Estágio Supervisionado nos Cursos de Licenciatura – Útil para todos



O Estágio Supervisionado, exigido pela Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, deve ser cumprido pelos futuros profissionais no decorrer de seu curso de graduação e é requisito necessário para a colação de grau.
Nos cursos de Licenciatura especialmente, enquanto a gente é aluno, o período de estágio parece ser, às vezes, o pior período do curso. São horas e horas de estágio, nem sempre remunerado, e relatórios e relatórios sobre as atividades desenvolvidas, relatórios que se juntam às atividades frequentes do curso. Sendo assim, ocorre que muitos alunos cumprem as horas mínimas obrigatórias de seu estágio, com o mínimo de atenção e dedicação, apenas porque é requisito necessário para a colação de grau. Por outro lado, a instituição que recebe estagiários, escolas, no caso dos cursos de Pedagogia e demais licenciaturas, por meio da sua direção, coordenação pedagógica e professores, o faz, muitas vezes, somente porque “eles também um dia precisaram, e alguém lhes deu a oportunidade de cumprirem suas horas”. Lembro, que nenhuma instituição, particular, municipal ou estadual, é obrigada oferecer vagas ou aceitar estagiários, embora seja difícil não ocorrer.
Cumprir horas de estágio e/ou receber estagiário dessa forma, apenas para cumprir horas obrigatórias, ou oferecer estágio apenas para “dar oportunidade de cumprir horas obrigatórias”, porém, não é o melhor para o estagiário, nem tampouco para a instituição que o recebe.
O melhor seria, o estagiário cumprir suas horas, observando, participando e dando suas aulas de regência, de verdade, não apenas para fazer relatórios. E a instituição, por sua vez, lhe ofereceria um trabalho de acompanhamento interativo, desenvolvido principalmente pela coordenação pedagógica daquela instituição, possibilitando uma interação eficaz entre direção, coordenação, professores e estagiário.
Afinal, se o professor conta com a experiência de anos de experiência docente (e é notório que sim – atitudes de bons professores provam isso...) e não apenas tempo de serviço, o estagiário conta (pelo menos deve...) com uma bagagem enorme de novas práticas, novos conhecimentos teóricos, muito úteis para o desenvolvimento da prática docente.
A interação que defendo então, que poderia ser amparada por um Plano de Recebimento Interativo de Estagiários, idealizado, discutido e registrado pela Equipe Pedagógica de cada escola, podendo receber apoio das Secretarias de Educação, principalmente durante os primeiros passos, possibilitaria a junção da experiência docente do professor com o conhecimento teórico do estagiário, fazendo das horas de estágio, oportunidade de aprendizado não só para o estagiário, mas também para o professor e para toda a comunidade educativa da escola, afinal ser educador de verdade, é ter sempre atitudes de aprendente, é aprender com sua própria prática e com a prática dos aprendentes, sempre.
Se queremos de verdade, uma Educação de Qualidade, é bom estarmos atentos a estes pequenos detalhes, que fazem uma enorme diferença no produto final, no resultado do processo educativo, no nível de aprendizado de nossos alunos.
Autor: VANDERLEI ROBERTO GABRICIO


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