Estava escrito...



Estava Escrito...
Um Conto de Marcia
















Capítulo I
No Deserto


O vento soprava forte do Leste, mas nem mesmo a força do vento poderia deter os passos de Jade. A tempestade de areia no deserto pode ser extremamente perigosa, porque mesmo os viajantes mais bem treinados poderiam facilmente se perder e vir a sucumbir ao poder do deserto. Este como tudo na natureza tem vida própria e vontadade própria, quem ele escolhe para morrer não tem como fugir deste destino.
Mas Jade tinha um propósito bem firme e claro. Tinha de chegar até o oásis de Kashimir, e lá encontrar-se com o velho sábio da tribo nômade Safar Amur.
O vento castigava Jade, empurando-a para trás. Mas aqueles que que são determinados, que tem um propósito não desistem tão facilmente, lutam até o fim.
Em seu coração, Jade tinha tantas perguntas, tantas dúvidas e até medos. O que encontraria no oásis seria respostas ou previsões de seu futuro ? Só lhe restava continuar a caminhar até seu destino. Mas qual seria esse destino ?
Jade orava a Alah para que suportasse a tempestade e lhe desse forças para aceitar seu destino, pois sabia que o mesmo seria revelado por Safar.












Oásis de Kashimir


O oásis era realmente lindo, um paraíso, era cercado de palmeiras gigantescas, ao centro havia um pequeno lago, onde a tribo podia utilizar da água. Havia também árvores frutíferas, de várias qualidades. Um rebanho de ovelhas e cabras pastavam mais a distante, algumas vacas e um boi, um criação de frangos. Tinha também uma horta com verduras e legumes plantados. Jade se surpreendeu com a quantidade de provisões que a tribo dispunha no oásis. A tribo era como qualquer outra que Jade já tinha visto no deserto árabe. Famílias inteiras vivendo em tendas, com o conforto que uma vida nômade pode dar.
Jade já tinha visto várias famílias interagirem, contudo sentiu um aperto no coração quando viu que aquela gente viiva em plena harmonia, paz e amor. Ela já esquecera de como era isso.
Aproximou-se de uma jovem e perguntou-lhe onde poderia encontrar o velho sábio. A moça fitou-a por alguns segundos com um ar de quem já sabia dos mistérios da vida. Jade não encomodou-se com isso, apenas aguardou a resposta. A jovem lhe indicou um tenda que ficava distante das outras, e pra lá dirigiu-se Jade.












O velho sábio Safar Amur

Jade parou diante da entrada da tenda do velho, e deu um suspiro. Um voz forte e firme saiu de dentro da tenda, Jade assustou-se.
- Pode entrar viajante ! - disse o velho.
Jade entrou vagarosamente na tenda e aos poucos foi acostumando a visão a escuridão que lá estava. Com certa dificuldade começou a enchergar um vulto, sentado ao chão. Ele a chamou para sentar-se junto a fogueira, que tão pequena mal se via suas labaredas. Jade sentou-se e começou a apresentar-se ao ancião.
- Eu sou Jade e vim lhe fazer algumas perguntas sobre o meu destino.
- Eu sei quem você é, guerreira !
Novo espanto tomou conta de Jade, mas continuou a falar :
- Preciso que o senhor me mostre qual é o meu destino, pois a muito estou vagando pelas areias da vida sem rumo. Disse Jade
- Você não traçou seu destino ela já estava escrito ! MAKTUB ! MAKTUB !
- Então o que o senhor vê ? Perguntou Jade.
O velho sábio olhou dentro do fogo, e pensativo permaneceu seu olhar dentro das chamas que ardiam e então disse :
- Guerreira você já travou inúmeras batalhas, já venceu algumas e perdeu outras. Mas a que está para vir será derradeira.
Jade o encarou com seriedade, seus olhos não saíram dos olhos do velho. Sua firmeza demonstrou sua coragem ao sábio. Jade tornou-lhe a perguntar :
- Qual será essa batalha ? Onde a travarei ?
Safar Amur, que já estava na casa dos oitenta, estava acostumado com todo tipo de gente que vinha até ele perguntar coisas sobre o futuro. Mas aquela mulher a sua frente era algo diferente, pois nunca estivera frente a frente com uma assassina. Safar via em Jade uma alma atormentada por horrorres de seu passado e de sua vida, ele via alguém que buscava a paz e até mesmo o perdão, pois já era hora de largar as armas e ir para casa.

