Melhores economistas de 2008



Reportagem da Revista Investidor Institucional, de janeiro deste ano, destacou os principais economistas de 2008. É sempre importante, principalmente num momento de crise como esse, observarmos as análises e projeções desses profissionias renomados. Confira um trecho:

Ricardo Propheta Marques
Melhor gestor de FIPs

Carreira: 0 sócio da BRZ Investimentos Ricardo Propheta Marques iniciou sua carreira nos Bancos Brascan (1998/1999) e CCF Brasil (1999/2000). Depois disso, trabalhou na Booz Allen & Hamilton do Brasil em 2001, onde ficou até meados de 2002, a partir de quando passou a fazer parte do time da GP Investimentos. Em 2006, uniu-se ao time da BRZ Investimentos (GP Administração de Recursos, na época) para desenvolver a área de Longo Prazo (private equity) juntamente com Nelson Rozental.
Acertos em 2008: No inicio de 2008, finalizamos a transação de entrado no Grupo de Controle da Magnesita, através do MAG FIP. Ainda no primeiro semestre, realizamos duas aquisições (uma pelo Logística Brasil FIP e outra pelo Empreendedor Brasil FMIEE), e a partir de então fomos forcados a diminuir o ritmo de investimento por conta dos elevados preços vigentes em meados de 2008. No último trimestre de 2008, finalizamos a transação de aquisição de uma participação relevante no bloco de controle da América Latina Logística - ALL, numa transação que merece ser ressaltada devido à complexidade e ao momento de mercado. Ao longo de todo o ano, trabalhamos no desenvolvimento de parcerias para o desenvolvimento de fundos setoriais, principalmente nos setores de Agronegócio, Energia e Desenvolvimento Limpo.
Projeções para 2009: 0 ano de 2009 deverá ser marcado pela cautela dos investidores e por um grande número de boas oportunidades de aquisição. Nas com¬panhias do portfólio, nossa postura será de austeridade e preservação de caixa, até que o desenrolar do cenário macroeconômico seja mais claro. No que diz respeito aos investimentos dos FIPs, acredito que os gestores mais disciplinados poderão identificar boas oportuni¬dades de negócio. Em 2009, com o fim das grandes distorções ocorridas em 2008, os fundos de participação voltarão a desempenhar o papel de fonte de financia¬mento de companhias em crescimento, o que será muito saudável para a indústria.


Antônio Fernando Gazzoni
Melhor consultor atuarial

Carreira: Eleito pelo segundo ano consecutivo Melhor Consultor Atuarial, Antônio Gazzoni é sócio-diretor e fundador da Gama Consultores Associados. Com bacharelado em Ciências Atuariais, ele já atuou na SPC, Caixa Econômica Federal e Ministério do Planejamento e Orçamento.
Acertos em 2008: Observamos o crescimento do número de planos e de participantes, embora aquém das expectativas. Verificamos um movimento intenso na busca dos ajustes das hipóteses atuariais dos planos, em especial em relação à taxa de juros e à tábua de mortalidade, sendo que esta mereceu do CGPC um novo patamar mínimo a ser observado. A modelagem de contribuição definida foi a preferida para os novos planos. A concentração nos multiplanos ocorreu em ritmo menor do que aquele observado na terceirização dos serviços pelas EFPC. Os conselheiros assumiram definitivamente o papel esperado na governança das entidades. Observamos a busca de um maior rigor das fundações na escolha de seus prestadores, abrindo espaço à qualidade em detrimento do menor preço. 0 maior acerto foi o prognóstico em relação à destinação do superávit, que teve regulamentação do CGPC.
Projeções para 2009: Problemas em certos setores econômicos afetarão patrocinadoras e não deixarão as entidades ilesas. Uma das conseqüências poderá ser a diminuição do número de participantes, em função de demissões, e um ritmo menor de crescimento de novos planos e entidades. Vislumbro a manutenção das dificuldades para se atingir a meta atuarial. Em contrapartida, os ajustes nas hipóteses atuariais dos planos deverá ser mantido, em especial em relação á taxa de juros e à tábua de mortalidade, apesar do cenário adverso, necessitando um constante monitoramento da Política de Investimentos. Pressupõe-se maior preocupação dos participantes quanto ao desempenho de seus planos, exigindo da EFPC um esforço maior na sua administração, gestão e transparência. Prevê-se a aprovação e o empenho para implementar o novo plano de contas, onde destacam-se inovações em relação ao tratamento das despesas administrativas, sendo que haverá um debate acerca da oportunidade de se capitalizar o Fundo Administrativo do plano, como forma de prever incertezas quanto sua manutenção futura

Marcelo Rabbat
Melhor consultor de risco

Carreira: Esta é a quinta vez que o diretor da RiskOffice recebe o prêmio de Melhor Consultor de Risco da Investidor Institucional. Marcelo Rabbat, também fundador da RiskOffice, é consultor de valores mobiliários credenciado pela CVM, doutor no Laboratório de Automação e Controle da Escola Politécnica da USP, mestre em Probabilidade e Estatística pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP e graduado em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da USP.
Acertos em 2008: Desenvolvimento do mercado de crédito privado para os investidores institucionais e o crescimento do segmento de private equity para estes investidores.
Projeções para 2009: 2009 será um ano de muitos desafios. Os investidores institucionais devem continuar a olhar para o longo prazo, apesar das turbulências de curto prazo.
Autor: Assessoria de Imprensa Web


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