Corrida por rentabilidade
Ed. 181 - Ano 11 - pág. 7
Tão logo o País receba o selo de grau de investimento, começa a corrida dos investidores
institucionais por ativos mais rentáveis. Essa foi a avaliação feita pelos especialistas presentes na conferência Estratégias de Investimento para Fundos de Pensão em Cenários de Grau de Investimento e Juros Declinantes, promovida pela Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas (APEP). "Isso aconteceu na Irlanda, na Rússia, em Portugal e no México, e vai se repetir aqui também", afirmou Carlos Roberto Scretas, presidente da Schroders Brasil. Luiz Felipe Jacques da Motta, da Towers, Perrin Forster & Crosby, lembrou que apesar da rentabilidade declinante da renda Fixa e da forte valorização das ações, a composição das carteiras dos fundos de pensão brasilei¬ros pouco ou nada mudou nos últimos anos. Entre dezembro de 2005 e fim de 2006, a fatia das ações passou de 14,8% para 16,7%, ao passo que as aplicações de renda Fixa apresentaram uma ligeira queda, de 82,9% para 79,5%. "A realocação de ativos já é uma necessidade. Os fundos de pensão que estão reaplicando em Notas do Tesouro Nacional, as NTNs, chegam a obter taxas inferiores a 6% ao ano, remuneração in¬compatível com as suas metas atuariais", alertou Marcelo Rabatt*, da RiskOffice.
Marcelo Rabbat atualmente é também diretor da PR&A, empresa especializada em Risco de Crédito, Risco de Mercado e Consultoria de Investimento.
Autor: Assessoria de Imprensa Web
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