Capítulo II
Jade


Jade era uma mulher solitária, sem família, sem um lar, sem um amor. Vivia nas sombras, porque esse era seu trabalho. Ela era uma espiã do serviço secreto inglês, a mais ou menos quinze anos.
Jade foi deixada para trás aos cinco anos de idade no deserto em uma expedição que seus pais realizavam. Após uma terrível tempestade de areia a caravana se perdeu, e uma menina ficou sozinha nas areias do imenso deserto. Todos da caravana morreram, inclusive seus pais. A menina foi encontrada por um tuareg, um guerreiro do deserto que vive e morre sob suas próprias regras, e acima de tudo sua honra. O guerreiro levou a menina para sua tribo, e a adotou como sua filha, dando lhe o nome de Jade.
Jade foi criada por guerreiros nômades, até os quinzes anos de idade. Seu pai adotivo Hassan Abu ensinou-lhe o modo de vida tuareg. Aprendeu a cavalgar a usar o arco, e as adagas. Ficou especialmente habilidosa com elas, mas seu verdadeiro desafio foi aprender a lutar com a espada. Seu pai era um homem orgulhoso e honrado pela sua tribo e por outras também, tinha admiração pela menina que sobreviveu ao deserto por três dias até ser encontrata. Hassan então achou que valia a pena treinar a jovem, pois sentia que ela não era uma menina comum com as outras.
Ao completar quinze anos, Hassan levou Jade em uma longa viagem pelo deserto até chegar a um vilarejo de onde sairía um ônibus que os levaria até o Marrocos, pois lá Jade enbarcaria em um navio para a China. A despedida foi triste tanto para Jade quanto para seu pai Hassan, mas ele sabia que era o certo a ser feito.
Jade chegou a China. Chegando no porto foi logo reconhecida por um amigo de seu pai, que a levou para um mosteiro que ficava nas montanhas, a viagem foi muito cansativa, ora a pé ora a cavalo.
Ao avistar o mosteiro, Jade sentiu um arrepio subir por sua espinha. Qual seria o seu destino naquele lugar?
Na entrada foram recebidos pelo monge, que logo despediu-se do acompanhante de Jade. O monge a levou para seu quarto, e lá Jade refletiu sobre tudo pelo que passara desde a tempestade no deserto.
Na manhã seguinte deu-se inicio ao seu treinamento nas artes marciais.

























A Revelação

Safar Amu ficou silencioso por alguns minutos, então Jade fez com que ele voltasse a lhe dizer o que precisava saber.
- E então, que batalha será essa que vou perder ? Perguntou Jade.
- Irá lutar com seu coração. Disse o sábio.
- O quê ? Como assim ? Não entendo ! Disse Jade atordoada.
- Você irá lutar com o seu coração. Terá de escolher entre a sua vida ou a vida de quem você ama.
- Mas eu não amo ninguém ! Gritou Jade.
- Irá encontrar seu verdadeiro amor, sua alma gemêa. E quando encontrar irá reconhecê-lo e então saberá a verdade e terá de escolher em aceitar o seu destino ou tentar fugir dele.
- Mas vou adverti-la ninguém foge ao seu destino, pois já está escrito. MAKTUB! MAKTUB!
Jade já não conseguia raciocínar direito, tudo era muito confuso. Recuperando-se o susto, perguntou ao sábio :
- Para onde devo ir ?
- Deve viajar pelo mar até chegar nas terras onde se fala espanhol. Disse o velho sábio.
Jade saiu da tenda, ainda tonta com tudo aquilo que tinha ouvido, muito pouco fazia sentido, mas ela sabia que aquele homem não era um velho tolo e sim um sábio vidente que todos respeitavam e confiavam. Só lhe restava viajar até a Espanha.







Capítulo 3
Sevilha

Chegando a cidade de Sevilha, Jade não sabia o que procurar, e nem para onde ir. Mas algo dizia que tal encontro se daria de um jeito ou de outro, maktub.
Já adulta Jade descobriu suas origens, ela era irlandesa de Belfast, assim como seus pais. Pode então ir conhecer sua terra natal, mas sentia que pertencia ao deserto e assim seria para sempre. Em sua tribo era conhecida como a Rosa do Deserto, pois cresceu e desabrochou nas areias do deserto.
Jade andou o dia inteiro pela cidade, já estava ficando cansada quando entrou em um café, para beber algo e descansar os pés. Lá dentro todos comentavam da rande festa que haveria aquela noite nas ruas da cidade, era a festa de Todos os Santos. Jade mais uma vez sentiu algo no ar, sabia que era mais um premonição ou seu instinto lhe avisando. Procurou então uma loja onde pudesse comprar um vestido para a ocasião.
















Encontro na festa

Todos estavam se divertindo na festa, muitos dançanvam, outros bebiam e faziam brindes, mas Jade estava absorta em seus pensamentos quando parou diante de um palco onde dançarinas flamencas dançavam diante de todos. Jade levantou seus olhos na direção oposta, e lá estava ele. Um homem muito bonito, bem vestido, com um olhar penetrante e sensual. Ele também tinha visto Jade que era uma bela mulher, com cabelos negros compridos, estatura mediana, magra porém com um físico bem definido, afinal tinha que sê-lo para a vida que levava.
O Contato visual dos dois não cessava, Jade já estava enebriada pela presença daquele homem, mas seu instinto dizia-lhe para sair dali imediatamente. Então apesar de ambos estarem se olhando, Jade conseguiu furtivamente sai de cena, o cavalheiro em questão ficou desorientado com o sumiço daquela bela mulher, onde ela poderia ter ido tão rapidamente !
Hans, este era seu nome, correu os olhos por todos os lados mas não conseguiu achar mais aquela mulher, por quem ele estava hipnotizado.















