e família, é imprescindível para a obtenção de resultados mais satisfatórios frente à formação de um cidadão mais íntegro e capaz de conviver em uma sociedade mais justa e feliz.


Não podemos negar que crianças e adolescentes se deparam hoje com uma sociedade bem mais complexa, perigosa e assustadora do que aquelas enfrentadas pelas gerações passadas de que nos conta a história.

As crianças de hoje estão expostas ao crescente aumento da violência urbana, da criminalidade, dos maus tratos, das agressões físicas e/ou psicológicas.

Acredita-se que todos conhecemos o problema enfrentado pelos pais ao encarar a dura e complexa tarefa de educar seus filhos no mundo atual.

A educação hoje, parece ser a mais árdua tarefa e o mais difícil dos desafios de uma sociedade.

Buscar-se-á evidenciar aqui, os agravantes mais óbvios presentes no cotidiano familiar e escolar considerados de relevância como pontos que debilitam a real função de uma sociedade mais justa, fraterna e ideal ao pleno desenvolvimento do ser humano.

FAMÍLIA E ESCOLA, UNIDAS PARA CUMPRIR O SEU REAL PAPEL SOCIAL.

Um breve estudo e análise de fontes histórico-sociológicas passadas, revelam que as sociedades passadas foram de praxe, menos perigosa e/ou violentas do que a sociedade da qual hoje somos parte integrante.

As proporções catastróficas atuais superam a distâncias bastante consideradas, as das sociedades passadas.

Eis que surgem alguns agravantes que atualmente estão bem presentes em nosso cotidiano e, que justificam a atual dificuldade em entrosar de uma forma mais rítmica a família e a escola numa perspectiva mais eficaz ao cumprimento do seu real papel social: a) Detecta-se primeiramente, a extinção da família tradicional, tanto nas classes sociais de nível mais elevado, bem como, nas de nível popular; b)O número de filhos entre os casais está cada vez mais reduzido, onde um ou dois filhos são o bastante; c) O stresse da vida diária moderna reduz o tempo de dedicação dos pais para com seus filhos, prejudicando assim, o relacionamento familiar e conseqüentemente, social; d)Os filhos convivem cada vez menos com seus pais durante a infância e a adolescência; e) É crescente o número de crianças que convivem somente com o pai ou somente com a mãe, podendo-se aqui, se levar em conta, aqueles que são praticamente ‘depositados’ aos cuidados de estranhos ou aos cuidados de parentescos; f) A influência dos meios tecnológica de informação advindos da globalização, surge para unir povos do mundo inteiro, mas não são considerados seguros para uma boa educação e formação de um cidadão íntegro, ético e feliz.

Tais agravantes aqui levantados a partir de uma visualização global da sociedade que hoje se vivencia, são indispensáveis para a percepção de que se deva fazer algo, tomar atitudes, agir, a fim de re se recuperar o controle sobre a o processo educativo como forma de transformação social, tendo em vista, que sem uma transformação mais radical das estruturas sociais, não se conseguirá restituir as famílias.

Dessa forma, entende-se que se deveria dar maior importância ao desenvolvimento e comportamento humano, sobre tudo, durante a infância, pois, já é comprovado o fato de que, é a educação recebida nessa fase, que se torna decisiva para a formação de uma personalidade sadia e feliz.

No que se refere á família e sua função social, entra-se de acordo com Oliveira (1993, p. 92) quando diz uma das funções principais da família é a função educacional e, que esta é a responsável pela transmissão à criança dos valores e padrões culturais da sociedade. A família é tida como primeira agência que socializa a criança.

Contudo, tendo em vista que a família de hoje repassa à escola, em grandes parcelas, a tarefa de educar, resta á escola abrir as portas a elas e ajuda-las nessa tarefa e educativa visando a íntegra formação do ser humano, a diminuição da violência e o pleno desenvolvimento, em todos os aspectos, principalmente no que se refere ao sucesso na aprendizagem.

Embora a família se incumbisse outrora da educação e até da instrução de sua prole, desde que uma determinada atividade reunisse os requisitos de certa complexidade e distancia do ambiente doméstico, que a educação formal – a escola- fez sua aparição no meio social. Ela é assim, por excelência, a agencia encarregada da educação formal dos indivíduos. (MACHADO, 1975, p.152-153)


No contexto atual, família e escola são incumbidas de desenvolver a criança e o adolescente em todos os aspectos possíveis, a fim de auxiliá-los no seu desenvolvimento, e no fortalecimento de seus princípios éticos e morais, para convivência social mais justa , participativa, crítica e saudável.




Faz-se necessário que família e escola se unam para o fortalecimento e a qualidade da educação das suas crianças e adolescentes, para que se possam cumprir com o papel social destas instituições frente ao ato de educar para uma convivência social mais humana, mais harmoniosa e menos violenta, visando seres humanos capazes atuantes e felizes convivendo, de fato, numa sociedade mais justa e fraterna.


REFERÊNCIAS

MACHADO, A.L.N. Sociologia básica. -São Paulo: Saraiva, 1975.

OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia da educação. -São Paulo: Ática, 1993.
Autor: Gladenice T. da Silva


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