HIPOCRISIA POLÍTICA



HIPOCRISIA POLÍTICA


Nossa pátria querida e idolatrada sofre as agruras de governos irresponsáveis, incultos, neófitos e desprovidos de regentes da responsabilidade, do planejamento estratégico, de tenores e orquestras que alcem as vozes em defesa da sociedade sofredora, calejada pelos percalços e a incredulidade dos políticos sagazes que nos representam na Câmara, no Senado, nas Assembléias e Câmaras de vereadores. Aqui na terra de José de Alencar, de Iracema, Franklin Távora, Castelo Branco, Alberto Nepomuceno, Raquel de Queiroz, Clóvis Beviláqua, Juvenal Galeno e muitos outros, os nossos representantes sentam seus quadris nas confortáveis cadeiras dos famosos “palácios” que representam duas palavras, duas sinonímias. Dois palácios com diversas responsabilidades. Não queremos e nem desejamos, que esses palácios fossem transformados em monarquias. Pelas atitudes até então tomadas pelas duas casas, estão longe de serem palácios, e nem casas de defensores do povo e da sociedade cearense. Nomes esquisitos, mas com suas sinonímias bem definidas.

Cambeba deriva do tupi que corresponde a ‘cabeça’, acrescida da palavra beba e var, de cambeva. Do dicionário brasileiro e da zoologia vem de cambeva e tem como significado peixe-martelo. Em outra opção brasileira podemos afirmar que a etiologia vai levar a palavra para o significado do indivíduo dos cambebas ou (etnônimo brasileiro.) “Kambeba”, povo indígena, do tronco tupi, que habita a margem direita do rio Solimões (AM), e adjetivado como pertencente ou relativo a esse povo. Já a palavra jurubeba tem como assertiva mais ou menos pela definição da primeira, pois deriva do tupi. No brasileiro relacionado à botânica vem à designação comum a várias espécies do gênero Solanu, da família das solanáceas, tidas popularmente por medicinais, de folhas moles, podendo ter acúleos, flores vistosas, alvas, com estames amarelos e porosos, e fruto bacáceo, sendo muitos deles ruderais, nome comum jurubeba. Não é de se admirara a vontade de muitos de dirigir estes dois palácios por quatro anos, oito anos ou mais. O senador Tasso Jereissati conseguiu passar doze anos no palácio do Cambeba, onde faria às mudanças necessárias para a melhoria da população, mas infelizmente o cenário continua o mesmo e mudanças só na sua posição do governador para senador e nada mais.

A Assembléia Legislativa e a Câmara dos Vereadores não ficam atrás. Já possuem canal de televisão, rádio FM e Faculdade, mas os cearenses continuam a sofrer como dantes no quartel de Abrantes. Muita conversa e pouca ação faz o velho diapasão das duas casas. A primavera colorida com borboletas esvoaçantes deveria colorir a psicosfera do Palácio do Planalto e perfumá-lo, visto que horrendas “hienas” famintas povoam aquele orbe, enquanto pequenos rebanhos de cordeiros procuram transformar o mau cheiro da corrupção, em suaves perfumarias de amor e benefícios à população tão desgastada e hostilizada. Necessitamos de políticos sábios, aqueles que sabem muito, têm e detém a sabedoria, possuem extensos e profundos conhecimentos da ciência política, da erudição e da ciência benfazeja. Infelizmente, temos que ser críticos veementes do sistema atual. Ele sangra, degola, exorciza, através de atos escusos e sabichosos, através dos executores das tarefas que lhes servem de maledicência, que no frigir dos ovos não passam de verdadeiros espertalhões. Infelizmente a nossa querida pátria está repleta dessa malfadada classe, a de políticos desonestos e que só pensam em si e em seus amigos deletérios e ambiciosos. As águias malditas, os corvos, os urubus, vão se juntar as hienas que querem sugar toda a riqueza de um Brasil calejado, explorado e sufocado pelas corrupções doentias, a lavagem de dinheiro, os desvios de verbas, enfim todo ato sujo e porco que possa se praticar com o vil metal, mas a população continua sofrendo e perdendo seu “poder” de compra. Alguns dizem assim: “Devo não nego pago quando puder”, estão neste ciclo os diabólicos precatórios que querem transformar em moedas podres para não enganar e maltratar mais ainda.

Uma boa educação ainda é um viés, uma diretriz, um azimute para sarar as feridas causadas pelas mazelas e insalubridades sociais, idealizadas por políticos desonestos. Povo educado é consciente e sabe o que quer. A educação não só para população, mas também para os políticos, pois a maioria em ciências Políticas são verdadeiros analfabetos. A educação tem que está reforçada de magnitude e deve alcançar os grandes rincões brasileiros, os colégios particulares são uso e fruto de famílias abonadas, mas as Faculdades e Universidades públicas a situação se inverte, estão repletas de alunos procedentes de famílias ricas e os pobres sempre saem perdendo nesse palco da insensatez e do oportunismo. O governo do estado de São Paulo tomou uma medida de caráter emergencial procurando a justiça do Estado para vetar a veiculação de uma peça publicitária de nove associações, juntamente com sindicatos da Polícia Civil. Seria exibido no intervalo do Jornal Nacional da Rede Globo de televisão um vídeo sobre a campanha salarial. O vídeo em epígrafe tinha a duração de 34 segundos.