Capítulo IV
O Homem Misterioso


Hans Krügger, era um homem de quarenta anos muito bonito,tem um corpo de atleta, de tão bem definido que era, cabelos curtos e negros, olhos castanhos, mais ou menos um metro e oitenta de pura sensualidade. Nascido na Alemenha, viveu em toda parte do mundo, tinha um negócio de importações, mas era apenas uma fachada para o verdadeiro negócio que era contrabando de armas.
Hans já tinha sido casado mas não tinha filhos. Sua esposa havia morrido cerca de dois anos em um acidente de avião. Hans achava que a morte de Eva era um castigo, por ser ele um contrabandista de armas, ou seja, ganhava muito dinheiro com a morte de outros. Hans era muito apaixonado por sua mulher e continuava a sê-lo mesmo depois de sua morte, apesar de ter tido muitas namoradas e amantes.
Mas naquela noite algo havia mexido com seus sentimentos, ou apenas com o seu membro sexual. Mas a verdade é que tanto Jade quanto Hans ficaram abalados com a presença de ambos naquela noite. Maktub.














Hans & Jade

No dia seguinte, já refeita do impacto de ver Hans, Jade caminha pelas ruas de Sevilha calmamente, sem sequer pensar que poderia vê-lo novamente.
Mas Jade esqueceu-se de que o destino, a levaria até aquele homem, pois já estava escrito. Não se pode fugir de algo que está predestinado a acontecer em nossas vidas, então desta maneira o inevitavel se deu.
Ao virar um esquina Jade que estava distraída, chocou-se com Hans fazendo com que os dois quase caíssem. Mas Hans foi mais rápido e a segurou pelos braços. Jade completamente desconcertada, pediu desculpas a Hans, que lhe abriu um sorriso que deixou Jade sem fala por alguns instantes. Foi ele que se apresentou primeiro.
- Olá, eu me chamo Hans Krügger! E você ?
- Eu, eu... sou Jade. Disse Jade guaguejando.
- Você esta bem ? Não se machucou ? Perguntou Hans todo preocupado.
- Não, estou bem. Disse Jade.
- Bem então acho que podemos tomar um café, o que você acha ? Convidou Hans todo sorridente.
- Bem eu tenho que...
- Olha eu conheço um lugar ótimo. Interrompeu Hans.
- Está bem vamos. Consentiu Jade, já presentindo que não iria adiantar adiar o inevitavel.
Eles foram a um café em uma rua muito simpática, as casas eram todas antigas da era medieval, mantinha-se as tradições, as calçadas tinham floreiras, com margaridas e rosas plantadas, era uma rua muito perfumada. Foi um primeiro encontro bem bonito. Os dois conversaram toda a tarde, e quando já estava escuro Jade levanta-se da mesa e diz que precisa ir embora, apesar de toda insistência de Hans, ele não conegue segurá-la. Jade parte as pressas pelas ruas de Sevilha e Hans fica para trás a olhá-la, com um suspiro preso no peito. O que tinha de acontecer, já acontecera, era inevitável, maktub.

Capítulo V
Visitantes Indesejáveis


As vezes tantamos fugir para bem longe daquilo que tememos, o destino, mas ele sempre bate a nossa porta. Foi o que aconteceu a Jade, tudo que ela não queria naquele momento era ter de lidar com seus inimigos. Por mais que se fuja, e não deixe os passos pelo chão, sempre sere os encontrados.
Jade estava deitada na cama pensando em sua vida, tudo que lhe havia acontecido até aquele dia, e pensou: se eu pudesse prever tudo que aconteceria, eu jamais teria tomado este caminho de mortes, se eu pudesse apagar meus erros e voltar atrás, eu faria tudo diferente.
Antes que pudesse terminar esta sentença em sua cabeça, sua porta foi arrombada e três homens pularam para cima de Jade. Mas Jade era muito bem treinada nas artes de lutas.
Jade deu um chute no rosto do primeiro que caiu para trás, ela rolou rapidamente da cama para o chão, quando o segundo e o terceiro vieram em sua direção ao mesmo tempo. Jade puxou sua adaga de baixo da cama e cravou no peito do segundo este já morto deu a chance a Jade de lhe tirar arma e dar dois tiros na cabeça do terceiro. Os três caídos no chão do quarto de Jade, estavam mortos, Jade ainda com a adrenalina correndo pelas veias segurava a arma.
Ela sabia quem eles eram. A tríade chinesa a caçara por toda a Europa e Ásia não tinham tido muita sorte em matar Jade, pois essa pareceia ter mais de sete vidas.
Jade tinha que sairdaquele hotel bem rapidinho, e também dar um jeito nos corpos. Nos três corpos Jade os colocou todos na banheira, deixou a torneira aberta para enchê-la. Depois caiu fora do hotel. Pensou na pobre camareira que levaria um tremendo susto ao encontrá-los.
Jade começou a caminhar pelas ruas escuras, sem destino e sem saber o que fazer. Mas em sua mente só havia uma imagem : Hans.

