Derrubando a Torre de Babel - Parte II



Normalmente, nós associamos trabalho com obrigação e erro com castigo. Até aí, nada de mais e nenhuma novidade. A novidade vem agora: temos que quebrar estes paradigmas, se quisermos sobreviver no futuro do mundo corporativo!
A empresa que atua em um mercado competitivo não pode se dar ao luxo de ter em seu quadro colaboradores que não gostam do que fazem e muito menos líderes que apenas “castigam” os liderados pelos erros cometidos, sem nenhuma preocupação com o treinamento.
Colaboradores não se realizando com o que fazem ou empresas que não proporcionam um ambiente agradável para as pessoas que ali se encontram, certamente, estão correndo um sério risco de morte, literalmente! Pesquisas indicam que pessoas insatisfeitas no trabalho, normalmente, estão mais sujeitas a sofrerem um infarto, a terem problemas com as drogas e com a família do que as que estão encantadas com sua profissão ou empresa.
Já no que se refere aos gestores, é extremamente importante que o líder seja tolerante com o erro, quando este está associado, a uma tentativa de mudança do modo como habitualmente se fazem as coisas dentro da empresa. O erro, normalmente, faz parte do caminho para as inovações e mudanças importantes!
Aquelas velhas histórias de que sempre fizemos as coisas deste jeito ou é assim que as coisas acontecem, filho! Não podem mais fazer parte do dia-a-dia das empresas modernas e que prezam pela agilidade e criatividade dos seus processos e produtos.
Um ambiente punitivo onde as pessoas observam seus colegas de trabalho sendo massacrados pelos líderes quando erram, faz com que a criatividade e a busca pelo novo, pelo diferente sejam deixados de lado em prol de uma “tranqüilidade” para se trabalhar.
Como já disse anteriormente, o diagnóstico para empresas e líderes que se encontram nesta situação é pequeno, claro, objetivo e doloroso: FIM!
Mais cedo ou mais tarde, os concorrentes os ultrapassarão e eles ficarão vendo o bonde passar sem serem convidados a entrar nele. Não serão levados até a próxima estação e só lhes restará olhar todo o movimento à sua volta enquanto ficam parados.
Não há como se enganar, a realidade estará batendo à nossa porta em breve e basta lembrarmos de alguns casos, que certamente, todos nós conhecemos para corroborar esta afirmação. Lembrem-se de grandes empresas do passado que hoje não existem mais. De grandes executivos que hoje vivem no anonimato. De marcas líderes de mercado e que hoje ocupam um lugar insignificante na preferência dos consumidores. A razão normalmente é a mesma, foram engolidos pelos concorrentes, tiveram suas imagens corroídas pelo tempo.
Para que isto não ocorra conosco é preciso nos atualizarmos, estarmos antenados a tudo que está a nossa volta. Mudarmos nosso estilo de atuação e nosso estilo de liderança para que sejamos mais tolerantes com os erros cometidos pelos nossos colaboradores e, principalmente, estimularmos a criatividade e a iniciativa individual. Só assim novos métodos, economias verdadeiras e duradouras e novos produtos estarão chegando as prateleiras e trazendo lucros e uma grande sobrevida às nossas empresas.
Na maioria dos casos, há uma oportunidade para se reavaliar, seja como empresa, seja como profissional, até mesmo nos casos mais drásticos, tais como: falência ou demissão. Auto-avaliação e redirecionamento se for preciso é o que nos dará uma longevidade satisfatória.
O mais interessante é que isto comece já! Seja nosso sonho de consumo a partir de agora para que possamos estar dentro desta entidade chamada mercado nos próximos anos. Boa Sorte a todos nós!
Autor: Walace Alves


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