Gerenciamento Holístico



As ultimas décadas foram marcadas pelo surgimento de vários métodos e ferramentas gerenciais que contribuiram para o desenvolvimento da administração científica. Métodos de processo e controle de produção, controle estatístico de processo, controle de qualidade (TQC) e tantos outros.
Entretanto, mais recentemente paralelamente aos métodos determinísticos, têm crescido a busca por uma visão mais holística ou sistêmica, a qual não é menos determinista como pode parecer por lembrar algo místico ou religioso, tampouco mais humanística e qualitativa.
O termo holismo remete a época anterior a Cristo, era usado pelos filósofos gregos para definir as partes de um todo (estudo de um sistema como um todo; não suas partes como costumamos separar para facilitar o entendimento de alguma coisa).
A medicina holística, por exemplo, busca tratar o corpo como um todo (não separado em órgãos). A biosfera é a camada da terra que comporta todos os organismos vivos formada por vários ecossistemas, pode-se entender cada ecossistema de forma separada (mares, rios, florestas ou desertos). Apesar de a visão reducionista ser muito útil, ela não passará idéia do meio ambiente como um todo.
No gerenciamento de organização ou de um projeto não ocorre de forma distinta. Quanto mais os vários setores trabalharem em desarmonia, mais difícil será para aperfeiçoar o processo como um todo. “Não importa” a forma como as partes se organizam seja por processos produtivos (corte, montagem e acabamento), por produtos (portas, janelas e mesas), quem sabe por região (setor de vendas para o sul ou vendas para o norte) ou ainda em turnos de trabalho; noturno, diurno, etc. O mais importante é a sinergia entre as partes, e quanto mais íntima melhor.
Muitas vezes o problema das empresas é a falta de interação entre os diversos setores. Os profissionais da área técnica se tornam demasiadamente específicos vislumbrando sempre a melhoria técnica e acabam por esquecer o verdadeiro objetivo do produto. O setor de vendas se interessa por vender o produto em cumprir metas de vendas deixando um pouco de lado o conhecimento técnico, assim a área de marketing e o setor financeiro também têm seus interesses específicos.
Essa visão reducionista (apesar de útil) pode gerar conflitos desnecessários entre essas “ilhas” que afetam a organização como um todo. Um problema que ocorre na gestão de projetos é que muitas vezes o líder ou gerente do projeto acaba se distanciando dos membros das equipes e por vezes tem dificuldades para retomar o projeto que evolui de forma dinâmica.
O gerente de uma empresa ou de um projeto tem uma missão impossível, mas que deve ser considerada, deve estar consciente da soma das várias partes que formam a organização, tanto internamente quanto externamente, e promover a harmonia entre esses fragmentos.
Para isso terá que promover meios de interação entre os funcionários, estimular o aprendizado, entender clientes e fornecedores como parte da organização e conhecer suas necessidades, implantar programas de melhoria e capacitação, ter programas sociais e ambientais. Quanto mais variáveis forem consideradas e combinadas de forma sinérgica, melhor será o resultado porque não existem variáveis isoladas.
Nossa...Não parece fácil!
Autor: Wiliam Jeremias dos Santos


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