Só na noite

Jade andava, mas sem rumo, sabia que tinha que sair de Sevilha. Tinha sido descoberta, precisa partir. Mas seu coração precisa ver Hans, tocá-lo, beijá-lo. Mas não podia se arriscar, ele poderia acabar sendo vítima da tríade.
Novamente envolta da solidão, Jade vai para o aeroporto sem procurar Hans. Já dentro do avião, pela primeira vez depois de muito tempo, Jade deixa um lágrima correr pela sua face.
A caminho da Tailândia, Jade sente um aperto no coração, uma dor que ela mesma nunca havia sentido antes. O quê lhe estava acontecendo ?
Já chegando aeroporto tailandês, Jade procura sumir na multidão, o que não é tão difícil, em lugar como aquele, onde todos estão correndo para algum lugar, ou vendendo alguma coisa.
Mas o pensamento estava em Hans. Maktub.

















Capítulo VI
A Procura de Jade


Desesperado por não saber de Jade, Hans usa todos os recursos que possui para localizá-la. Estava preocupado, tinha sabido dos homens mortos, e não sabia se Jade estava bem.
Depois de uma semana, Hans consegue uma informação de que uma mulher com as características de Jade tinha sido vista na França, na cidade de Nice. Hans não perde tempo, dá uma ordem a seu secretário para aprontar o jato, que partiríam imediatamente para Nice.
Realmente o que poderia deter a força do destino, assassinos treinados, aviões, terremotos, bem na verdade nada disso.
Hans aterrissa em Nice, e parte a procura de Jade.
Corre toda a cidade francesa, atrás daquela que lhe roubara o coração, mas até então sem sucesso. Já era noite quando Hans caminha de volta para o hotel onde estava hospedado, quando abre a porta do quarto a luz do corredor, ilumina uma mulher sentada em uma poltrona. Qual foi a surpresa de Hans ao perceber que a mulher era Jade.
Sem nenhuma palavra os dois correm um de encontro ao outro e em um beijo os dois se entregam apaixonadamente. Hans abraçado a Jade a leva até a cama onde os dois, começam a despir-se. Hans começa a tirar a roupa de Jade, e esta faz o mesmo com Hans. Hans a leva para a cama, Jade se abre para que Hans possa possuíla com loucura. Hans a beija na boca, no pescoço e os seios, os lambe e os suga com paixão e desejo. Uma onda de calor entorpe o corpo de ambos, Jade sente dor e prazer ao mesmo tempo.
Adormecido nos braços de Jade, Hans parece sorrir enquanto dorme. Mas Jade está aprisionada em seus pensamentos, pois bem sabe o que está por vir. Apesar dos pensamentos sombrios, Jade não pôde deixar de sentir o furacão que seu coração e todos os seus sentidos estavam naquele instante.

No Dia Seguinte

O sol nasceu, o dia começara. Mas para Jade seria o prenúncio do que viria, a escolha. Maktub.
Ainda deitados, os dois, Jade contempla o corpo nú de Hans, como poderia em tão pouco tempo já estar apaixonada por quele estranho ! Bem já estava escrito. Ela o beija suavemente na boca, sem querer acordá-lo mas Hans desperta.
- Bom dia minha flor ! Disse Hans
- Bom dia. Repetiu Jade sorrindo.
- Você está bem ? Parece distante ! Perguntou Hans.
- Estou meio tonta, mas o que você esperava depois desta noite.
Jade deitou-se no peito de Hans, e os dois riam. Por alguns instante Jade deixaria de pensar no inevitável.
Tomaram o café da manhã na sacada do quarto do hotel, que tinha uma linda vista. Hans segurava a mão de Jade, e está estava cada mais encantada com seu princípe. Jade levantou-se e disse a Hans que iria tomar banho, deu-lhe um longo beijo, e saiu.
Jade já estava no chuveiro, quando sentiu a porta do box abrir-se, Hans viera lhe fazer companhia. Hans a olhava, e com o desejo já vizível, a abraça pelas costas. Beijos e carícias são trocadas, até o momento em que ambos já estão tomados pelo tesão e Hans a penetra por trás. Entre gemidos e sussuros de prazer, atingiram um orgasmo intenso.








Capítulo VII
Revelações

Jade procurou o momento para começar a contar sua história a Hans. Mas parecia que tal momento nunca chegava, Hans estava eufórico e não parava de falar e fazer planos para os dois.
Almoçaram em um restaurente pequenino mas aconchegante.
Hans estava lhe contando sobre sua infância na Alemanha, como tinha sido muito pobre, mas ambicioso como era sabia que um dia teria tudo aquilo que desejava. Falou pouco sobre seus negócios, e então perguntou a Jade sua origem, sua vida, queria saber tudo sobre a mulher por quem estava apaixonado.
- Me conte tudo sobre você, quero saber quem é a minha doce flor ? Disse Hans com um enorme sorriso nos lábios.
- Tudo mesmo ! Respondeu Jade rindo dele.
- É claro !
Então Jade começou a contar a sua história, a cada momento ela podia perceber nos olhos de Hans um brilho intenso. Eles ficaram até quase anoitecer no restaurante, foi quando Jade deu por fim sua narrativa, mas não contou tudo guardou a revelação do velho sábio para mais tarde. Maktub !!
Saíram de mãos dadas pelas ruas calmas de Nice, como um casal normal, embora estavam bem longe disso. Mas logo tudo seria revelado a ambos.










