Cultura de diversidade



“Me ocorreu que não há duas pessoas exatamente iguais por natureza, mas em todas há diferenças inatas que tornam cada uma delas apta para unia ocupação. Não é assim? (..) Por conseguinte, devemos concluir que todas as coisas são produzidas em maior abundância, com mais facilidade e de qualidade melhor quando cada um realiza um trabalho de acordo com as suas aptidões...”
PLATÃO, A República.

O trecho desta obra milenar já destacava a importância da pluralidade de talentos para enriquecimento do todo, tema hoje debatido em diversas publicações e teses acadêmicas. Trazendo o tema para o meio empresarial percebemos que cada colaborador possui características e talentos únicos e sua produtividade e satisfação esta diretamente relacionada com estes aspectos, portanto, numa equipe é importante que haja pessoas com talentos distintos capazes de formar uma rede de competências inter-relacionadas, e que o líder consiga direcionar as contribuições de cada um para o objetivo da organização.

A grande questão aqui é identificar estas características e posicioná-las no lugar certo dentro do sistema organizacional, em um momento inicial isto depende muito do autoconhecimento do próprio individuo, mas ao longo do tempo o líder deve perceber estes aspectos e assumir o papel de coach para melhor orientar o colaborador.

Em uma entrevista sobre Inteligência e trabalho em equipe, Howard Gardner, autor da teoria das “Inteligências múltiplas”, afirma: “É importante para o líder montar equipes, nas quais a mistura, o perfil e a configuração das inteligências resultam em uma equipe mais forte do que um time com vinte cópias de Jack Welch ou Steve Jobs!”

Partindo deste enfoque concluímos que as equipes devem ser preparadas, desde a sua formação, para aceitar e trabalhar as diferenças, algo que vejo como diferencial competitivo do povo brasileiro em comparação com alguns paises historicamente “xenofóbicos” e culturalmente homogêneos, o ponto central deve ser o estimulo a opiniões divergentes, visão lateral, quebras de paradigma e a procura de soluções diferentes, afinal a idéia é criar novos resultados através da interação das partes, mas sempre por meio da mediação do líder que deverá conduzir a equipe de forma alinhada com os objetivos estratégicos da organização.

Um exemplo de sucesso desta cultura é o GOOGLE, que inclusive deixa isso explícito para quem quiser ver em seu site.

E alguém tem alguma duvida sobre o sucesso deles?



Fernando Bertol
Autor: Fernando Bertol de Moura


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