A liminar em favor da Procuradoria-Geral do Estado tinha sido concedida pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Ricardo Dip. A Agência - Estado fala sobre o assunto e aqui pinçamos o teor do mesmo: “Em seu despacho, o magistrado acatou a tese do procurador-geral, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo, de que a peça "extrapola os limites do direito à informação e livre manifestação, objetivando causar pânico à população". Nas imagens, quatro atores vestidos como policiais civis batem à porta de um gabinete com a inscrição "governador", clamando por uma audiência. “Governador, queremos falar dos salários, os mais baixos do País", diz uma atriz. "Governador, precisamos falar sobre a segurança da população", diz outro ator”. Olha, isso demonstra a falta de vontade e o desprezo que as autoridades ligadas à segurança Pública têm para com os policiais civis e militares. É doloroso atos desta natureza, mas são constâncias em nosso país. As associações se manifestam, mas achamos que é ‘chover-no-molhado’, pois esse pessoal demonstra gostar “demais de policia”. Continua a mídia: A Associação dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo (Adpesp) já recorreu da decisão. "É uma censura. Nem a ditadura militar fez isso", protestou o delegado Sérgio Roque, presidente da Adpesp.

“Não queremos apenas melhores salários, - a proposta é de completa reestruturação da Polícia Civil, mas o governador, mal assessorado, não quer nos ouvir”. “A inserção no Jornal Nacional custaria R$ 150 mil às associações de classe”. Os policiais planejam entrar em greve em data estabelecida pela classe. A categoria quer aposentadoria especial e o direito de eleger o delegado-geral. A principal reivindicação, porém, é salarial. Os delegados paulistas têm uma das mais baixas remunerações do País (R$ 4.247), atrás apenas de Minas, Bahia e Pará. Isso lá é salário de delegado! Não chega perto do que recebe um vereador de representação. As inversões de valores no Brasil é uma realidade. O risco de vida não se cobre com pequenas quantias, visto que a vida humana não tem dinheiro que pague. Os policiais têm que continuar batalhando por seus direitos, pois os párias da sociedade estão aí praticando as mais diversas barbáries e pelo andar da carruagem denotamos que os governam não dão a mínima para as suas seguranças.

As Forças Armadas brasileiras passam pelo mesmo dilema e em recente manchete de um jornal vimos o alerta que elas estão sucateadas e a Segurança Externa do País como fica? Entregue as baratas certamente. Hoje, existe certo temor de que o efetivo das FFAA vem a diminuir cada vez mais, visto que o interesse dos jovens pelo militarismo teve uma queda acentuada e isso preocupa a todos os brasileiros. Os traficantes audaciosos já assaltam quartéis das Forças Armadas para subtrair armas de uso exclusivo. Isso é uma vergonha! O cargo de político está imantando profissionais de várias modalidades e especialidades. Médicos, professores, policiais militares, dentistas são em percentuais bem maiores candidatos a um cargo eletivo. As benesses da função política fazem a cumulação de concorrentes aos cargos de vereadores e prefeitos. É dura a realidade, mas a verdade precisa ir à tona. O atendimento médico já é precário e a diminuição destes profissionais com o ingresso em cargos políticos complica ainda mais a área da saúde. Aliás, todos querem provar das delícias, dos sabores, dos encantamentos que um cargo político oferece.

Estamos perdidos e não sabemos. Temos que nos inteirar da situação caótica que passa o Brasil e que poderá ficar mais complicada se não houver renovação. Isto acontecendo à vaca irá para o brejo com certeza. Vejam que vem por aí mais uma enxurrada de vereadores para nada fazer, visto que as pequenas e medias cidades interioranas nada têm. Hospitais, delegacias, presídios, colégios, são frutas raríssimas na psicosfera dos homens sofredores e dignos que debaixo de sol ou chuva estão levando este rincão varonil à frente, mas esbarram nos imorais impostos que o Estado lhes cobram e o lucro vai fazer companhia à fome zero, que ainda não saiu do menos um. Um país que adotou a república como forma de governo, mas, porém, todavia, contudo está cheio de palácios e o seu maior é o da Alvorada em Brasília, no Distrito Federal. Convém lembrar que os bons políticos são engolidos pelos maus.

Lá onde se escondem os homens que são responsáveis pelo restabelecimento da economia, da saúde para todos, da educação, da segurança, a trindade que já morreu faz tempo, mas, no entanto ninguém tomou conhecimento. Brasil, Pátria querida temos pena e dó de ti e de teus habitantes humildes que através da lágrima e do sangue derramado ainda sustentam o nosso gigante adormecido. A briga política continua e o Estado do Maranhão é o palco onde a ex-governadora disse ter havido nas eleições passadas grande distribuição de dinheiro para eleger e atual governador, que se mantém através de uma liminar, mas com certeza cairá logo e a filha do poderoso chefão do senado assumirá as rédeas do vizinho estado. Parafraseando o senador Tasso Jereissati que disse que o senado não dá renda, imaginem o governo de um estado nordestino. Só não “entendemos” a grande briga pelo poder.


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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