O profissional do momento



São muitas as competências que o mercado de trabalho exige dos profissionais nos dias de hoje. Ainda mais para quem trabalha diretamente com o consumidor.
Antes da abertura dos portos, na década de 90, o momento do mercado era vivido por consumidores “zumbis”, que não tinham acesso às mercadorias internacionais mais baratas e de maior qualidade, e que corriam desesperadamente atrás de mercadorias ou de serviços para livrar-se rápido de um papel que, se não valia nada no dia, valeria muito menos no seguinte. A maluquice da inflação não deixava espaço para a pessoa comparar preços, indagar sobre aquilo que estava comprando, refletir, formar opinião, decidir, ser cortejado.
Hoje o que vale é ser capaz de conquistar esse consumidor, e além, fidelizá-lo.
Os altos e baixos da economia mundial, a globalização, as moedas e a estabilidade do real, a abertura dos portos – um sopro de concorrência, o ingresso de um novo continente de compradores no mercado, e outros fatores, criou uma nova realidade. E é para ela que os profissionais devem se curvar ao desenvolver suas carreiras.
O profissional do momento deve ter a capacidade de responder aos estímulos à sua volta. Evoluindo, porque evoluir é sobreviver. Ele deve ter a iniciativa de se autodesenvolver em suas atividades; de se automotivar; de se autoconhecer. É para este profissional que as empresas miram seu foco: àqueles que se autoconhecem.
É preciso sim investir em conhecimento técnico, mas, sobretudo, o investimento no comportamental, buscando o aprimoramento do autoconhecimento, é o diferencial na hora de uma contratação ou realocação no mercado de trabalho.
Cultivar, constantemente, a inteligência emocional é fundamental, pois, alia a capacidade de se motivar e persistir diante de frustrações, procurando conhecer e lidar com as próprias emoções.
Voltar-se para o novo consumidor - conhecedor de produtos – possuir posicionamento político, visão internacional, comportamento ético e estar atento à leitura de contextos e tendências, são os pré-requisitos base para uma boa (re)colocação no mercado de trabalho. Para o profissional do futuro.
O mundo corporativo enfrenta um ritmo cada vez mais intenso de mudanças – isso já não é novidade para ninguém. Agora, como estar preparado para não ser “atropelado” por este ritmo frenético é que fará a diferença para o profissional do futuro (ou seria do presente?). Atualmente, os tempos verbais perderam a importância. Presente confunde-se com o futuro e, se querem manter no mercado, tem que vivenciar também o amanhã. Estudos mostram que a quantidade de novas tecnologias tem dobrado a cada dois anos. Isso significa trabalhar planejando, organizando e traçando o futuro da sua carreira.
Àquele que apresentar os quesitos acima, como também, os já solicitados pelo mercado há algum tempo (capacidade de gestão, liderança, resiliência e capacidade de trabalho em equipe) permanece competitivo na área em que atua e consegue trazer os resultados esperados.
Mas não se pode terminar o assunto sem antes citar a capacidade de relacionamento que é valorizada em ambientes multiculturais e de muita pressão. É por isso que muitas vezes uma experiência no exterior ou até mesmo fora do estado pode valorizar um profissional, pois ele esteve exposto a diferentes culturas e padrões de comportamento.
É fundamental exercitar a capacidade analítica e o raciocínio lógico e estratégico para conseguir acompanhar as mudanças que ocorrem no mercado, no consumidor e dentro da organização; ler o contexto organizacional e do mercado, traçar cenários e se pré-dispor a agir focado nos resultados com foco na superação constante é relacionado ao conhecimento técnico adquirido.
Sobretudo, o olhar da sustentabilidade, do consumo consciente, do respeito à diversidade em toda sua atuação como profissional e ser humano, o aprendizado continuado e o controle e uso do tempo, é a verdadeira preparação de um profissional. Para valorizar e potencializar o candidato do futuro (presente), o conhecimento já existente a partir de uma análise do perfil, o que passa necessariamente pelo autoconhecimento e a identificação dos pontos de possível defasagem em relação aos seus pares, não apartando o emocional da técnica, assume que a preparação deve buscar compreender o ser humano, e não somente o profissional. Dito isso, prepare-se, aponte-se e GO! Busque se autoconhecer até para enquadrar seu conhecimento técnico, pois assim, você valida o que leu neste e se destaca no mercado onde atua. Lembre-se: o profissional do momento é espelhado no futuro.
Autor: Adriano Barbosa


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