Religião e Arte



Irei contrapor duas criações subjetivas humanas no mínimo fantásticas. Tanto a história das religiões, quanto a história das artes são ricas, vastas e envolveram ao longo de sua existência o ser humano de uma maneira que não se é possível pensar em "homem", sem uma delas.

Para compreendermos o fenômeno "religião" é preciso estendermos nossa "visão de mundo" além da realidade que nos cerca. É necessário que enxerguemos muito além do nosso cristianismo, ou mesmo das outras cinco grandes religiões do mundo (judaísmo, islamismo, taoísmo,hinduísmo, budismo) ou das mais de seis mil seitas tribais espalhadas pela Terra. A religião foi criada pelo homem ( perceba que não estou falando de Deus e sim de religião, crença) em tempos imemoriáveis, para suprir a necessidade do homem de uma explicação para a sua origem, existência e para explicar o seu destino. As primeiras religiões do mundo eram politeístas ( acreditavam em vários deuses e baseavam-se em diferentes mitologias). A própria Bíblia fala que o primeiro judeu, Abraão, antes de ser judeu era politeísta até se encontrar com o Deus único. Poderia citar religiões como a dos egípcios 5000 a.C., que foram um dos primeiros a desenvolver a dualidade da maioria das religiões: morte e vida, céu e inferno, bem e mal, Deus e Diabo. Ou até a religião desenvolvida pelos gregos, na qual os deuses eram muito mais humanos que divinos. Em suma, o que estou fazendo não é comparando credos religiosos ou contando sua história e sim, tentando mostrar que a religião nada mais é do que a organização da espiritualidade do homem, que o acompanhou desde sempre como um elemento necessário para sua existência. E não há nada que se radique mais na psique humana do que a religião. Em nome da religião fizemos e fazemos até hoje guerras.

E a arte? a arte também acompanhou o homem desde sua origem, porque, assim como a religião, ela é uma forma subjetiva de entendermos e reconstruirmos a nossa existência. As pinturas rupestres nas cavernas evidenciam o desejo do homem da pré-história de de expressar, de transferir a sua realidade para uma forma estática e eterna. A música, o teatro, a pintura, a escultura sempre tiveram uma função social, uma mensagem oculta, muitas vezes expressando os desejos de um povo em uma determinada época, outras vezes, traduzindo os próprios anseiso do artista. Tanto que foram classificadas em grandes movimentos: gótico,impressionismo, romantismo, barroco etc. Recentemente, as 2 guerras mundiais que marcaram o fim das glamurosas manifestações artísticas da "bélle epoque" quebraram a beleza e organização da arte, fazendo com que surgissem manifestações artísticas distorcidas como o cubismo dos quadros de Pablo Picasso, chegando ao ponto de muitos estudiosos e artistas chegarem a seguinte definição de arte: " tudo é arte, nada é arte". Mas a função psico-social da arte nunca teve fim.

De tempos em tempos arte e religião se encontram, como no Renascimento italiano (século XV). Ora se constroem, ora se destroem, mas não abandonam a essência humana.
Autor: Maiko Cesar Menassa Silva


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