OS CHEFÕES DO TRÁFICO



OS CHEFÕES DO TRÁFICO

Parecem-nos que as autoridades do Rio de janeiro perderam a luta e a guerra para os chefões do tráfico no estado Fluminense. Um elo difícil de destruir, enquanto a população das favelas cariocas clama por tranqüilidade. Já estão cansadas de conviver com balas perdidas e os mais imponentes dos traficantes já traçou seu raio de ação e quem avançar a linha será morto com certeza.

O ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, quis saber a opinião dos deputados Chico Alencar (PSOL) e Fernando Gabeira (PV) sobre o envio de força militar para garantir nos morros do Rio o direito de ir e de vir dos candidatos às próximas eleições. As Forças Armadas não foram treinadas para este mister e sim para a defesa da soberania nacional, principalmente das fronteiras brasileiras. É de lá que entra e sai o contrabando e as drogas. Nossas fronteiras precisam ser mais bem fiscalizadas e patrulhadas.

Gabeira e Chico foram contra. Os dois são candidatos a prefeito do Rio. E mais de uma vez já foram intimidados por soldados do tráfico ao escalarem morros atrás de votos. Eles se queixam de que os morros estão virando currais eleitorais. O senhor Gabeira se tem realmente força deve mostrar agora indo de encontro aos traficantes. Quem usa a palavra sem ações é um morto em potencial. Só tem arrogância e nada mais. Os policiais do Rio de Janeiro são os únicos a enfrentarem tete a tete os traficantes ou mesmo ou laranjas como queiram.

No fim de semana, equipes de filmagem de Alencar e do candidato do PT a prefeito Alessandro Molon foram abordadas por homens armados com fuzis quando visitava a favela Nova Holanda, no conjunto de favelas da Maré, subúrbio do Rio. O que fizeram? Nada. O fotógrafo da campanha de Gabeira (PV) também foi abordado por um homem armado durante caminhada na Vila Cruzeiro, e obrigado a apagar todas as imagens que colhera. É a lei do mais forte que predomina, pois ainda não apareceu homem de coragem para vencer a guerra contra o tráfico que se alastra e quer tomar conta do país. É lamentável e triste ao mesmo tempo.

Paulo Ramos, candidato do PDT a prefeito, disse que entrar em favelas com grandes equipes pode ser considerado "provocação". E defendeu a restrição à entrada:- Os candidatos que entram nas comunidades com equipes de vídeo, filmando e fotografando as pessoas, isso pode ser considerado uma provocação. Afinal de contas, elas (as pessoas) também têm o direito de preservar sua imagem. Senhores o espaço é público e não pode ser dominado tão facilmente como acontece no Rio de Janeiro.

Um planejamento eficaz e de impacto com tolerância zero amenizaria a situação em pelo menos 90%. Não são as pessoas comuns das favelas que querem preservar suas imagens. São os traficantes que não querem se arriscar a serem filmados. Ramos - sabe disso - assim como qualquer carioca. Por que Gabeira e Alencar se opõem ao uso de força nos morros para lhes assegurar o direito de fazer campanha? Porque temem perder os poucos votos que têm ali. Porque temem retaliação por parte do tráfico. Então não se queixem depois. A reação de Gabeira, Alencar e Ramos é um retrato da resignação dos políticos cariocas com a situação de falta de segurança pública que se vive no Rio. Frouxidão pura e forças só aparecem para criticar ações das Polícias Militar e Civil. Nesse tocante eles são doutores com especialização, mestrado e doutorado. Gabeira esclarece que não é contra o envio de força policial para combater o tráfico de drogas nos morros do Rio. É contra o emprego de força policial só para garantir nos morros o livre trânsito de candidatos.

Nesse ponto ele ameniza a situação, visto que as favelas deveriam estar isentas dessas doenças, desses vícios e cânceres que amedrontam a todos os brasileiros. Medidas duras, rigorosas para corruptos e corruptores, traficantes, consumidores e repassadores de drogas, lavadores de dinheiro público e outros crimes contra o patrimônio público. Somos contra a pena de morte e torturas, mas não podemos ver todos os dias pessoas perderam a vida em conseqüência deste mal. O governo precisa agir com rigor e já, pois pelo andar da carruagem os que lutam contra esse tipo de crime sabem onde estão os - cabeças. Ação minha gente, senão será tarde demais para garantirmos as nossas vidas.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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