Jóias religiosas, para brilhar o espírito!



Mãos à obra, seu ourives! Ao cinzel,... à goiva, ao buril! Vamos lapidar!
Assim como as armas e o dinheiro, as jóias religiosas sempre representaram no seio da civilização uma ambivalência entre o bem e o mal. Seria uma avaliação justa?
Entre poder, fama, ostentação, lastro de riqueza, de um lado; reserva financeira, mérito simbólico espiritual, recompensa idealística, de outro, as jóias, fazem parte da história humana.
Por isso, seja por qual for o prisma que se queira tratar o assunto jóia, não há como mimetizar a magia e o fascínio que elas provocam no espírito humano, aguçando cupidez e ambição.
Apesar de que, as jóias em si, não tem culpa se as sociedades lhes inferem as mais paradoxais simbologias.
As jóias religiosas sugiram para representarem a essência do belo, tanto do ponto de vista da arte humana (artesanato ou, manufatura preciosa da arte), quanto para lhe conferir status espiritual de beleza.
Sempre que se busca a exaltação do ser humano em direção ao usufruto de suas mais sublimes conquistas, lá está, o estigma de suas recompensas, representado pelas jóias. Essa exaltação pode estar nas conquistas humanas; nas guerras; nas afirmações civilizatórias e, quase sempre, nas religiões e simbologias espirituais das sociedades.
De qualquer forma, uma vez que a palavra jóia vem do francês jouir (que significa gozar, desfrutar, fruir), permite-nos que se passe do campo de seus significados semânticos para o simbólico, e afirmar que, através de um processo de refinamento ou de desmaterialização progressiva (das pedras ou dos metais), as jóias “passeiam” entre a atração para os sentidos (visão), até as aspirações do espírito.
A evolução moral e espiritual passou a designar, a partir de um certo momento do refinamento das sociedades, até mesmo, transmutando esse puritanismo ás jóias religiosas, sendo que o termo francês “joie”, passa a significar, “o prazer da alma”.
No Brasil, as jóias já desempenharam um papel até meio folclórico. Era assim, que, diademas, pulseiras, braceletes, anéis, para os dedos, (inclusive pés), ligas, jarreteiras, brincos, argolas para os lábios; aplicações de pedras preciosas nas vestes, cinto, sapatos, chapéus, era imensa a lista de “jóias amuletos” que fazia parte dos elementos de magia, destinados a guardar as entradas e abertas, os pontos sensíveis do corpo. A religião católica do Brasil, naquela época, sofria toda uma influência do “sincretismo”, dos negros, índios e das tradições portuguesas.
Hoje, as jóias religiosas atingem, no Brasil, seu status espiritual, o mais relevante da história. Situam-se mais na preferência de quem pretende o máximo de beleza, agregação de valor artística para si, porém, agregação essa, que só se completa com o “tributo espiritual” a Deus. Assim é que, preciosidades de ouro e pedras preciosas capitalizaram temas culturais do Divino e do Sagrado, os, mas diversos. A “jóia religiosa” está no crucifixo de ouro; na medalhinha com pedras encravadas; nos rosários de pérolas; nos broches e camafeus de santinhos, em todos os temas de artigos católicos.
A relação das jóias religiosas com o Sagrado é antiga e até bíblica: na visão de São João, Deus aparece sentado em seu trono “... Com a aparência de uma pedra preciosa de Jaspe verde..., um arcoíris em torno do trono é como a visão de uma Esmeralda” (Ap, 4).
Assim como o homem, a jóia religiosa, já foi pedra bruta e ascendeu ao seu refinamento com a goiva e o buril..., Também o homem fica tentando se “burilar”, para quem sabe, um dia ser “uma jóia refinada”.
O melhor “martelo” para se esculpir,... É Deus!
Autor: T. Ranto Rochar


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