Nossos Apegos, o Grande Motivo de Nossos Sofrimentos



Espaços em nosso guarda-roupa é fácil de achar, mas abrir espaços em nossa mente e coração, cheios de velhas idéias, sentimentos negativos, mágoas, rancores, isso é muito difícil.
Apegamo-nos às nossas crenças como o náufrago se agarra à sua tábua de salvação; raramente nos permitimos aprender a nadar.

Temos que fazer uma limpeza em nossas vidas, de gavetas a sentimentos, de armários a relacionamentos. Ciúme não é, não foi nem será prova de amor, mas de apego.

Apego é doença milenar das pessoas que não consegue abrir os olhos para o presente e não vislumbram futuro, porque muitas vezes o melhor de suas vidas já passou. Cultivamos memórias das mágoas, dores e tristezas e as arquivamos intactas, sem retirar delas nenhum aprendizado útil. É como rever um filme triste de que já se conhece o final.

Há pessoas capazes de oferecer o pedaço de pão que possui ou a roupa do corpo, mas que não perdoam aquela vez que alguém lhe disse aquele desaforo.

“Nossos apegos exercem uma influência magnética que nos retém num lugar como se estivéssemos na prisão. É difícil dizer se essa força controladora provém de nossos atos passados, do nosso medo da morte ou de alguma origem desconhecida; o fato é que não podemos nos mover e, assim, toda a sorte de frustrações e conflitos nos ataca, criando
mais frustração e mais sofrimento" (Tarthang Tulku).

O terapeuta Wayne W. Dyer observa em seu livro Crer para Ver: "Se temos alguma falta é porque estamos nutrindo pensamentos de nada e esse tipo de pensamento sempre amplia o vazio. Podemos nos expandir de maneira mais satisfatória, concentrando-nos na inteireza e compreendendo que não podemos possuir nada, jamais. Isto não exclui sentir grande prazer nas coisas que acumulamos ou das quais nos apoderamos temporariamente."

Tudo está sempre em estado de transformação, inclusive o título que detemos de nossa propriedade, todos os nossos brinquedos, nossa família, nosso dinheiro, tudo." "Tudo em transição”.

“Tudo circulando, caindo em nossos braços para que deles desfrutemos momentaneamente e, em seguida, lançá-los de volta à circulação. Quando internalizamos esta noção de não sermos capazes de possuir nada, ironicamente isso nos liberta para termos tudo que quisermos, sem a preocupação de possuirmos. Logo descobrimos a alegria de passar adiante e dele compartilhar." (Wayne W. Dyer).

Quem resiste aos acontecimentos da vida somatiza lixos emocionais na forma de acne, aneurisma, arteriosclerose, artrite, artrose, cálculos, coágulos, cravos, enfisema, fibroma, hematomas, hemorróidas, obesidade, prisão de ventre, trombose, entre outros.

Usamos várias desculpas para justificar nossos apegos e nossa resistência às mundaças, como bem observou Louise Hay (Você Pode Curar Sua Vida, Ed. Best Seller). Adotamos atitudes que disfarçam nossa rigidez "mudando de assunto" ou ficando doentes; perdendo tempo sofrendo com antecedência, reforçamos nossas crenças com generalizações, adiamos decisões importantes, resistimos, negando a possibilidade de mudanças. Com
isso repetimos sintomas até materializá-los sob a forma de doenças.

O desapego nos torna criativos, abre espaço em nossas vidas para o novo e para a arte de buscar novos caminhos, novas alegrias, novas experiências.

Livre-se do que você não quer para dar lugar ao que você quer.
Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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