O visitante


Hans deixou Jade no hotel é saiu para tratar de negócios, mas disse que jantariam juntos quando voltasse. Jade foi sentar-se na sacada do quarto e contemplar o crepúsculo, que estava especialmente divino. Voltou seu pensamento para o que a aguardava, e enquanto olhava o sol deitar-se por trás das montanhas fez uma oração. Pediu que Alah desse forças e coragem para suportar seu destino. Maktub.
Ouviu um batida na porta, e desconfiada como sempre foi cuidadosamente verificar quem era. Abriu a porta apenas o suficiente para enchergar quem estava lá. Espantou-se ao ver seu amigo Jonh Carpenter. O abraçou e o convidou para entrar. As vezes fazemos coisas nas melhores das intensões mas aos olhos dos outros pode parecer traição. Jade estava sendo vigiada por um homem a serviço de Hans.
- O que você faz aqui John ? Perguntou Jade.
- Vim te ver, e trazer informações porque estou preocupado com você garota. Disse John.
- Que informações ? O que aconteceu ? Perguntou Jade preocupada.
- Você sabe quem é este homem com quem você está dormindo ? Disse sério John.
- Apenas que trabalha com importações. Não tive muito tempo para investigá-lo, John tudo aconteceu muito rápido desde que saí do deserto.
- O que aconteceu lá garota ? Perguntou John.
- Longa história. Amargurada respondeu Jade.
- Me conte, não vou sair daqui sem saber de tudo. Falo John.
Então Jade contou a seu amigo, do encontro que tivera com Safar Amur no deserto e o que lhe aguardava no futuro.
John ficou em silêncio por alguns minutos, seu olhar parecia perdido no espaço. John estava com o rosto entristecido, pois sabia que não se foge do destino. Ele já estava a muito tempo neste serviço, nesta vida de perigos, onde a vida pouco vale, o que realmente importa são as informações conseguidas a qualquer custo.
Depois do momento de silêncio entre ambos, John falou :
- Este tal de Hans Krügger, é um contrabandista de armas. Ele vende a quem der o melhor preço. Já vendeu armas no Irã, Cazaquistão, e também na Sérvia. Até onde sabemos pode ter contatos com vários líderes terroristas. Jade todas as agências estão de olho nele, assim que cometer uma falha qualquer agente pode pegá-lo e jogá-lo na prisão pra sempre, garota.
Jade estava estupefada, pois não entendia como poderia ter se apaixonado por um bandido, logo ela que lutou a vida toda para deter esse tipo de gente. Arriscou a própria vida várias vezes para capturar, obter informações para prender bandidos perigosos. O que significava tudo isso ? Qual seria o propósito disso ? Quisera ela ter as respostas. Apenas Maktub.


















Capítulo VIII
O Jantar


John despediu-se de Jade, a noite. Com um olhar de impotência disse adeus a sua amiga.
Jade estava toda arrumada esperando Hans para jantar. As oito horas ele chegou, estava com um jeito meio pertubado, mas disfarçou sorrindo para Jade, esta lhe abraçou forte e deu-lhe um beijo quente, molhado mostrando todo o desejo que sentia por aquele homem. Hans não conseguia resistir aos encantos de Jade, e a puxou para a cama. Quase no climax na paixão e do sexo, Hans disse baixinho no ouvido de Jade :
- Você é minha !
- Você acertou, querido, porque não quero ser de mais ninguém. Respondeu Jade.
Os dois ficaram na cama se amando por mais algumas horas, até que cansaço dominasse toda aquela volúpia dos dois. Maktub.
Jade abraçada a Hans na cama, disse :
- Está tudo bem ?
- Sim está. Repondeu Hans com os olhos fechados.
- Vamos jantar então. Perguntou Jade.
- Claro. Respondeu secamente Hans.
Jade não estava entendendo o comportamento de seu amante, tinha algo sendo escondido. Mas seu treinamento, e sua experiência a deixava alerta.
No restaurante tudo correu normalmente, conversaram sobre assuntos triviais. Saíram por volta das onze horas, caminhando pela rua até chegarem a uma pequena ponte, onde Hans a parou a confrontou sobre sua tarde no hotel.
- E então o que você fez está tarde ?
- Recebi a visita de um velho amigo. Respondeu Jade sem a menor exitação.
- É mesmo ? Disse Hans num tom de despreocupação.
- Sim. Eu não o via a uns dois anos. O nome dele é John.
- E vocês conversaram muito ? Perguntou Hans
- Sim colocamos o papo em dia.
- Que bom, que você não ficou sozinha a tarde toda. Respondeu Hans.
Jade o encarou, segurou o rosto de Hans com as duas mãos e disse :
- Meu querido, sempre estive sozinha. Somente com você, é que me sinto inteira, completa.
Sem fala, Hans a beijou demoradamente. Foram andando abraçados até o hotel e em silêncio.
























