ISABELLAS



ISABELLAS

O caso Isabella tem causado um frenesi muito grande na mídia brasileira. Um crime hediondo, como muitos que acontecem Brasil afora. Os órgãos de divulgação deveriam dar uma trégua. Nossas mentes já se encontram impregnadas com tantos rumores e suposições. O caso em si está tomando uma dimensão incontrolável, visto ter acontecido no eixo Rio e São Paulo. Se tivesse ocorrido em outro Estado da Federação as notícias seriam normais e até corriqueiras. A mídia televisiva se sustenta em fatos dessa natureza, mas diríamos nos fortalecendo no clichê popular: “tudo demais é veneno”. A Bíblia em uma de suas passagens fala da figura alcunhada de Moloque. Quem era esse Moloque? Moloque era o deus Amonita do fogo. Muito popular e muito colorido. Seguidores de Moloque muitas vezes pintavam o seu corpo com chamas. Muitos homens costumavam fazer suas barbas desenhadas, de maneira que estas representassem chamas de fogo. Moloque era um deus muito exigente, e uma de suas exigências era o sacrifício de crianças. A fim de saciar e acalmar Moloque, uma criança tinha que, de tempos em tempos, ser queimada até a morte.

Era comum que deuses pagãos exigissem sacrifício humano. Mas a religião hebraica era muito diferente. Deus chamou as pessoas para separá-las, para fazê-las diferentes de seus vizinhos. Enquanto os deuses pagãos exigiam sacrifícios humanos, na religião hebraica era exatamente o contrário: Deus seria sacrificado pelo homem (Isaías 53). Veja, o livro que se diz sagrado já apontava essas anomalias inserindo essas e outras aberrações, o que podemos concluir? Que pela história antiga a violência era mais preponderante que nos dias atuais. A diferença daquela época para a atual é a inserção da tecnologia da Comunicação Social (Jornalismo) e por via de regra a imprensa.
Como gosta de inserir em seu bojo fatos dantescos, horrorosos e impressionantes nossa mídia! Que se divulguem os fatos, mas a exploração causa torpor e espanto deixando a população nervosa e apreensiva. Meios de comunicação afirmam que a violência é hereditária.

Não pensamos assim: diríamos que a falta de vontade política em educar o povo, colocar as crianças em seus devidos lugares, acatar o que está escrito na Carta Magna, são imperativos para uma sociedade tranqüila e humana. O ócio deixa qualquer ser humano desorientado e exposto à prática de barbáries de diversos matizes. Nos países asiáticos o índice de criminalidade é quase zero. Será que os causadores do mal aderiram ao tal Moloque? Quem sabe! Dos 2.899 casos de violência contra crianças pesquisadas e confirmadas em 2007, atingiram o alto índice de 73% e pasmem: Na maioria dos casos os praticantes são os pais que além da violência corporal abusam sexualmente de seus próprios filhos. Deus foi muito complacente com o ser humano deu-lhe a inteligência, o livre-arbítrio (a prática do bem ou do mal) e de quebra o instinto, Mas pela sua natureza o homem teima em agir pelo mal em detrimento do bem e pelo instinto, isolando completamente o bem.

Para fortalecer o que foi citado – na cidade de Jardim interior do Estado, menina é estuprada e morta por vingança. Maria Luana de Jesus Amorim Miranda , quatro anos, foi estuprada, seviciada, e morta num crime bárbaro que chocou toda a cidade de Jardim e adjacência. O caso em si já virou passado caiu no esquecimento. A impunidade política é outro vetor causador da violência. As drogas, o álcool, a corrupção, os feriados prolongados, as festas no final de semana aumentam a estatística da violência no Estado e no País. Vivemos num mundo de provas e expiações em busca de um mundo mais humano, o de regeneração, mas enquanto o hominal não se conscientizar de que o amor , a fraternidade, a caridade e o perdão são antídotos do mal, a tendência será o agravamento da situação caótica e deletéria que passamos e lembre-se que muitas Isabellas no Brasil estão sofrendo com a mesma brutalidade da Nardoni. E não será a primeira e nem a última. Infelizmente!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE.
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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