VIDA DE APARÊNCIAS



VIDA DE APARÊNCIAS


As pessoas em sua grande maioria vivem de aparências. Poucos conseguem lançar um olhar sincero, especialmente, sobre si mesmos.

Perdeu-se a virtude da sinceridade, pela prática cotidiana da mentira e pelo exercício diário da hipocrisia, que se materializa na tentativa desesperada de aparentar ser aquilo que não é.

Não se consegue ser sincero nem mesmo diante do espelho. A arrogância e o egoísmo que habitam no centro da personalidade humana impedem até mesmo um olhar inteligente, que avalie objetivamente os resultados das escolhas feitas em nossas vidas.

Há necessidade de um esforço hercúleo para se encarar a própria personalidade com espírito crítico suficiente, que seja capaz de avaliar os prós e os contras de todas as nossas atitudes diante das variadas situações que vivenciamos.

As pessoas tentam aparentar alegria e felicidade exterior quando, na verdade, estão mortas por dentro. Desesperadas para encontrar um pouco de paz que não conseguem compreender bem, mas há um vazio interior a ser preenchido e poucos se dão conta disto, por mais bem situados cultural e socialmente que possam estar.

Foi exatamente este o ensinamento de Jesus, quando disse em Mateus 23:27 que, "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia".

Tenta-se preencher esse vazio com festas, álcool, drogas, sexo, compras, música, esportes e de muitas outras formas obsessivas, que só fazem aumentá-lo mais e mais, tornando cada um escravo de si mesmo, num cativeiro sem algemas aparentes, mas de uma opressão incomparável.

Até mesmo a ânsia por uma vida de liberdade e sem compromissos faz a pessoa tornar-se escrava de suas próprias paixões e extremamente infeliz no seu egocentrismo.

Esta é a razão de a depressão ser a doença do século. Uma competição desenfreada que atormenta a mente do ser humano em busca do sucesso a todo custo, em todas as áreas da atividade humana, que no fundo não passa mesmo de uma corrida contra o vento e de pura vaidade, uma vez que, não há sucesso capaz de compensar o fracasso na vida pessoal.

As pessoas querem ser admiradas, convalidadas pelas outras pessoas e idolatradas como se fossem deuses e "Senhores de toda a glória". Tal comportamento pode ser observado abertamente nas crianças e camuflado nos adultos que ainda não amadureceram o suficiente.

A maturidade necessária para se encarar a vida de frente exige uma humildade de espírito, a fim de que se possa compreender a amplitude do amor cristão, sendo que aqueles muito "senhores de si" não podem alcançar, posto que presos pelas amarras da arrogância e do egoísmo, que impedem uma aferição inteligente sobre a própria existência.
Autor: Marcelo Lyra de Almeida


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