Uma Supresa no Hotel


Quando Hans abriu a porta do quarto, sem ao menos perceber foi agarrado e jogado no chão com tanta violência, que ficou atordoado. Jade tinha sido surpeendida também. Cinco homens a amarraram na cadeira, e enquanto isso Hans estava de joelhos com uma arma apontada para sua cabeça. O que paecia o chefe deles falou dirigindo-se para Jade.
- E então, você é a tal assasssina perigosa, né ? Disse o homem rindo alto.
Jade nada disse, apenas olhava para Hans. O homem dá um tapa em seu rosto com força, fazendo Jade cair com a cadeira no chão.
Hans grita para eles pararem, e saírem. Um outro homem chuta Hans na barriga, e este fica deitado no chão gemendo.
- Vou perguntar de novo mulher, quem é você ?
- Eu sou aquela que irá arrancar-lhe a cabeça se machucá-lo outra vez. Respondeu Jade com uma rouca.
O homem riu alto novamente, e puxou uma faca e foi em direção a Jade.
- Você não está em posição de fazer ameaças a ninguém.
- Nada direi enquanto ele não for solto. Disse Jade
Hans grita que não sairá sem ela. Jade o olha com ternura e fala olhando nos olhos:
- Não se preocupe, ninguém irá machucar você, eu prometo.
- Tudo isso é muito bonito, romântico, mas eu não tô nem aí. Eu quero saber se ele tá te vendendo armas ? Disse o homem com a faca no pescoço de Jade.
- Não.
A vida de uma pessoa pode dar uma volta de cento e oitenta graus de uma hora para outra, o espantoso é que nunca sabemos onde tudo vai parar, ou porque acontece e nos surpreende. Como podemos estar preparados para o improvável ? Maktub.
Jade em uma fração de segundos morde a mão do homem com a faca, arrancando sangue, ele grita de dor e deixa a faca cair, quando se aproxima um outro para ajudar o companheiro, Jade o chuta na perna, nesse meio tempo consegue soltar uma das mãos amarradas e pega a faca, atira no peito do homem que esta perto de Hans. Hans levanta-se e agarra um outro por trás e o deixa inconsciente, enquanto isso todos já estão caindo no chão.
Hans se surpreende com a habilidade de Jade, em matar tão rápido.
- Você está bem Hans ? Pergunta Jade.
- Sim e você ?
- Também estou, temos que dar um jeito nesses caras. Disse Jade.
- Não se preocupe farei isso. Rspondeu Hans pegando o celular e ligando para algum dos seus empregados.





















Capítulo IX
Conversa Franca

Jade e Hans estavam em um chalé nas montanhas ao norte de Nice. A segurança da casa parecia boa.
Deitados no sofá, Jade nos braços de Hans começa a falar-lhe quem ela é, e o que ela faz a quase quinze anos. Hans permanece em silêncio, Jade continua a falar :
- Tudo que te contei é verdade, e é verdade também que estou apaixonada por você, faria qualquer coisa por você Hans. Sou espiã a quinze anos do serviço britãnico, mas não estou aqui para te prender ou te matar. Estou aqui porque recebi uma mensagem para ir até o deserto me encontrar com um velho sábio, que me diria qual é o meu destino, porque tive a vida que tenho. Bem meu amor, o que posso te dizer é que estava escrito por Deus. Sim é isso mesmo. Alah determinou o destino de todos nós, maktub, quer dizer estava escrito.
Hans calado a olhava sem sequer piscar, talvés não acreditasse em suas palavras, mas Jade continuou.
- Encenamos uma peça no teatro de Deus, somo seus atores, e peça está escrita por Alah. Tenho que pagar por meus crimes Hans, matei muitos em nome de coisas que nem sequer acreditava, apenas fazia como uma marionete. Meu pai adotivo, me ensinou o valor da honra, amizade e do verdadeiro amor, ele era um homem sábio. Mas deixei tudo isso de lado para viver esta vida.
- Por que você está me contando tudo isso ? Perguntou Hans quase sem voz.
- Porque preciso que você acredite em mim. Preciso que acredite no meu amor por você, e que tenho que cumprir meu destino mesmo que para isso deva sofrer. Disse Jade.
- O que te foi revelado no deserto ? Perguntou Hans.
- Que devo escolher entre salvar a minha vida ou a de quem amo. Este é o meu destino. Falou Jade.
- Você terá que salvar a minha vida as custas da sua própria ? Disse Hans.
Jade não respondeu com palavras, apenas com seus olhos. Ela o beijou e levantou-se indo para o quarto.





























Capítulo X
Um Noite de Paixão

Hans seguiu Jade até o quarto, a abraçou e a beijou com sofreguidão, em pouco tempo já estavam despindo-se. Hans encosta Jade na parede, suspende sua perna e começa a tirar sua calçinha, Jade o ajuda. Hans já excitado, penetra em Jade seu membro endurecido, os dois já estavam em puro transe da paixão, quando Hans a deita no chão, e toma Jade outra vez. Depois de quase saciados de prazer, é a vez de Jade fazer Hans estremecer.
Jade o beija na boca, tocando a língua na de Hans, passa a língua em seu pescoço até chegar em seu peito, Jade sente o gosto e o perfume de Hans e este fica enebriado com a performace de sua amada. Jade continua o caminho do desejo, beija-lhe a barriga até chegar em seu objetivo, ela passa a língua entorno do membro de Hans fazendo com que ele gemesse de prazer. Depois ela o suga e o beija. Hans já está totalmente louco de paixão por Jade.
Jade disse a Hans que faria qualquer coisa por ele, mas será que daria sua vida? Dúvidas! Mas a verdade é que quando se está apaixonado podemos revelar facetas de nossas personalidades incríveis. E até sermos capazes de ações magníficas. Maktub !












