Rede de Relacionamentos



Uma andorinha sozinha não faz verão.

A espécie humana distingue-se de outras no reino animal pela natureza dos relacionamentos que desenvolve ao longo da existência. Atualmente atribui-se grande importância às redes de relacionamentos (networks), posto que se pode medir a aptidão de inter-relacionamentos de uma pessoa pela abrangência, intensidade e quantidade de suas relações, refletindo a capacidade afetiva deste ser humano - sua sociabilidade.

Os relacionamentos humanos caracterizam-se pela variedade, intensidade, duração, etc., independente da classe social, cultural, intelectual ..., porém basicamente obedecem a quatro padrões:

1. Relacionamento calcados em interesses:
Neste grupo encontram-se ligações que construímos nos interesses desenvolvidos em função das dependências que nos sujeitam o cotidiano, os interesses convergentes. Este é o conceito que Karl Marx denominou de – fetiche de consumo – determinado pelas necessidade e interesses de uma comunidade econômica (fornecedores e clientes). Relacionamo-nos com os atendentes da padaria, da quitanda, o cabeleireiro, o motorista do transporte coletivo, mecânicos, caixas do mercado, farmácia, enfim, pessoas que nos servem e a quem servimos, dos quais geralmente, nem conhecemos os nomes e outras qualificações.

2. Relacionamentos sociais:
São decorrentes de nosso convívio nas inúmeras comunidades que participamos de forma expontânea. Incluímos aqui, os relacionamentos da escola, trabalho, clube, comunidade (vizinhos), entidades filantrópicas, religiosas, culturais, etc., os quais denominamos genericamente de colegas, companheiros... - aceitações em função da boa convivência.

3. Parentescos:
Estas ligações são determinadas em nosso nascimento pelos laços familiares. Constitui-se uma particularidade por serem decorrentes e que tem-se que aceitar pela vida toda, uma vez que mesmo rompidas, não adquirem a condição de “ex” (exceto para cônjuge).

4. Amizades:
Este grupo caracteriza-se pelas escolhas baseadas em identidades (afinidades), começando a serem construídas desde a infância. Os relacionamentos motivados por afetividade são perenes, pois “a amizade que acaba nunca principiou” [ Siro].
Independente da natureza da relação, todos pertencem à rede de relacionamentos construída ao longo da existência e que nos dias atuais, representa grande vantagem na sobrevivência profissional em função da alta competitividade e oportunidades escassas, pois os relacionamentos podem redundar em indicações, aprovações, facilitações, etc., conquanto é comum ouvir-se o termo “QI” (quem indica). O tamanho de uma rede pessoal depende exclusivamente da socialização e da competência na manutenção dos relacionamentos, pois alguns acabam sendo desfeitos pelo distanciamento físico, temporal ou ainda, motivos de alterações na natureza social, intelectual, religiosa, política, financeira e outros.

Igualmente importante é a rede de relacionamento de pessoas jurídicas, o que já afirmava F. Taylor há um século atrás: “Devemos recordar sempre que o mais importante em qualquer negócio são as boas relações”. Esta rede é construída junto à comunidade, fornecedores, clientes, entidades de classe, sindicatos, políticos, imprensa, órgãos normativos e fiscalizadores, etc., com atitudes responsáveis nos meios sociais, educacionais, políticos e ambientais de seu entorno. Considero de alta relevância os relacionamentos empresariais, tanto que já teci comentários sobre o tema no artigo – Relacionamentos ... o que é isto? – publicado neste sítio anteriormente.

Atualmente, os meios de comunicação (Internet, telefonia móvel) têm facilitado sobremaneira os relacionamentos, permitindo a presença mesmo que à grandes distâncias (virtual) através de imagens, sons e textos, contrariando o velho ditado: ‘quem não é visto, não é lembrado’.

Sua network está crescendo, está estacionária ou está encolhendo? Seja providente e previdente! E, não reclame se no futuro olhares para os lados e veres poucos parceiros, somos produtos de nossas escolhas, portanto

- ESCOLHA TER AMIGOS -

XIIMMVIII
Autor: Wagner Herrera


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