A Empresa sem Cerébro
Os executivos não podem mais se dar ao luxo de depender do instinto ou da intuição quando tomam decisões estratégicas em seus negócios.
Em muitas indústrias, a conseqüência de tomar uma decisão, pode ser levar a empresa à falência.
Pesquisas mostram que a inteligência competitiva aumenta o “nível de conforto” do planejamento estratégico da direção da empresa.
Existe uma relação direta entre erros empresariais e erros de uma boa compreensão do ambiente competitivo (o que inclui o mercado e seus elementos).
Em grande parte, a falta de compreensão do mercado e de seus elementos acontece apenas porque as empresas são, muitas vezes, levadas a tomar decisões sem as melhores informações disponíveis.
Decidir continua a ser um grande desafio.
Como garantir que os tomadores de decisão tenham as informações necessárias, com acuidade, precisão e confiabilidades necessárias, no momento certo?
É impossível deixar de sentir uma certa simpatia pelos executivos que precisam tomar decisões sem os insumos necessários, especialmente quando se levam em consideração as grandes e graves conseqüências para suas carreiras e a sua empresa.
O mais grave deste tipo de situação, é que as informações necessárias (informações mercadológicas) podem ser obtidas por meios éticos e legais.
Informações (mercadológicas, estratégicas, sobre novos concorrentes, sobre os atuais concorrentes, sobre fornecedores, sobre produtos ou serviços substitutos) – processadas, verificadas, precisas, conclusivas – são necessárias para qualquer executivo que queira tomar decisões seguras, para eliminar as incertezas e saber com isso, o contexto no qual a competição deverá acontecer, e o que os outros elementos do mercado farão.
Um teste rápido
Cinco questões sobre a cultura organizacional, ou seja, sobre o processo decisório da empresa, podem ser oportunas antes de um trabalho de Inteligência ser concretizado, para verificar-se se o trabalho após sua realização, terá a repercussão desejada. As perguntas:
1. Os gestores e a diretoria estão abertos a posicionamentos e análises conflitantes ao pensamento dominante?
2. As informações do ambiente externo são consideradas nas decisões?
3. Existe a intenção, ou pelo menos a tentativa de estabelecer-se um processo de tomada de decisão, com fundamentação?
4. A adiretoria valoriza a troca de informação de alta significação estratégica?
5. O ambiente organizacional promove o livre pensamento e o intercämbio de idéias?
Eis a inseparável relação entre boas perguntas, decisões e boa inteligência. Ou em outras palavras, a diferença entre a empresa com cerébro "que pensa" e aquela empresa que "não pensa", portanto sem cerébro.
Autor: Alfredo Passos
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