A Tríade Chinesa

Jade sabia que o cerco estava fechando para ela, dois ataques em tão pouco tempo era sinal de que a tríade estava vindo com toda a força. Mas o que levou a máfia chinesa odiar tanto Jade assim ?
Isso aconteceu a muitos anos atrás, quando Jade ainda estava no templo com seu mestre Pa-Wú, um chinês muito simpático e muito bom nas artes marciais. Ele ensinou a Jade como lutar com os sais, que são adagas muito poderosas e mortais claro, entre outras armas, mas Jade gostava mesmo era dos sais.
Em uma manhã passeando com seu mestre pela vila perto do templo, Jade e seu mestre conversavam, quando viram uma jovem ser molestada por um grupo de rapazes. Mestre Pa-Wú, como sempre, teria de intervir como mandava sua moral. Ele deu uma boa lição nos rapazes que mal conseguiam andar, Jade dava risos altos, e seu mestre a acompanhava na diversão.
Naquela noite, o templo fora invadido por assassinos, que estavam atrás do mestre de Jade. Mestre Pa-Wú lutou incansável mas foi subjulgado, um dos assassinos arrancou-lhe a cabeça com a espada, Jade presenciou tudo.
Na manhã do dia seguinte após o funeral de seu mestre, Jade parte em busca de vingança. Ela procura um a um dos assassinos que invadiram o templo, e os mata a todos sem misericórdia. Só tinha um problema, eles pertenciam a tríade chinesa, então assim começa a caçada a Jade.
Nada acontece em nossas vidas por acaso tudo tem um significado, infelizmente demoramos para entender o real sentido das coisas. Somente Alah, sabe a verdade, porque ele determinou assim. Maktub ! Maktub!






A Hora do Adeus

Com o perigo eminente da tríade atrás de Jade, esta terá de tomar logo sua decisão. Savar Hans ou a si mesma. Mas agora depois de tudo que os dois viveram juntos, ela sabia qual seria a atitude a ser tomada. Hans era mais que seu amante, era seu verdadeiro amor. Sua alma gemea, ele a completava. Ela nunca havia se sentido assim com ninguém, sempre estava sozinha mesmo que rodeada por pessoas, somente com Hans estava inteira de corpo, alma e finalmente seu coração, que parecia ter voltado a bater. Mas estava próxima a hora do adeus.
Jade estava com um livro de poesia na mãos, quando folheava encontrou um poema, que a tocou e não pôde contar as lágrimas, ele dizia assim :

“ O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar,
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar,
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.”

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo,
mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma
força jamais resgata.”

Hans a viu e foi até ela e a abraçou, consolando-a. Mas não haveria consolo para o que estava por vir. Jade diz a Hans que ele precisa partir ao amanhecer, ela irá conseguir um carro e um bom amigo irá tirá-lo do país. Hans é claro que se recusa a menos que ela vá com ele.
- Por que você não pode vir comigo? Pergunta Hans irritado.
- Porque é meu destino ficar e lutar. Respondeu Jade
- Você não me ama mais ? Seguiu Hans
- É por amar você que te peço pra partir, se você ficar pode morrer ! Implora Jade segurando Hans pelos braços.
- Não, nunca vou te deixar. Retorquiu Hans.
Hans a agarra em seus braços e a aperta contra seu peito. Depois de tanto tempo vagando sozinho, sem ninguém Hans encontra a mulher da sua vida, como deixá-la partir ? Maktub.
Os dois fazem amor a noite inteira, insaciáveis um do outro. Mas o dia nasce, e com ele a verdade.
Jade já estava de pé e vestida quando senta ao lado de Hans na cama que ainda dormia. Acarícia seus cabelos, seu rosto e seu peito. Hans acorda e a beija.
- Vamos levante-se temos que ir. Fala Jade com a voz embargada.
- Você irá comigo ? Pergunta Hans
- Vamos meu amor. Diz Jade.
E no silêncio da solidão os dois entram no carro, que segue por uma estrada de terra. Abraçados no banco do carro, Jade pensa o que dira a Hans, para que ele aceite.
Jade começa a falar :
- Amor, você se lembra de Sevilha ?
- Como esquecer, foi lá que te vi pela primeira vez, e você fugiu ! Hans ri meio sem graça.
- Nunca vou me esquecer aquela noite, aquela música. Diz Jade
- Devemos voltar lá, não acha ? Pergunta Hans.
Jade fica em silêncio por alguns segundo, depois beija Hans.
O carro para perto a uma encosta, Jade olha nos olhos de Hans. E diz :
- Amor, te amo mais que a vida, e é por isso que estou fazendo isso.
- Não, você vai comigo ! Grita Hans.
- Não posso, ou você será sacrificado, não posso te ver morto, não entende ? Diz Jade com a voz de choro.
- Jade não me deixe, por favor ! Hans também já está em lágrimas.
- Amor dizer adeus nunca é fácil, mas é preciso ! Responde Jade.
- O que vai acontecer com você ? Pergunta Hans.
Jade não responde, mas continua a falar :
- Este no carro é meu amigo Sean, ele é irlandês, e vai te proteger.
- Não vou deixar você ir ! Grita Hans.
Já abraçado a Jade, Hans chora, e Jade também. Como é possível deixar quem se ama para trás ?
Hans não a solta, e Jade já não sabe mas o que dizer. Os dois já em prantos e a hora se aproximando, Jade fala :
- Não se esqueça que te amo muito, você e só você para sempre. Mesmo depois do fim, ainda assim te amarei Hans.
- Como é possível viver sem o verdadeiro amor, me diga Jade. Como vou viver sem você ? Pergunta Hans em meio a lágrimas.
Hans solta um grito abafado, Jade o empurra e se solta, desce rapidamente do carro e bate a porta. Diz a Sean :
- Não pare, por nada, nem por ninguém até chegar ao seu destino ! Entendeu Sean ?
- Sim. Reponde o irlandês.
Enquanto isso Hans grita dentro do carro trancado, chuta a porta, o vidro, o teto do carro, mas este começa a andar e deixar Jade para trás na poeira que vai levantando. Jade consegue ouvir os gritos de Hans, isso a deixa desorientada, e em um profundo desespero, Jade caí de joelhos ao chão e solta um grito tão forte, tão amargurado que parecia sair de sua entranhas.
Sim está é uma boa pergunta : Como é possível continuar a viver sem o amor de nossas vidas ? Não há um a resposta certa ou errada para isso, apenas o que cada um pode fazer para sobreviver na solidão. Maktub










