Crise e Mudança de Postura



Crise, crise e crise. É a palavra mais dita nos últimos três meses. No trabalho, na faculdade, na roda de amigos, na hora do almoço, na fila do supermercado, onde quer que se vá, todos, do gari ao engenheiro falam em crise.

Eu entendo, que em função de “uma turbulência” na economia mundial, o crédito está escasso nos bancos e instituições de fomento financeiro. Mais eu, como um simples trabalhador não vejo essa “depressão” que ouço dos amigos.

Na Bíblia, em Gênesis, já é citada uma crise. O personagem José prediz “sete anos de vacas gordas e sete anos de vacas magras”. Existem também outras passagens na Bíblia que predizem uma “recessão” após um período de fartura.

E o que dizer do Imbatível Império Romano? Também viveu a época de glória, mais também teve seu momento de crise, momento esse que associado a sua má administração (um verdadeiro pandemônio na verdade) que culminou com a queda.

E se fossemos ficar aqui citando épocas de ascensão e queda na história do homem, passaria a vida toda.

O que me deixa surpreso é a reação de cada pessoa, de cada cultura em relação à crise. Eu li num artigo de meu amigo (e concorrente) Juan Peixoto, bibliotecário da Acervo, que na China, toda a crise é vista como a oportunidade de inovação e porque não renovação, de conceitos, de postura, seja pessoal, empresarial ou até mesmo do establishment. Na China, acreditem um país onde você não pode criticar a manipulação e desrespeito aos direitos humanos, eles encaram a crise como época de mudança de rumos.

Em contrapartida, nós no Brasil, não conseguimos mudar nossa postura. Tenho um grande colega de trabalho, que desde o inicio da crise, todos os dias, ele vem com uma noticia trágica, diferente até da noticiada. Segundo ele, nossa empresa vai demitir 200, a Toyota de Chicago e a Matriz em Tókio fecharam, a Honda quebrou e fechou todas as unidades americanas e canadenses, e a unidade de Sumaré demitiu todos. E por ai vai.

Confesso que incomoda muito, logo pela manhã, na hora da ginástica laboral ou mesmo no café, ou nas visitas de “socialização” interdepartamentos, são somente noticias desse escopo.

Existe sim, um grande recesso na economia mundial. E isso afeta sim, nós, provincianos do interior do estado. Mais agora, como em todas as etapas a vida, surgem duas vias, dois caminhos, duas posturas a tomar:

1. Uma postura medíocre, de cruzar os braços,
2. Inovar, mudar, repensar, refazer, reconstruir e vencer.

É sabido que para conseguirmos obter resultados diferentes precisamos mudar nossas atitudes. E como agir em momentos ruins? Primeiramente, precisamos entender que na vida sempre há altos e baixos, pois isso nos dará força para passar pelos maus momentos. Teremos, também, o conforto de saber que isso passa e provavelmente chegaremos mais facilmente aos bons momentos. É claro que aí não poderemos nos esquecer que a fase boa também passará e, assim, economizaremos para as fases ruins.

Não há uma receita de como transformar crise em oportunidades.O mais correto a fazer (e digo que comecei agora) é ver o que fizemos de errado nos tempos de vacas gordas e não cometer o mesmo erro agora, com as vacas magras.

DEUS esta nos detalhes, e as oportunidades também. Um mínimo erro que causa um desastre financeiro em uma empresa, ou um simples acerto que nos leva ao sucesso empresarial, esta em um simples detalhe.

Vejo muitos empresários aproveitando a desculpa de que tem uma crise para demitir parte de seus profissionais. É mais fácil justificar a demissão. O que precisamos saber é que, nessas horas, os bons profissionais, aqueles que são as estrelas, que carregam a empresa, não são demitidos. Geralmente, sai primeiro aquele profissional que não faz tanta diferença. Portanto, se você foi um dos demitidos procure analisar onde errou. Agora, se você ficou saiba que provavelmente terá mais serviço a fazer. Em momentos de crises é preciso aumentar a produtividade a qualquer custo, já que só sobrevivem as empresas que forem mais rápidas em suas decisões e mais produtivas. É preciso ouvir nossa intuição e ter agilidade. Nessas situações, é preciso manter a cautela, mas não podemos ter medo de realizar ações ousadas. Vamos acreditar que é possível atingir as metas, desde que se arregacem as mangas.

Será que não erramos no Atendimento a um cliente ou na Busca por novos mercados? Investimos errado? Cartão de crédito? Financiamentos? Enfim, existe uma gama de possíveis passos errados, mas também existe uma infinita possibilidade de corrigirmos a rota e acertarmos.

Depende da atitude de cada um. Nós como seres humanos fomos capazes de sairmos da condição de nômades caçadores e passamos a hábeis dominadores do mundo digital. Logo, vamos fazer a diferença.

Prudência, fé e “querência” são dons que somente o ser humano possui. Vamos nos “coçar” pessoal, vamos mudar nosso plano de vôo e tirarmos proveito da situação.

Abraços.

“O SENHOR É UM DEUS QUE TRABALHA PARA AQUELES QUE NELE ESPERAM”

EVERSON PIRES
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Autor: Everson Rodrigo Pires


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