VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E VIGILÂNCIA ENTOMOLOGICA



O princípio fundamental é a prevenção, e teremos uma população mais saudável, com qualidade de vida e isto representa financeiramente ao município menor gasto embora para fazer a prevenção sejam necessários alguns investimentos iniciais para se ter como retorno uma população saudável, um nível de vida melhor.

“Isto representará significativamente no município refletindo sobre empresas locais, onde o numero de faltas ao trabalho por motivo de saúde sofrerá redução significativa”.

Em seu trabalho de pesquisa, VIGILÂNCIA ENTOMOLOGICA, Almério de Castro Gomes conceitua de forma clara e concisa, a importância do controle de vetores. “A Vigilância Entomológica há muito vem sendo usada como instrumento que tem base técnica e ajuda administrar e operacionalizar os indicadores nos programas e controle de vetores. Nesta revisão, inclui-se a definição conceitual, delineia-se a metodologia e introduz-se o conceito de “inteligência” que deve ser usada na Vigilância Entomológica.
Uma nova estrutura operacional é enfatizada no uso dos indicadores para prevenir e controlar as doenças veiculadas por artrópodes. Um destaque se dá ao sistema de informação entomológica, escrevendo os métodos baseados nas características do vetor e sua estreita associação com o homem, animais e parasitos. Assim, os estágios de implantação da Vigilância Entomológica nos municípios são propostos no estudo, enquanto se promove o “status” deste instrumento na saúde pública”.

“Ao entomologista cabe conhecer o comportamento de vetores patogênicos, seu desenvolvimento, seus hábitos, forma de vetoração, quais patologias envolvidas e, principalmente identificar a presença de tais vetores e atuar na eliminação, não permitido a proliferação”.

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA atenta ao surgimento do primeiro caso, trabalhando em parceria com a VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA deverá ser notificada para verificação.
O que acompanhamos hoje é a proliferação desenfreada de insetos patogênicos ao homem e animais domésticos, o retorno de doenças como a Leishmaniose, Calazar, Dengue, Febre Amarela, Malária, sem controle efetivo dos mosquitos as doenças por eles vetoradas aumentam de forma assustadora especialmente devido a gravidade dos casos.
A prova incontestável que o inseticida (ou inseticidas) utilizado atualmente, “preconizado” pelo Ministério da Saúde, e aceita sem contestação pelos coordenadores municipais e estaduais não é o correto, sendo completamente ineficaz no caso dos vetores da DENGUE (Aedes aegypti) e o flebotomíneo envolvido na vetoração da LEISHMANIOSE.

“Este inseticida utilizado tem uma boa atuação contra baratas e carrapatos, que são também insetos nocivos ao homem, mas as maiores preocupações do momento são a dengue e a leishmaniose”.

As pessoas assistem na mídia o que está ocorrendo no Rio de Janeiro que, recém saiu de uma epidemia de proporção assustadora, mas não diferente da que viveu em 2002/2003 onde os números foram semelhantes a esta epidemia atual, e muitos pensam “no Rio tem epidemia, aqui não”...
È necessário analisar melhor, ao compararmos a diferença populacional e territorial entre o Rio de Janeiro e o Mato Grosso: vivemos uma epidemia sim! Dados subnotificados envolvendo a dengue que não fazem parte das estatísticas e não contam, mesmo que saibamos dos casos. (Um caso a citar: 04 membros de uma família aqui do bairro estavam com dengue no início de março (2008) e a mãe, a quem sugeri ir ao PA consultar e exigir exames ponderou que não ia adiantar, pois a demora no atendimento é muito grande e o médico atesta “virose” sempre...).
Quanto à leishmaniose, 01 caso anual já seria um dado a ser investigado e corrigido embora a antiga coordenadora considerasse um fato normal. Os dados imprecisos divulgados, de 15, 19 casos e o número de óbitos mostram uma epidemia em andamento.

“Os mosquitos proliferam, e os cães com os sintomas da doença, espalham-se por diferentes bairros distantes entre si, em nossa cidade”.

O Residencial Marechal Rondon, onde resido, foi construído na transição entre zona urbana e zona rural, o que facilita a entrada de vetores não combatidos adequadamente. Entre as mortes registradas em nossa cidade, dois óbitos ocorreram em bairro central. E isso aponta necessidade de um trabalho adequado ser iniciado urgentemente!
Autor: Beatriz Antonieta Lopes


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