A Última Batalha

Sentada nas pedras da encosta, Jade espera pelos seus inimigos. Ela sabe o que esperar. Ela olha para a estrada e vê o carro da tríade, chegou a hora então.
Jade se levanta e prepara os sais. O carro se aproxima, saltam dele, quatro homens carregando espadas. Cercam Jade, formando um círculo entorno dela. Jade se posiciona para a luta.
O primeiro a ataca, e ela se desvencilha-se dele com jogo de corpo enganando-o, é um erro mortal, pois Jade não comete erros na luta. Com a espada de seu opositor, Jade acerta um deles em cheio. Enquanto isso quem perdeu a espada, recebe um golpe de Jade com sua adaga, que cai morto. Dois a memos, restam três. Posicionada novamente, desta vez é Jade quem desfere o golpe, acertando a linha da cintura de um deles, os outros dois partem para cima de Jade, um a acerta com a espada, ferindo-a na perna. Jade perde o equilíbrio e quase caí, mas joga um dos sais e acerta um deles no peito, que caí morto. Resta um, Jade dê pé parte para o ataque.
Os dois lutam, Jade com um sai apenas, o inimigo com a espada. Jade consegue ferí-lo, mas este ainda consegue se manter de pé. Após mais um confronto as armas dos dois guerreiros encontram seu destino. Jade é ferida mortalmente com a espada, mas antes de cair consegue acertar sua adaga contra a barriga do opositor. Este caí de costas e lá fica.
Jade cambaleante olha o horizonte, tudo começa a ficar turvo, e começa sentir frio, um frio que nunca sentiu antes. Jade caí de joelhos, em sua cabeça, começa a lembrar de tudo que viveu até ali. Desde o deserto, quando foi encontrada pelo tuareg, até o adeus a Hans. Tudo que sofreu, todos quem matou, tudo veio a sua lembrança como em um filme. Agora era hora de ir para casa finalmente, chega de batralhas, chega de mortes, apenas a paz.
Jade caí no chão, e seus olhos vão fechando lentamente. A guerreira está morta. Finalmente foi pra casa.

Epílogo
Na Irlanda

Hans estava sentado,como sempre fazia, no alto do penhasco observando as ondas baterem nas pedras. Com o olhar distante, ele não era mas o mesmo homem. Era triste e solitário, vivia sozinho em uma cabana perto do penhasco. Também bebia mais, comia de menos. Estava apenas repirando, mas não vivendo. Como poderia sem seu amor.
Sean veio lhe contar o que acontecera naquela dia do adeus. Disse que depois da luta, o serviço secreto apareceu, levou os corpos dos homens, e lá mesmo um amigo antigo chamado John, fizera um pira, é uma fogueira em que os antigos incineravam os guerreiros mortos, o corpo de Jade tinha sido cremado. E sua alma estava livre finalmente.
Hans deixou as lágrimas caírem, mas nada disse.
Uma noite os morradores da vila próxima do penhasco, ouviu um ruído, quase parecia a de um tiro. Depois dessa noite Hans nunca mais foi visto sentado no penhasco, como fazia todos os dias.
Já estava escrito... Maktub... Sim nosso destino já está traçado por Alah, não adianta fugir ou tentar mudá-lo. Pode-se tentar enganar pegando uma estrada secundária, mas no fim tudo irá te levar até o teu destino.
Já estava escrito no tempo e espaço que Jade e Hans, consumiriam no fogo da paixão, que suas almas seriam uma, e que o amor dos dois seria infinito, e que duraria até depois do fim.






FIM
Autor: Marcia Rosa


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