NOTÍCIAS E NUANÇAS MIDIÁTICAS



NOTÍCIAS E NUANÇAS MIDIÁTICAS


A mídia imprensa cearense em temos de jornais encontra-se ou dispõe de poucas alternativas. Com apenas dois jornais de qualidade e considerados os mais lidos e vendidos e outro que nem fede e nem cheira. Outras fontes midiáticas imprensas existem, mas são de pequeno porte. Servem mais as comunidades de bairros da grande Fortaleza. Considerada a quarta capital brasileira com uma vasta população dois jornais não atendem aos anseios dos leitores e muitas vezes as mesmas notícias são incrementadas nas páginas dos dois matutinos. O leitor fica sem o direito de escolha ou opção por comprar e a luta titânica pela primazia das vendas é uma verdadeira luta campal.


A publicidade e propaganda invadem a mídia escrita e quando abrimos o jornal para a devida leitura é propaganda para todo lado. Por ser de um papel diferente e com a formatação e composição mais deslizante ao abrir o jornal de sua preferência, o que fica de propaganda espalhadas pelo seu ambiente de trabalho e residência é coisa fora do comum. “Dizem que a propaganda é a alma do negócio”. Tudo bem que haja concordância, mas é preciso que ela esteja impressa nas páginas dos referidos jornais. O mais hilariante é que os jornais do domingo você já os lê no sábado. Fica um pouco sem graça esta estratégia das empresas jornalísticas. O Ministério da Saúde divulgou as novas regras para a propaganda de medicamentos em todo o país.


A medida visa evitar que a escolha de médicos e pacientes seja influenciada por divulgações inadequadas. Segundo a norma, as propagadas não poderão exibir imagem ou voz de celebridades recomendando o medicamento. Será permitida a aparição, mas não poderá haver nenhum tipo de orientação a compra do mesmo. A divulgação de remédios que interferem na atividade sensorial e motora deverá trazer advertência que alerte para os perigos de se dirigir e operar máquinas A nova regra proíbe ainda a veiculação de propagandas indiretas, sem citar o nome do produto, o relacionamento do uso do medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos.


As comparações de preço, dirigidas aos consumidores, só poderão ser feitas entre medicamentos intercambiáveis (de referência e genérico). “Se estas observações são obedecidas precisam de investigações, pois vemos acoplados a jornais ‘celebridades” recomendando a compra de remédio, bem como divulgando produtos farmacêuticos. E aí como fica? Além das informações tradicionais, tais como o nome comercial, número de registro e a advertência “Ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”, as propagandas de medicamentos isentos de prescrição deverão trazer advertências relativas aos princípios ativos. Nas propagandas veiculadas pela televisão o protagonista do comercial será obrigado a verbalizar a advertência.


No rádio, a tarefa caberá ao locutor que ler a mensagem. No caso da propaganda impressa, a frase de advertência não poderá ter tamanho inferior a 20% do maior corpo de letra utilizado no anúncio. Hoje os sistemas de venda nas farmácias e drogarias mudaram, estão vendendo de tudo até remédios. A norma também irá valer para os medicamentos manipulados. A resolução é fruto de uma consulta pública. Ao todo foram recebidas 857 manifestações, originadas de 250 diferentes fontes. O assunto também foi tema de reuniões e seminários com a participação da sociedade, governo e do setor farmacêutico. O Ministério da Saúde adverte. Outro aspecto que deve ser imantado aqui nesta crônica é de que Jornalistas não servem primeiramente o público.


Afirmamos isto depois que procuramos alguns detalhes inseridos num livro recentemente lançado em Zurique defende que os jornalistas não servem primeiramente o público, mas antes protegem os seus próprios interesses. Em Der Journalist als "Homo Oeconomicus", Susanne Fenzler e Stephen Russ-Mohl sustentam que o jornalista age racionalmente, tomando decisões, como o "Homo Oeconomicus", na base dos seus interesses particulares, nomeadamente quando pesquisam, quando contatam fontes de informação e quando tomam decisões editoriais. A ideia fundamental do livro é mostrar que a economia, que se tornou uma parte importante de várias disciplinas, também pode ser aplicada aos estudos da comunicação. Queremos atenuar a situação dos jornalistas que trabalham na mídia impressa, visto que suas matérias passam por uma revisão rigorosa e normalmente não pode ir de encontro às tendências políticas da empresa. O papel do jornal é importantíssimo e não pode se dá ao luxo de publicar somente artigos elogiosos aquela mídia, as críticas também devem ser bem acolhidas. Encontramos no site epigrafado http://webjornal.blogspot.com/2005/03/sete-anotaes-para-noticiar violencia.html/ Algumas normas sobre notícias e principalmente relacionadas à violência achamos de bom alvitre repassá-las aqui: “Sete anotações para noticiar a violência doméstica”: A corporação portuguesa da ONG Soroptist International lançou, no Porto, um manual para ajudar os media a falar de violência doméstica.


Já disponível para discussão on-line, o manual apresenta sete propostas para informar convenientemente sobre violência doméstica: 1. Noticiar as agressões a mulheres, porque dizem respeito a todos. É uma afronta aos direitos humanos. 2. Preservar a imagem da mulher. 3. Tratar os casos de violência doméstica nas secções de sociedade, com enquadramento sóbrio que rejeite o sensacionalismo. 4. Distinguir o essencial do acessório e reportar apenas testemunhos «colhidos com o assentimento das vítimas e em estado emocional normais». 5. «Não criminalizar a vítima. As vítimas não devem ser apresentadas de modo a dar a aparência de criminalização, com distorção de voz, efeito mosaico, tiras sobre os olhos, disfarces. É preferível recorrer à voz? Desligado (em off), “a contraluz ou jogos de sombras.» 6. «Identificar o comportamento do agressor». 7. Recorrer a várias fontes: «as pessoas envolvidas, os vizinhos, a polícia, fontes judiciais, instituições públicas, ONGs, associações de apoio à vítima...» Queríamos também dar uma sugestão que os paradigmas sejam quebrados quanto aos jornais de final de semana, principalmente aos dos domingos. Publicam tanta notícia sem interesse público, que a edição do jornal entregue ao leitor é tão pesada que ao primeiro toque, afirmará com certeza: “Deve ter muita coisa boba que não vale a pena ler”. Nunca chegamos a pesar uma edição de final de semana, mas vamos executarmos esta pesagem para dirimirmos esta dúvida.


ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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