RESENHA ENRON - OS MAIS ESPERTOS DA SALA



Que maravilha é o mundo dos negócios, a forma dinâmica com que lidam com os problemas encontrando soluções bastante práticas, às vezes revolucionárias, para alcançar os seus objetivos empresariais de forma eficiente e eficaz, o grande engodo é quando a sede por lucros exorbitantes acaba sobrepujando a ética e os bons costumes. É o que narra o documentário “Enron – Os mais espertos da sala”, que conta a saga, ou melhor, a queda de uma das maiores empresas norte-americanas após a descoberta de um esquema fraudulento de “maquiagem” contábil.
A Enron foi fundada em 1985 quando a Hoston General Gás comprou a InterNorth, embora seu objetivo social fosse a distribuição de energia, a empresa conquistou excelentes resultados por meio de “outros investimentos”, incluindo freqüência de internet, risco ambiental, mas a entidade econômico administrativa do Tio San era especialista mesmo no colarinho branco, fraude e em especulação financeira, A companhia texana possuía uma excelente reputação, era fiscalizada por mais de uma empresa de auditoria, foi homenageada pela revista FortuneMagazine por seis ano seguidos (1996 à 2001) como "a empresa americana mais inovadora", com todos os olhares voltados para ela não demorou muito para que o mercado desconfiasse a origem de lucros tão agressivos mesmo em meio a crises. Por traz desta imagem escoteira de empresa sólida escondia-se um lobo sedento que em nome dos “negócios” usava a téquinica contábil “Mark to marker”, e com as parcerias de outras empresas e bancos, ficou extremamente fácil manipular o balanço financeiro e esconder um débito de mais de US$ 25 milhões de dólares.
O mundo da Enron caiu quando, após uma considerável queda de suas ações de US$ 86 para US$ 0,30, o governo dos Estados Unidos levantou uma série de investigações comprovando que a mesma inflava os contratos e lucros, os bons números só existiam no papel. A investigação expôs o envolvimento de ex-executivos, contadores, advogados, transformando a corporação norte-americana de uma hora para outra no pivô de um dos maiores escândalos empresariais da história mundial, e agora que os números passaram a ser analisados com lupa, o desencaixe apurado é um buraco de US$ 9 bilhões de dólares. Alem disso, pessoas prejudicadas pela Enron moveram um processo contra a companhia.
Em “Enron – Os mais espertos da sala” todo esse cenário é explorado brilhantemente com direção e produção de Alex Gibney de forma ágio e bastante cínica, não podendo ser diferente, o humor fino é um ingrediente a mais para o telespectador que irá acompanhar toda a loucura e o caos de uma empresa que, por optar pela “graninha fácil” afunda no mar da própria cobiça, e falta de ética transborda nessa empresa que é um verdadeiro manancial de corrupção. Talvez os termos técnicos do mundo dos negócios, próprios das Ciências Contábeis, Administração e economia, dificultem para o mais leigo um entendimento mais profundo do documentário, contudo nada que prejudique o filme que é garantia de uma boa diversão e educação. Moral da história “a pessoa que se vende recebe sempre mais do que vale” (Barão de Itararé).
Autor: Claudson Dantas


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