Liderança para o futuro
Já contamos hoje com diversas literaturas e pesquisas apontando para esta realidade e enumerando diversas competências necessárias para se ter sucesso neste novo contexto. A capacidade do líder de perceber este cenário e sua participação dentro de um sistema maior é o que chamamos de visão holística, atributo essencial para compreender a imensa interdependência existente no mundo contemporâneo e sua influência na vida da organização.
Filtrar estes dados captados do cenário macro e traduzi-los para o negocio da empresa também se torna um ponto critico, falo de criatividade e inovação, ler as entrelinhas, perceber tendências e ser pró-ativo, se antecipar às expectativas dos clientes e gerar diferencial competitivo, é o que chamamos de “visão quântica” , ou seja, ver intencionalmente por outra perspectiva.
Tendo determinado o rumo a ser tomado chegamos na hora da ação, e aqui entra o que Jack Welch, executivo destaque em qualquer publicação de negócios e CEO da GE, chama de “edge”, é fazer o que tem que ser feito, doa a quem doer, mas sempre com base no propósito e valores da organização. Segundo ele o líder deve ter boas idéias e valores, gerar energia e motivar a pessoas e ter a coragem necessária para fazer o que tem que ser feito, “É o que, para mim, distingue quem pode e quem não pode conduzir um negocio” afirma o executivo.
O líder do futuro, então, deve ser capaz de concretizar as intenções da organização e tornar a visão de futuro em ações no presente, gerando resultados satisfatórios e fazendo ajustes sempre que necessário. E é claro que sem a participação de todos isto será impossível, então nos deparamos com mais um grande desafio do líder do futuro, ele deve alinhar os colaboradores à visão de futuro da empresa e criar comprometimento. Entramos no processo de comunicação estratégica, que demanda empatia para se fazer entender e compreender as expectativas dos colaboradores, e de empowerment, que nada mais é do que ter humildade para dividir o poder e os créditos pelos bons resultados, ou seja, estruturar a hierarquia da organização de forma horizontal, caso contrario não haverá um comprometimento verdadeiro dos empregados e qualquer plano de ação, por melhor que seja, corre o risco de ser boicotado.
Neste ponto, vale destacar a importância da formação de equipes, um grupos de pessoas integradas que tornam o todo maior do que a soma das partes. Dessa forma as pessoas tem o sentimento real de que fazem parte da história da empresa e que sua contribuição com o grupo é reconhecida e estimulada. Para tanto a liderança deve estar preparada para servir, o líder deve atuar como facilitador ao identificar as motivações individuais canalizando-as em prol da equipe, através de planos de ação baseados nos objetivos estratégicos da empresa, mas organizados com a participação e compreensão de todos.
No entanto, é importante lembrar que a maioria das pessoas ainda está estruturada para viver e trabalhar como no século XX, a adaptação a este novo cenário as força a deixar sua zona de conforto e encarar mudanças para um novo formato desconhecido, surge então uma resistência ferrenha e natural a qualquer tentativa neste sentido. Percebemos esta característica até mesmo em grandes corporações, são poucas as que compreenderam que o grande diferencial competitivo de hoje é o capital humano e intelectual, e ainda insistem em manter estruturas que apresentam diversas disfunções burocráticas e que em nada ajudam a fomentar um ambiente propicio à inovação e criatividade e ao desenvolvimento e retenção de talentos. Portanto o grande desafio do líder do futuro é estabelecer uma cultura de desenvolvimento continuo, tanto da organização quanto dos colaboradores, ele deverá agir como tutor do caminho a seguir, aplicar uma gestão pela qualidade total nas pessoas, não através da imposição, mas pela busca do entendimento e comprometimento de todos, da alta direção ao chão de fábrica.
Vale lembrar que o líder do futuro também deve preparar a organização para receber a “geração Y”, uma força de trabalho que cresceu usando a Internet e que busca um trabalho que a satisfaça não só financeiramente, mas também pessoalmente e profissionalmente.
Vemos então que o importante é integrar, assim como disse Kevin Roberts, CEO da Saatchi & Saatchi que esta entre as lideres mundias de criatividade e inovação, “O executivo de marketing precisará se transformar num conector”. Assim será o líder do futuro, alguém que liga o cliente à empresa e esta aos colaboradores.
Fernando Bertol
Autor: Fernando Bertol de Moura
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