A biodiversidade e a degradação ambiental



A Constituição da República Federativa do Brasil reconhece a relevância da preservação do Meio Ambiente, em que se faz necessária a tutela de um meio sadio para as gerações futuras, essa preocupação garantida na Carta Magna conscientizou, ou está conscientizando a sociedade para os riscos que a poluição, o desmatamento, a extinção de espécies, entre outros, podem acarretar para o futuro.
Diante disso, algumas legislações com intuito de preservar o meio ambiente foram criadas, ao longo dos anos, por exemplo, a lei dos crimes ambientais, em que há sanções para a pessoa jurídica, respondendo esta perante o judiciário, sendo que sua responsabilidade é objetiva, ou seja, que independe de dolo ou culpa.
Ocorreram também a criação de órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental, ganhando força depois do assassinato do ambientalista Chico Mendes, no dia 22 de dezembro de 1988 que, “indignado com as condições de vida dos trabalhadores e dos moradores da região amazônica, tornou-se um líder do movimento de resistência pacífica. Defensor da floresta e dos direitos dos seringalistas, ele organizou os trabalhadores para protegerem o ambiente, suas casas e famílias contra a violência e a destruição dos fazendeiros, ganhando apoio internacional”1 e que, morreu, brutalmente, pelo seu amor às florestas e por acreditar que as matas deveriam ser cuidadas e respeitadas.
Vale ressalvar, que a violência não parou em 1988, no dia 12 de fevereiro de 2005, fazendeiros, contrários aos projetos sobre desesenvolvimento sustentável e das várias denúncias contra a exploração ilegal de madeira, calaram a voz da missionária naturalizada brasileira Dorothy Stang, “por apoiar a organização dos trabalhadores rurais, apoiar a criação de projetos de desenvolvimento sustentável e denunciar a exploração ilegal de madeira, a grilagem de terra e a violência contra camponeses da região. Os fatos indicam que o assassinato da irmã Dorothy foi organizado por um consórcio de fazendeiros influentes e poderosos na região do Oeste paraense”2. Quando isso vai parar? Depois dessa tragédia uma campanha pela educação ambiental começou a vincular, na cabeça das pessoas, nas cidades, nas salas de aula, a proteção ambiental virou manchete de jornais, novamente, pelo sangue de uma mulher que quis o melhor para um povo, para um estado, para um país. Uma sociedade justa e consciente pode lutar para que casos assim parem de acontecer, mas para isso é necessário que saibamos os significados da luta.
Mas o que é meio ambiente? Meio ambiente “é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”3. Dentro do meio ambiente, encontra-se a biodiversidade, a diversidade da vida, que envolve todas as espécies da fauna e da flora, isto é, constitui um sistema de apoio à vida do nosso planeta, dependendo da preservação do homem para continuar a existir.
Com a construção das cidades e das grandes metrópoles, as pessoas ficam mais sensíveis, a saúde mais debilitada, porque, constata-se que diante da evolução, do futuro, há também a degradação ambiental urbana, ou seja, a destruição gradativa de uma região, pela alteração do espaço preexistente para a habitação humana, causando variações climáticas de diversas formas, como o El Niño, a La Niña, e etc. Essa é a degradação ambiental urbana, mas há também a degradação ambiental que ocorre pela devastação da natureza.
Denomina-se degradação ambiental como a destruição gradativa de uma região, de uma área, de um curso de água, ou seja, de um ambiente ecologicamente equilibrado, pela ação dos homens. Tendo como alguns exemplos: as queimadas (que destroem a flora e afugentam a fauna), a dejeção de resíduos não tratados nos rios (que acabam fundamentalmente com a fauna aquática e a potabilidade da água), a desertificação (que ocorre pela perda de produtividade do solo por causa do manejo inadequado das culturas, do uso excessivo de fertilizantes e da destruição da cobertura vegetal é responsável hoje pela desertificação de extensas áreas do globo), entre outros.
Nota-se que as principais consequências do desmatamento são: a destruição da biodiversidade; o genocídio e etnocídio das nações indígenas; a erosão e empobrecimento dos solos; as enchentes e assoreamento dos rios; a elevação das temperaturas; a desertificação; a proliferação de pragas e doenças.
Verifica-se que a primeira conseqüência do desmatamento é a destruição da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. Um efeito do desmatamento é o agravamento dos processos erosivos. A erosão é um fenômeno natural, que é absorvido pelos ecossistemas sem nenhum tipo de desequilíbrio. A retirada da cobertura vegetal expõe o solo ao impacto das chuvas, sendo que as consequências por essa intervenção humana são várias.
Essa destituição da natureza ocorre pelas mãos do homem, que muitas vezes motivado pelo chamado “progresso” destrói as matas, extingue as espécies, causando vários problemas ambientais e urbanos, haja vista que tudo piora, sendo que a poluição provoca doenças pulmonares, as alterações climáticas também mexem com o organismo das pessoas, alergias aparecem mais vezes, entre outras doenças relacionadas com a devastação ambiental.
Concluindo, o mundo já deu provas que está interessado na proteção ambiental, objetivando acabar com a degradação, ensinando que os homens podem viver utilizando da natureza sem destrui-la, mas, em prol dela. Verifica-se que o documentário “Uma verdade inconveniente”, do ex-candidato a presidência dos Estados Unidos da América, o senhor Al Gore, demonstra uma imensa preocupação com o ambiente em que vivemos, mostrando etapas do que pode acontecer se o mundo não se conscientizar do perigo da destruição da natureza, essa preocupação e preservação deve ser conjunta, com a ajuda de todos os povos e com a sua conscientização poderemos manter o equilibrio entre as cidades e o meio ambiente, promovendo um meio sadio para vivermos e para deixarmos para as gerações seguintes.
Autor: Fabiana da Costa Carvalho


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